Planeta Sustentável

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

BANCO DE QUESTÕES: BRASIL - PRIMEIRO REINADO


Fonte: História, para fazer!

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufpe 96) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.

1. Na manhã de 13 de fevereiro de 1825, na porta da Igreja do Pátio do Terço, em Recife, Frei Caneca foi despojado de suas ordens e executado. Considera(m)-se atividade(s) revolucionária(s) do Frei:
(     ) jornalista, redator de O DIÁRIO NOVO jornal praieiro, responsável pela agitação intelectual da Revolução de 1848 em Pernambuco;
(     ) Frei Caneca participou da revolução de 1817 cujo ideário republicano era semelhante ao da Revolução de 1824;
(     ) Frei Caneca dirigiu, durante o Primeiro Reinado, um período revolucionário intitulado "Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco";
(     ) Frei Caneca insurge-se contra a Constituição Outorgada, logo após a dissolução da Constituinte em 1823;
(     ) Dirigiu e foi redator principal do jornal O TÍFIS Pernambucano que combatia o absolutismo do Imperador Pedro I e incitava à rebelião.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
(Ufpe 98) Na(s) questão(ões) a seguir assinale os itens corretos e os itens errados.

2. O mapa a seguir apresenta o Brasil pré-independente, no século XIX. Algumas províncias estão coloridas e se destacam das restantes. Sobre as coloridas, analise as proposições a seguir:


(0) As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina foram as primeiras a aderir ao movimento de independência.
(1) Todas as províncias destacadas no mapa foram visitadas pela esquadra de Cochrane, militar que combateu na guerra da Independência do lado brasileiro.
(2) Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia a resistência contra a independência foi mais forte, ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de setembro de 1822.
(3) As províncias destacadas representam o "partido brasileiro", que reunia aristocracia rural, os comerciantes nativos e os burocratas, e não defendiam a separação de Portugal.
(4) A província Cisplatina conseguiu sua independência mais cedo que o próprio Brasil. Antes de 1822 a Cisplatina já se chamava Uruguai.

3. O processo de desenvolvimento da indústria brasileira não foi acompanhado de uma efetiva política protecionista aduaneira. Quais teriam sido as razões?

(0) O Brasil como nação independente optou pelo liberalismo econômico.
(1) A partir da presença da família Real no Brasil e durante todo o século XIX a doutrina econômica que comandou a industrialização foi o mercantilismo.
(2) Os interesses britânicos criaram obstáculos a realização de uma política protecionista alfandegária.
(3) A ideologia nacionalista encontrou grande ressonância no Império Brasileiro levando o Governo a praticar o liberalismo econômico.
(4) A política econômica do Brasil durante todo o século XIX foi preferencialmente agrícola. Basta dizer que a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional ocupava-se com o aperfeiçoamento técnico da agricultura.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 95) Na(s) questões adiante escreva, no espaço apropriado, a soma dos itens corretos.

4. "Finalmente, seguindo um plano já traçado de antemão, em 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e seus homens deixavam Salvador, pressionados também pela esquadra inglesa comandada pelo Almirante Cochrane, que veio oficialmente em auxílio a Labatut."
            (MENDES JR., p. 159)

Em relação ao processo histórico cujo desfecho está descrito no texto anterior, pode-se dizer:

(01) No Nordeste brasileiro, particularmente na Bahia, a disposição do povo até pela luta armada foi decisiva para a consolidação da Independência.
(02) As guerras pela Independência configuram a luta dos brasileiros contra os representantes do colonialismo lusitano, ainda presentes em diversas províncias do Brasil.
(04) A luta travada pelo povo baiano buscou resgatar o ideal da Conjuração dos Alfaiates de fazer da Bahia uma república independente e democrática.
(08) A união de algumas províncias do Norte e Nordeste em torno da República do Equador foi decisiva para a vitória dos revolucionários.
(16) Os revolucionários de 1823 lutavam por uma constituição que garantisse a soberania do povo, que fosse republicana e que extinguisse a escravidão.
(32) O processo de independência do Brasil culminou com a implantação da forma de governo monárquico-parlamentarista, inspirada no modelo adotado na América Hispânica.

Soma (          )

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 94) Assinale as proposições corretas, some os números a elas associados e marque no espaço apropriado.

5. "Brasileiros!
Salta aos olhos a negra perfídia,
são patentes os reiterados
perjúrios do Imperador,
e está conhecida nossa ilusão
ou engano em adotarmos
um sistema de governo defeituoso
em sua origem,
e mais defeituoso em suas
partes componentes...
O sistema americano deve ser
idêntico;
desprezemos
instituições oligárquicas,
só cabidas na
encanecida Europa."

Manifesto de Proclamação da Confederação do Equador, em 12 de julho de 1824.
            (MENDES JR., v. 2, p. 169)

Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil, pode-se afirmar:

(01) A "negra perfídia" e os "perjúrios do Imperador" referidos no Manifesto demonstram o desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias tomadas por D. Pedro I, após a dissolução da Assembléia Constituinte.
(02) O movimento revolucionário pernambucano que criticou o centralismo político imposto pela primeira Constituição pretendia reunir as províncias do Nordeste num governo republicano e federativo.
(04) O "sistema de governo defeituoso em sua origem" decorreu da participação dos deputados brasileiros nas Cortes Constituintes de Lisboa e conseqüente aprovação de uma única constituição para o Reino Unido.
(08) O sistema de governo mencionado no texto foi considerado pelos manifestantes "mais defeituoso em suas partes componentes", porque estabelecia eleições baseadas no sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.
(16) A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa, após a derrota de Napoleão Bonaparte, foi contestada peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu no Brasil, através das críticas ao centralismo e autoritarismo de D. Pedro I.
(32) A onda revolucionária liberal européia de 1848 refletiu-se no Brasil, através da vigência dos princípios federalistas estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.

Soma (          )

6. (Ufpe 96) Qual das alternativas a seguir contém as atividades produtivas que mais utilizaram a mão-de-obra escrava nos períodos Colonial e Imperial, no Brasil?
a) Cultura de subsistência nas colônias de parceria, na região Sul, e criação de gado nas terras gaúchas.
b) Extração de pau-brasil, culturas do fumo e do algodão.
c) Produção de açúcar, cultura do café e mineração.
d) Pecuária e mineração.
e) Comércio, construção de estradas de ferro e produção de açúcar.

7. (Uepg 2001) A incerta linha de Tordesilhas foi suplantada pela expansão das bandeiras paulistas, pelos criadores de gado, pelas forças militares e pela mineração. A partir do século XVIII a configuração territorial do Brasil passou a se aproximar bastante da atual, com exceção das fronteiras do Sul. Sobre as questões territoriais no sul do Brasil, assinale o que for correto.

01) No século XVlll, Portugal e Espanha disputaram os territórios das Sete Missões, ocupados por índios e jesuítas, e a Colônia do Sacramento, fundada no Rio da Prata, hoje território uruguaio.
02) A Colônia do Sacramento, base estratégica para o contrabando da prata oriunda da Bolívia e do Peru, foi incorporada ao Brasil em 1821, com a denominação Província Cisplatina.
04) A Província Cisplatina jamais se integrou ao Brasil em virtude da origem espanhola de seus habitantes e os conflitos de interesses na região do Prata.
08) Em 1827, a Província Cisplatina tomou-se a República do Uruguai. Duas forças políticas disputavam o poder: o Partido Blanco, dos pecuaristas, que se apoiava na Argentina, e o Partido dos Colorados, dos comerciantes de Montevidéu, que era simpático ao Brasil.
16) A Inglaterra, favorável à formação de uma grande república no Rio da Prata, colocou-se sempre contra a intervenção do Brasil nessa região.

8. (Unesp 94) A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador.
b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular.
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra.
d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas e sociais do País.
e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.

9. (Fuvest 95) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo:
a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.
c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.

10. (Fuvest 91) Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:
a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.
b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos.
c) como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.
d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.
e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.

11. (Cesgranrio 95) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte.
Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira:
a) A autonomia das antigas Capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias.
b) O Poder Moderador conferia ao Imperador a proeminência sobre os demais Poderes.
c) A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade religiosa.
d) A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao Imperador D. Pedro I.
e) A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país.

12. (Faap 96) Nas lutas conhecidas como Guerras da Independência e no reconhecimento externo da Independência, o Brasil foi auxiliado pelo(a):
a) França
b) Espanha
c) Itália
d) Estados Unidos
e) Inglaterra

13. (Faap 96) O fuzilamento de Frei Caneca está ligado ao seguinte fato da História do Brasil:
a) Inconfidência Mineira
b) Confederação do Equador
c) Revolta dos Canudos
d) A Praieira
e) Revolução Farroupilha

14. (Ufes 96) "Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário

Brasileiros do Norte!  Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil.  Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... )."
                        (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).

O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador.
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.
d) liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção de açúcar.
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.

15. (Uel 94) A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou como um movimento de
a) emancipação política de Portugal.
b) oposição à Abertura dos Portos.
c) garantia à política inglesa.
d) apoio aos atos do imperador.
e) reação à política imperial.

16. (Ufmg 95) A opção pelo regime monárquico no Brasil, após a Independência, pode ser explicada
a) pela atração que os títulos nobiliárquicos exerciam sobre os grandes proprietários rurais.
b) pela crescente popularidade do regime monárquico entre a elite colonial brasileira.
c) pela pressão das oligarquias aliadas aos interesses, da Inglaterra e pela defesa da entrada de produtos manufaturados.
d) pelo temor aos ideais abolicionistas defendidos pelos republicanos nas Américas.
e) pelas transformações ocorridas com a instauração da Corte Portuguesa no Brasil e pela elevação do país a Reino Unido.

17. (Udesc 96) Durante o processo de Independência do Brasil, na segunda década do século XIX, houve resistência e luta armada em diversas regiões.
Assinale a ÚNlCA alternativa que indica onde ocorreu derramamento de sangue nesse período, pela conquista da emancipação política:
a) São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro;
b) Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
c) Goiás, Mato Grosso e Tocantins;
d) Bahia, Maranhão e Pará;
e) Alagoas, Pernambuco e Ceará.

18. (Mackenzie 96) Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir.

I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I.
II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.
III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.
IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador.

Então:
a) todas estão corretas.
b) todas são falsas.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas I , II e IV estão corretas.
e) apenas III está correta.

19. (Fuvest 85) O reconhecimento da independência brasileira por Portugal foi devido principalmente:
a) à mediação da França e dos Estados Unidos e à atribuição do título de Imperador Perpétuo do Brasil a D.João VI.
b) à mediação da Espanha e à renovação dos acordos comerciais de 1810 com a Inglaterra.
c) à mediação de Lord Strangford e ao fechamento das Cortes Portuguesas.
d) à mediação da Inglaterra e à transferência para o Brasil de dívida em libras contraída por Portugal no Reino Unido.
e) à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Inglaterra de indenização pelas invasões napoleônicas.

20. (Fuvest 87) Qual o papel conferido ao Imperador pela Constituição de 1824?
a) Subordinação ao poder legislativo.
b) Instrumento da descentralização político-administrativa.
c) Chave de toda a organização política.
d) Articulador da extinção do Padroado.
e) Liderança do Partido Liberal.

21. (Cesgranrio 93) "Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei de muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu mui amado e prezado filho o Sr.  D. Pedro de Alcântara.  Boa Vista - 7 de abril de 1831, décimo da Independência e do Império - D. Pedro I."

Nesses termos, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro no culminar de uma profunda crise, que NÃO se caracterizou por:
a) antagonismo entre o Imperador e parte da aristocracia rural brasileira.
b) empréstimos externos para cobrir o déficit público gerado, em grande parte, pelo aparelhamento das forças militares.
c) aumento do custo de vida, diminuição das exportações e aumento das importações.
d) pressão das elites coloniais que queriam o fim do Império e a implantação de uma República nos moldes dos Estados Unidos.
e) conflitos entre o Partido Brasileiro e o Partido Português e medo da recolonização.

22. (Mackenzie 96) São fatores que levaram os E.U.A. a reconhecerem a independência do Brasil em 1824:
a) Doutrina Monroe (América para os americanos) e os fortes interesses econômicos emergentes nos E.U.A. .
b) A aliança dos capitais ingleses e americanos interessados em explorar o mercado brasileiro e a crescente expansão do mercado da borracha.
c) A indenização de 2 milhões de libras pagos pelo Brasil ao governo americano e a Doutrina Truman.
d) A subordinação econômica à Inglaterra e o interesse de aliar-se ao governo constitucional de D. João VI.
e) A identificação com a forma de governo adotada no Brasil e interesses coloniais comuns.

23. (Mackenzie 96) A Confederação do Equador, movimento que eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, caracterizou-se por:
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte Portuguesa, que visava favorecer o monopólio do comércio.
b) uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um movimento republicano.
c) garantir a integridade do território brasileiro e a centralização administrativa.
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e demais associações absolutistas.
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 1824.

24. (Mackenzie 96) O episódio conhecido como "A Noite das Garrafadas", briga entre portugueses e brasileiros, relaciona-se com:
a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembléia Constituinte.
b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.
c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.
d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à sociedade "Colunas do Trono" que apoiavam Dom Pedro I.
e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades residenciais para alojá-la no Brasil.

25. (Unesp 97) Em troca do reconhecimento de sua independência por parte da Inglaterra, o Brasil assinou um tratado em 1826, incluindo cláusulas para por termo:
a) ao tráfico negreiro.
b) ao tratado comercial de 1810.
c) à escravidão africana.
d) à autonomia municipal.
e) ao pacto colonial.

26. (Ufrs 97) Um projeto alternativo ao Estado Nacional Brasileiro estabelecido pela Carta Constitucional de 1824 e defendido na Guerra dos Farrapos apresentou a
a) concentração do poder no Imperador e no Conselho de Estado.
b) instalação de uma República.
c) instauração de uma Monarquia Constitucional.
d) criação de uma Assembléia Nacional Popular.
e) organização de Comitês Revolucionários para sustentar o governo.

27. (Cesgranrio 97) A Constituição imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial tais como o(a):
a) equilíbrio dos poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas.
b) ampla participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos.
c) laicização do Estado por influência das idéias liberais.
d) predominância do poder do imperador sobre todo o sistema através do Poder Moderador.
e) autonomia das Províncias e, principalmente, dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país.

28. (Mackenzie 97) "A nação independente continuaria subordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país."
            (Emília V. da Costa)
                       
A interpretação correta do texto anterior sobre a independência brasileira seria:
a) a nossa independência caracterizou-se pelo processo revolucionário que rompeu socialmente com o passado colonial.
b) a preservação da ordem estabelecida, isto é, escravidão, latifúndio e privilégios políticos da elite, seria garantida pelo novo governo republicano.
c) a rápida transformação da economia foi comandada pela elite política e econômica interessada na superação da ordem colonial.
d) o espírito liberal de nossas elites não impediu que estas mantivessem as estruturas arcaicas da escravidão e do latifúndio, sendo a monarquia a garantia de tais privilégios.
e) o rompimento com a dependência inglesa foi inevitável, já que após a independência o governo passou a incentivar o mercado interno e a industrialização.

29. (Ufrs 96) Sobre o processo de emancipação política do Brasil em 1822, considere as afirmativas a seguir.

I - Para a aristocracia brasileira era fundamental que o governo do Brasil emancipado mantivesse o escravismo e as relações com a Inglaterra.
II - Pedro I negou publicamente sua disposição de indenizar Portugal pela separação, mas assinou o compromisso que estabelecia o Tratado de Paz e Aliança.
III - O Tratado de Paz com Portugal manteve a Província Cisplatina sob controle português.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

30. (Fgv 97) Associe os fatos político-militares do Primeiro Reinado e da Regência brasileira a seguir, com suas localizações:

Coluna A
1 - Balaiada
2 - Cabanagem
3 - Ato Adicional
4 - Sabinada
5 - Confederação do Equador

Coluna B
I - Pará
II - Bahia
III - Maranhão
IV - Pernambuco
V - Rio de Janeiro

Escolha a alternativa que tem a associação correta:
a) 1 - III; 2 - I; 3 - V; 4 - II; 5 - IV;
b) 1 - II; 2 - V; 3 - II; 4 - I; 5 - V;
c) 1 - III; 2 - II; 3 - V; 4 - IV; 5 - I;
d) 1 - IV; 2 - I; 3 - V; 4 - III; 5 - II;
e) 1 - V; 2 - III; 3 - IV; 4 - II; 5 - I;

31. (Fgv 97) No Brasil, durante o Primeiro Império, a situação financeira era precária, pelo fato de que:
a) o comércio de importação entrou em colapso com a vinda da Família Real (1808);
b) os Estados Unidos faziam concorrência aos nossos produtos, especialmente o açúcar;
c) os principais produtos de exportação - açúcar e algodão - não eram suficientes para o equilíbrio da balança comercial do país;
d) o capitalismo inglês se recusava a fornecer empréstimos para a agricultura;
e) o sistema bancário era praticamente inexistente, só tendo sido fundado o Banco do Brasil em 1850.

32. (Cesgranrio 98) Assinale a opção que apresenta um fato que caracterizou o processo de reconhecimento da Independência do Brasil pelas principais potências mundiais:
a) Reconhecimento pioneiro dos Estados Unidos, impedindo a intervenção da força da Santa Aliança no Brasil.
b) Reconhecimento imediato da Inglaterra, interessada exclusivamente no promissor mercado brasileiro.
c) Desconfiança dos brasileiros, reforçada após o falecimento de D. João VI, de que o reconhecimento reunificaria os dois reinos.
d) Reação das potências européias às ligações privilegiadas com  a Áustria, terra natal da Imperatriz.
e) Expectativa das potências européias, que aguardavam o reconhecimento de Portugal, fiéis à política internacional traçada a partir do Congresso de Viena.

33. (Unirio 96) As relações do Brasil com a Inglaterra constituíram-se num dos principais problemas da política externa do Império, como se observa no(a):
a) apoio da Inglaterra a Portugal, seu tradicional aliado, nas Guerras de Independência.
b) conflito decorrente das restrições alfandegárias impostas por D. Pedro I aos ingleses.
c) participação dominante de capitais ingleses no financiamento da expansão cafeeira.
d) concordância inglesa em relação ao expansionismo imperial na Cisplatina.
e) oposição da Inglaterra, país pioneiro no desenvolvimento industrial, ao tráfico negreiro.

34. (Fuvest 98) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824,
a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos.
b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos.
c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento antilusitano.
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais bandeiras.
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior.

35. (Fuvest 98) No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que
a) praticamente desapareceu, pois o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.
b) regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de beterraba na Europa.
c) conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais preciosos que drenava todos os recursos.
d) ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim da exploração de metais preciosos em grande escala.
e) regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de beterraba na Europa.

36. (Fuvest 98) Sobre a dívida pública externa do Brasil independente, é certo afirmar que começou a ser contraída
a) nos primeiros anos da República, por iniciativa do Ministro da Fazenda Ruy Barbosa, preocupado com a escassez monetária.
b) por ocasião da Guerra do Paraguai, para financiar os enormes gastos decorrentes do conflito.
c) logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia.
d) quando se implantaram os primeiros planos de valorização do café, a partir do convênio firmado em Taubaté, em 1906.
e) logo após a Revolução de 1930, a fim de se enfrentar o abalo financeiro resultante da crise de 1929.

37. (Pucpr 97) "Art. 26 - Se o Imperador não tiver parente algum que reúna as qualidades exigidas no art. 122 da Constituição, será o Império governado durante a sua menoridade por um regente eletivo e temporário, cujo cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos..."
"Art. 32 - Fica suprimido o Conselho de Estado de que trata o título 5, capítulo 79 da Constituição".

Os artigos citados compuseram:

a) A Constituição Imperial de 1824.
b) O Ato Adicional de 1834.
c) A Lei de Interpretação do Ato Adicional.
d) O anteprojeto de Antônio Carlos, "A Constituição da Mandioca", que não terminou de ser debatido em função da Dissolução da Assembléia Constituinte em 1823.
e) A Declaração ou Lei da Maioridade.

38. (Mackenzie 99)       "Morre um liberal mas não morre a liberdade".

A frase acima, atribuída a Líbero Badaró, foi pronunciada na seguinte circunstância histórica.
a) A dissolução da Constituinte pelo Imperador em 1823.
b) As críticas ao absolutismo de Pedro I, através do jornal "O Observador Constitucional".
c) A condenação à morte dos líderes da Confederação do Equador.
d) A derrota brasileira na Guerra Cisplatina.
e) A morte de patriotas brasileiros contra as forças portuguesas do General Madeira de Melo, na Bahia.

39. (Unesp 99) Assinale a alternativa que indica um movimento separatista ocorrido no período do Império brasileiro que incorporou o ideal republicano.
a) Confederação do Equador.
b) Revolta de Beckman.
c) Inconfidência Mineira.
d) Canudos.
e) Conjuração Baiana.

40. (Fatec 98) O Ato Adicional de 1834 foi de importância significativa para o Brasil porque
a) restaurou a paz no Império, tendo em vista o término das rebeliões no Nordeste do País.
b) possibilitou a tomada do poder pelos conservadores que formavam a aristocracia rural.
c) antecipou a maioridade de D. Pedro I, evitando, assim, um golpe de Estado dos conservadores.
d) ampliou a autonomia das províncias, neutralizando a tendência centralizadora do Primeiro Reinado.
e) limitou os poderes excessivos das Câmaras Municipais, que poderiam dividir a Nação.

41. (Ufrs 98) A partir da gravura a seguir, é possível afirmar que, logo após a emancipação política do Brasil.


I - os escravos estavam gratificados porque, desde aquele momento, não podiam ser recomprados pelos comerciantes de escravos e vendidos em outras partes da América.
II - a abdicação do primeiro Imperador determinou o fim da escravidão.
III - a situação dos escravos permaneceu essencialmente a mesma do período colonial.

Quais afirmativas completam corretamente a frase inicial?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e II
e) Apenas I e III

42. (Mackenzie 98) Apesar do Alvará de Liberdade Industrial de 1808, o desenvolvimento industrial brasileiro não ocorreu, dentre outros fatores, porque:
a) a elite agrária, defensora das atividades manufatureiras, não tinha, contudo, expressão política.
b) a falta de capital anulava as vantagens da excelente rede de transportes e comunicação da época.
c) o tratado de 1810, com a Inglaterra, anulava nosso esforço industrial, já que oferecia a este país o controle de nosso mercado.
d) embora com grande mercado e mão-de-obra qualificada, faltava-nos tecnologia.
e) a manutenção do rígido monopólio colonial impedia o sucesso de nossa industrialização.

43. (Mackenzie 98) Sobre o processo de reconhecimento externo de nossa independência, podemos afirmar que:
a) encontramos séria resistência ao reconhecimento por parte dos E.U.A., em decorrência da Doutrina Monroe.
b) a Áustria encabeçava a forte reação contra nossa independência.
c) o reconhecimento de Portugal e Inglaterra custou-nos sérios prejuízos, em virtude de indenizações e concessões econômicas.
d) as nações latino-americanas prontamente nos reconheceram, devido à forte identificação com o governo imperial e sua política externa.
e) a Inglaterra liderou a Santa Aliança na luta contra nossa emancipação.

44. (Mackenzie 98) A abdicação de Pedro I, a 7 de abril de 1831, resultou:
a) na vitória do partido português, em seu projeto de restabelecer o Reino Unido.
b) na consolidação de nossa independência e do poder dos grandes proprietários, à frente do Estado Brasileiro.
c) no declínio da elite rural, em virtude de amplas reformas sociais após a queda do imperador.
d) em maior estabilidade política, traço que caracterizou o Período Regencial.
e) na superação imediata da crise econômica que afligia o país.

45. (Uerj 97) Que tardamos? A época é esta: Portugal nos insulta; a América nos convida; a Europa nos contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! soltai o grito festivo... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o Senhor D. Pedro I.
                        (Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro. 21 de setembro de 1822.)

Este texto mostra o rompimento total e definitivo com a antiga metrópole como necessário para a construção do Império Brasileiro. Nele também está implícito um dos fatores que contribuíram para o processo de construção da independência do Brasil.
Esse fator foi:
a) a ajuda das potências européias em função de seus interesses econômicos
b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das liberdades brasileiras
c) o ideal republicano em consonância com o das antigas colônias espanholas
d) o movimento separatista das províncias do norte em processo de união com Portugal


46. (Unirio 98) A abdicação do Imperador Pedro I representou a culminância dos diferentes problemas que caracterizam o Primeiro Reinado, a exemplo do(a):
a) apoio inglês à política platina do Império.
b) apoio das províncias à política do Reino Unido implantando por D. Pedro I, após a morte de D. João VI.
c) conflito entre os interesses dos produtores tradicionais de açúcar e os novos produtores de ouro.
d) confronto entre os grupos políticos liberais e o governo centralizado e com tendências despóticas de D. Pedro I.
e) crescente participação popular nas manifestações  políticas, favorecidas pela abolição do tráfico.

47. (Unirio 99)


            (LAERTE, FOLHA DE SÃO PAULO 06/09/98 TV FOLHA p.4 domingo.)
A caricatura anterior nos faz refletir sobre os atos dos governantes e a correspondente falta de participação popular que tem marcado a História do Brasil. No contexto da independência do Brasil, podemos citar como exemplo de exclusão de participação política nos moldes liberais a:
a) adesão aos ideais da Confederação do Equador e o voto de cabresto.
b) criação de poder Moderador e o voto universal.
c) dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e o voto aberto.
d) manutenção da escravidão e o voto censitário.
e) manutenção do autoritarismo e o voto distrital.

48. (Pucmg 99) A primeira constituição brasileira de 1824 estabelece, EXCETO:
a) governo monárquico e hereditário.
b) unitarismo como forma de Estado.
c) voto censitário e a descoberto (não secreto).
d) liberalismo econômico mantendo a escravidão.
e) amplas restrições aos poderes do imperador.

49. (Pucmg 99) Dentre os vários fatores que podem ser apontados no sentido de se explicar o descontentamento da população com o governo de D. Pedro I (1822-1931), destacam-se, EXCETO:
a) o profundo desequilíbrio observado nas finanças públicas.
b) o estilo visivelmente centralista e absolutista do governo.
c) o imobilismo do Estado frente à questão da abolição da escravidão.
d) o desastroso resultado verificado ao término da guerra cisplatina.
e) o clientelismo e a corrupção reinantes nas diversas esferas do poder.

50. (Ufv 99) Dentre as diversas revoltas e insurreições que antecederam a abdicação de D. Pedro I em 1831, uma foi especialmente importante pelos ideais republicanos de seus líderes, entre os quais Frei Caneca. Outra característica desse movimento teria sido a proclamação da república em 1824, com a adoção da Constituição da Colômbia. O movimento foi duramente reprimido e Frei Caneca condenado à morte e fuzilado. O movimento em questão ficou conhecido como:
a) Inconfidência Mineira.
b) Confederação do Equador.
c) Questão Cisplatina.
d) Guerra dos Mascates.
e) Revolta dos Farrapos.

51. (Ufes 99) Se o voto deixasse de ser obrigatório, o senhor iria votar nas próximas eleições?


                                   (O GLOBO - 3/8/98)

Conforme a pesquisa do Ibope, atualmente, mais da metade dos eleitores não faz questão de votar. Entretanto, durante o período de Império, de acordo com a Constituição de 1824, no Brasil era o sistema eleitoral que restringia a participação política da maioria, pois
a) garantia a vitaliciedade do mandato dos deputados, tornando raras as eleições.
b) convocava eleições apenas para o cargo de Primeiro Ministro, conforme regulamentação do Parlamentarismo.
c) concedia o direito de votar somente a quem tivesse certa renda, sendo os votantes selecionados segundo critérios censitários.
d) promovia eleições em Portugal, com validade para o Brasil.
e) permitia apenas às camadas da elite portuguesa o direito de eleger seus representantes, limitando a influência da aristocracia rural brasileira.

52. (Uece 99) Sobre a consolidação da Independência brasileira, é correto afirmar:
a) depois de algumas lutas no Sul, na Bahia e no Piauí e do pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas, o governo português reconheceu a independência do Brasil, em 1825.
b) sob pressão da Inglaterra, que tinha interesses econômicos na independência, Portugal reconheceu imediatamente a autonomia do governo do Brasil.
c) apesar da demora do governo português em reconhecer a independência, não houve lutas nem sublevações armadas que confrontassem portugueses e brasileiros.
d) a independência brasileira obteve imediatamente o apoio de todas as grandes potências européias e dos EUA.


53. (Uece 99) Com relação à revolta de Pinto Madeira, no Ceará, em 1831-1832, pode-se dizer corretamente:
a) fez parte de um plano geral, articulado na capital do Império, para defender a volta de D. Pedro I ao trono, nada tendo a ver com conflitos ou desavenças locais ou regionais.
b) significou o aprofundamento das divergências entre os coronéis do sertão cearense, no contexto da abdicação de D. Pedro I.
c) constituiu-se em uma revolta tardia de portugueses e colonos descontentes com o processo de independência do Brasil.
d) representou o descontentamento de coronéis do Cariri cearense contra a política centralizadora do Presidente da Província, José Martiniano de Alencar.


54. (Ufsm 99) O tratado assinado entre o Brasil e a Inglaterra, em 1827, ratificava os tratados de 1810. Em decorrência, a crise econômico-financeira do Brasil se aprofundou, gerando conflitos políticos e econômicos que
a) promoveram a desanexação da Província de Cisplatina e o aumento da dívida externa brasileira com os Estados Unidos, pois este exportava algodão para o Brasil em grande quantidade.
b) propiciaram a outorga da primeira Constituição Brasileira e a criação do Banco do Brasil, com o fim de emitir papel-moeda para comprar charque da região do Prata.
c) originaram a Confederação do Equador e o necessário aumento da produção e exportação do açúcar para equilibrar as contas públicas brasileiras.
d) determinaram o retorno imediato de D. Pedro I para Portugal e o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o que prejudicou a produção do tabaco e o comércio desse produto com a Inglaterra.
e) resultaram na abdicação de D. Pedro I e no aumento do déficit público e dos empréstimos externos, ampliando as importações da Grã-Bretanha.

55. (Mackenzie 99) Como em 1822, a união contra o perigo comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece como o complemento necessário do 7 de setembro.
            (1822 Dimensões - Carlos Guilherme Mota)

O perigo comum a que se refere o texto e a complementação referida seriam:
a) a ameaça de recolonização liderada pelo partido português derrotado na Independência e na Abdicação a 7 de abril de 1831.
b) a oposição dos grandes proprietários, que na Independência e Abdicação pretendiam liquidar com a escravidão.
c) o apoio dos democratas do Partido Brasileiro em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro I.
d) a união da Maçonaria e Apostolado para implantar a República nestes dois momentos históricos.
e) a coincidência de projeto de nação entre as elites portuguesa e brasileira em ambas as oportunidades.

56. (Fuvest 2000) Houve um estremecimento nas relações entre os Estados inglês e brasileiro, na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826). Tais pressões decorreram
a) da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata.
b) da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos produtos portugueses importados pelo Brasil.
c) dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava este produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas.
d) do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização e à diminuição das importações de produtos ingleses.
e) da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de resistir, proibiu, em 1850.

57. (Fuvest 2000) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos", o outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de Estado. Estes Poderes eram respectivamente:
a) Executivo e Judiciário
b) Executivo e Moderador
c) Moderador e Executivo
d) Moderador e Judiciário
e) Executivo e Legislativo.

58. (Ufpr 2000) No Brasil imperial:

(01) A "Missão Francesa", que chegou ao Brasil em 1816, trazendo artistas plásticos como Debret e Taunay, contribuiu para a transformação da fisionomia cultural do país.
(02) Segundo a organização político-administrativa, as províncias eram administradas por governadores-gerais eleitos pelos membros dos Conselhos Municipais.
(04) Os primeiros anos do Império constituíram-se em um período de rápido crescimento econômico, especialmente em razão das receitas obtidas com as tarifas de importação e com o crescimento da exportação.
(08) O período regencial foi marcado por grandes disputas entre grupos políticos e por intensa agitação social em quase todas as províncias.
(16) Durante o Segundo Reinado, paralelamente à existência do Poder Moderador e do Conselho de Estado, predominou um regime de governo nos moldes parlamentaristas, no qual o Gabinete era liderado pelo primeiro ministro nomeado pelo Imperador.
(32) A entrada de imigrantes, a partir da segunda metade do século XIX, esteve relacionada à expansão da cultura cafeeira no oeste paulista e às medidas legais que conduziram à abolição do trabalho escravo.

Soma (       )

59. (Ufpe 2000) Esta questão diz respeito a fatos políticos ocorridos no Império brasileiro.

(0) O Período Regencial foi uma fase de grande turbulência política no Brasil, com movimentos sociais e revoltas.
(1) O Golpe da Maioridade que levou Pedro II ao poder foi uma trama política dos liberais.
(2) Manifestações liberais surgiram no Sudeste do Brasil como represália à política imperial e à dissolução da Câmara Liberal, escolhida pela chamada "eleição do cacete".
(3) Durante o processo de independência, dois "partidos políticos" tiveram importante atuação. Foram eles o Partido Liberal e o Partido Moderador Republicano.
(4) Após a independência brasileira surgiram revoltas em Minas e em Pernambuco a favor da volta do pacto colonial.

60. (Ufsm 2000) A independência política brasileira (7 de setembro de 1822) foi resultado de um  acordo entre as elites dominantes, caracterizando-se pela  manutenção da forma de governo (monarquia), da base produtiva (escravismo - monocultura - latifúndio) e pela vinculação do Brasil à esfera  de influência da Inglaterra, principal potência industrial da época.

Com relação à vinculação do Brasil à Inglaterra, analise as afirmações a seguir, indicando se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

(     ) Os acordos  de independência do Brasil feitos com Portugal, em 1810, previam que o primeiro deveria assumir a dívida lusa com a Inglaterra.
(     ) A manutenção dos acordos firmados por Portugal e Inglaterra em 1810 e os investimentos de capitais ingleses no Brasil contribuíram para a dependência econômica brasileira em relação a Inglaterra.
(     ) A manutenção do Brasil sob a esfera de influência inglesa está diretamente relacionad_ à necessidade de assegurar o mercado brasileiro aos produtos ingleses.
(     ) Havia interesse tanto dos membros do Partido Brasileiro quanto de integrantes da burguesia inglesa no fim do pacto colonial e na manutenção das relações existentes entre o Brasil e a Inglaterra.
(     ) A manutenção do acordo de Methuen (1703) selou  a dependência brasileira em relação a Inglaterra.

A seqüência correta é
a) V - F - V - F - F.
b) V - V - F - F - F.
c) F - V - F - V - V.
d) V - V - F - V - F .
e) F - V - V - V - V.

61. (Unirio 2000)


(NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César. "História do Brasil para principiantes: de Cabral a Cardoso, quinhentos anos de novela". 2 edição, São Paulo, Ática, 1998)

A charge aponta para uma importante característica da Carta Outorgada de 1824, qual seja, a instituição do(a):
a) voto universal.
b) voto censitário.
c) poder moderador.
d) parlamentarismo às avessas.
e) monarquia dual.

62. (Unirio 2000) Ao compararmos os processos de formação dos Estados Nacionais no Brasil e na América Hispânica, no século XIX, podemos afirmar que:
a) a unidade brasileira foi garantida pela existência de uma monarquia de base popular, enquanto que o caudilhismo, na América Hispânica, impediu qualquer tipo de participação das camadas mais baixas da população.
b) a unidade brasileira relacionou-se, exclusivamente, ao forte carisma dos representantes da Casa de Bragança, enquanto, na América Hispânica, não surgiu nenhuma liderança que pudesse aglutinar os diversos interesses em disputa.
c) as diferenças regionais, no Brasil, não ofereceram nenhum obstáculo à obra centralizadora em torno da Coroa, ao passo que na América Hispânica as diferenças regionais contribuíram para a sua fragmentação.
d) os interesses ingleses, na América Hispânica, eram mais presentes e foram os únicos determinantes da sua fragmentação, ao passo que no Brasil aqueles interesses não existiram de maneira tão marcante, de forma a impedir a obra da centralização.
e) não existiu, na América Hispânica, uma facção oligárquica hegemônica que conseguisse levar adiante a obra da unidade, enquanto no Brasil os interesses escravistas aglutinaram as elites em torno de um projeto centralista.

63. (Fuvest 2001) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente
a) pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.
b) pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.
c) pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.
d) pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.
e) pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "déficit" público.

64. (Ufmg 2001) A organização do sistema político foi objeto de discussões e conflitos ao longo do período imperial no Brasil.
Com relação ao contexto histórico do Brasil Imperial e aos problemas a ele relacionados, é CORRETO afirmar que:
a) a centralização do poder foi objeto de sérias disputas ao longo de todo o século XIX e explica várias contendas internas às elites imperiais, como a Rebelião Praieira.
b) o Constitucionalismo ganhou força, fazendo com que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário se tornassem independentes e harmônicos, o que atendia às queixas dos rebeldes da Balaiada.
c) o Federalismo de inspiração francesa e jacobina foi uma das principais bandeiras do Partido Liberal, a partir da publicação do Manifesto Republicano, o que explica, entre outras, a Revolução Liberal de 1842.
d) os movimentos de contestação armada - como a Revolução Farroupilha, a Sabinada ou a Cabanagem - tinham em comum a crítica liberal às tendências absolutistas, persistentes no governo de D. Pedro II.


65. (Pucmg 2001) Em 1823, o capitão mulato Pedro Pedroso comandou tropas formadas por mestiços e negros que entoavam, pelas ruas de Recife, a seguinte quadra:

            "MARINHEIROS E CAIADOS
            TODOS DEVEM SE ACABAR
            PORQUE SÓ PARDOS E PRETOS
            O PAÍS DEVEM HABITAR"

Tal episódio, associado à Confederação do Equador, movimento revoltoso ocorrido durante o Primeiro Reinado, demonstra:
a) o caráter democrático presente no processo de constituição do Estado nacional brasileiro.
b) o peso das massas populares na condução da vida política do país logo após a independência.
c) a força do movimento abolicionista e sua capacidade de mobilização dos segmentos sociais.
d) a radicalização do movimento com a participação popular, gerando temor na elite agrária.


66. (Ufrn 2002) Em 1824, D. Pedro I assim se pronunciou:

Chegou o momento em que o véu da impostura, com que os demagogos, inimigos do Império e da nossa felicidade, vos têm até agora fascinado, vai cair por terra.
Para iludirem vossa boa-fé, inflamarem vossa imaginação a poderem arrastar-vos cegamente a sistemas políticos reprovados pelas lições da experiência, absolutamente incompatíveis com a vossa situação, e em que só eles ganhavam, separando-vos da união geral de todas as províncias, indispensável para a consolidação e segurança da nossa Independência, fizeram-vos crer que uma facção vendida a Portugal dirigia as operações políticas deste Império para submetê-lo ao antigo domínio dos Portugueses e ao despotismo do seu governo.
            Apud COSTA, F. A. Pereira da. "Anais pernambucanos". 2. ed. Recife: FUNDARPE, 1983. v.9. p.52-53.

No discurso acima, o imperador D. Pedro I pronunciou-se sobre a Confederação do Equador. É correto afirmar que essa Confederação
a) opunha-se à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que representaria a recolonização do Brasil.
b) desejava instalar uma monarquia parlamentarista, estabelecendo limites aos poderes absolutistas de D. Pedro I.
c) posicionava-se contra os privilégios portugueses, incluídos por D. Pedro I no projeto constitucional de 1823.
d) pretendia implantar uma República independente no Nordeste, contrariando o projeto de unidade nacional centrado em D. Pedro I.


67. (Fatec 2002) O fim do Primeiro Reinado, com a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, proporcionou condições para a consolidação da independência, pois
a) as disputas entre os partidos conservador e liberal representaram diferentes concepções sobre a maneira de organizar a vida econômica da nação.
b) a vitória dos exaltados sobre os moderados acabou com as lutas das várias facções políticas existentes.
c) o governo de D. Pedro I não passou de um período de transição em que a reação portuguesa, apoiada no absolutismo do imperador, se conservou no poder.
d) as rebeliões ocorridas antes da abdicação tinham caráter reivindicatório de classe.
e) na Assembléia Constituinte de 1823 as propostas do partido brasileiro tinham o apoio unânime dos deputados.

68. (Fuvest 2002) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial,
a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.
b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a independência.
c) disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político.
d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.
e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional.

69. (Fuvest 2002) Sobre a condição dos escravos no Brasil monárquico, é possível afirmar que eles
a) foram protagonistas de diversas rebeliões.
b) eram impedidos de constituir família.
c) sofreram a destruição completa de sua cultura.
d) concentravam-se no campo, não trabalhando nas cidades.
e) não tinham possibilidades legais de conseguir alforria.

70. (Ufscar 2002) Fui a terra fazer compras (...). Há muitas coisas inglesas, tais como seleiros e armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra um armazém italiano, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto aos alfaiates, penso que há mais ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da União, leões vermelhos, marinheiros alegres e tabuletas inglesas, competem com as de Greenwich ou Deptford.

O cotidiano descrito no texto de Maria Graham, em sua visita ao Rio de Janeiro em 1822, era conseqüência
a) da Abertura dos Portos de 1808.
b) da Independência do Brasil em 1822.
c) do Tratado de Methuen de 1703.
d) da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal em 1815.
e) da conquista da Guiana Francesa em 1809.

71. (Ufes 2001) "Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem dissolver a mesma Assembléia..."
            LINHARES, M. Y. "História Geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus, 1996.

A passagem acima é parte integrante do Decreto de D.Pedro I, de 12 de novembro de 1823, que mandava cercar e evacuar o prédio no qual estava instalada a primeira Assembléia Constituinte do Brasil.
Essa Constituinte foi fechada porque
a) defendia a dupla cidadania - Brasil e Portugal - para brasileiros e portugueses residentes no Brasil.
b) previa, no projeto da Constituição em pauta, uma monarquia absolutista, na qual o monarca era uma figura inviolável.
c) ousou desafiar o projeto de soberania do Imperador, tirando-lhe o direito não só de vetar, mas também de sancionar os atos dos constituintes.
d) era dominada pelo Partido Português, que defendia uma Monarquia Parlamentar como Reino Unido a Portugal.
e) inseriu no projeto da Constituição o Quarto Poder, o Moderador, que deveria ser exercido pelo Imperador.

72. (Ufv 2001) Na questão abaixo estão descritos, seqüencialmente, o período histórico e a correspondente característica política predominante do mesmo. Assinale a alternativa que os associa CORRETAMENTE:
a) República Velha (1891) - (1930) - Caudilhismo paternalista
b) Era getulista (1930) - (1945) - Descentralização oligárquica
c) Quarta República (1946) - (1964) - Liberalismo populista
d) Estado empresarial militar (1964) - (1985) - Integralismo democrático
e) Nova República (1986) - (1990) - Tecnocracia estatal.

73. (Ufg 2001) O processo de formação do Estado brasileiro encontra várias possibilidades de leitura, dada a diversidade de projetos políticos existentes no Brasil, nas primeiras décadas do século XIX. Entre as conjunturas da independência (1822) e da abdicação (1831), o País conviveu com projetos diferentes de gestão política.
Sobre as conjunturas mencionadas anteriormente e seus desdobramentos, julgue os itens.

(     ) O acordo em torno do príncipe D. Pedro foi uma decorrência do receio de que a independência se transfigurasse em aberta luta política entre os diversos segmentos da sociedade brasileira. A Monarquia era a garantia da ordem escravista.
(     ) Ao proclamar a independência, o príncipe D. Pedro rompeu com a comunidade portuguesa, que insistia em ocupar cargos públicos. A direção política do País foi entregue aos homens aqui nascidos, condição essencial para ser considerado cidadão no novo lmpério.
(     ) Em 1831, as elites políticas brasileiras entraram em desacordo com o Imperador, que insistia em desconsiderar o legislativo, preocupando-se, excessivamente, em defender os interesses dinásticos de sua filha em Portugal, o que irritava as elites políticas locais.
(     ) Com a abdicação, iniciou-se um período marcado pelo crescimento econômico decorrente da produção de café, o que possibilitou a execução de uma reforma política, o Ato Adicional (1834), que deu estabilidade ao Império.

74. (Ufg 2001) (...) Sejamos francos: o tráfico, no Brasil, prendia-se a interesses, ou para melhor dizer, a presumidos interesses dos nossos agricultores; e num país em que a agricultura tem tamanha força, era natural que a opinião pública se manifestasse em favor do tráfico: a opinião pública que tamanha influência tem, não só nos governos representativos, como até nas monarquias absolutas. O que há para admirar em que nós todos, amigos ou inimigos do tráfico, nos curvássemos a essa necessidade?

O texto acima é parte de um discurso de Eusébio de Queiroz, calorosamente aplaudido na Câmara, que encaminhou a lei antitráfico, em 1850.
Acerca do debate sobre o fim do tráfico, pode-se afirmar que

(     ) o tráfico de escravos permaneceu como prática corrente, defendida pelos agricultores com a conivência do Estado brasileiro, apesar dos acordos firmados entre Brasil e Inglaterra para pôr fim a essa atividade econômica.
(     ) a luta contra o tráfico de escravos encontrou, no ambiente urbano, o clima propício para empolgar políticos e intelectuais que se mobilizaram, na primeira metade do século XIX, para a luta contra essa atividade.
(     ) os argumentos favoráveis à continuidade do tráfico de escravos estavam associados à defesa da soberania nacional ameaçada pelos ingleses, que aprisionavam os navios negreiros.
(     ) os ingleses adotaram o trabalho assalariado, como forma predominante, em seu vasto império colonial, pois estavam coerentes com os princípios democráticos que orientaram sua ação colonizadora; desse modo, era natural que liderassem a luta contra o tráfico de escravos e a escravidão, nos séculos XVIII e XIX.

75. (Puc-rio 2001) As alternativas abaixo apresentam exemplos de permanências ou continuidades na formação social brasileira, ao longo da primeira metade do século XIX, À EXCEÇÃO DE:
a) a família patriarcal extensa.
b) o trabalho escravo negro.
c) o exclusivo comercial.
d) a economia de base agrícola.
e) o regime de padroado.

76. (Pucpr 2001) Portugal resistiu à nossa Independência, procurando revertê-la, inclusive pela via das armas. Com respeito à oposição lusitana, quais das alternativas estão corretas?

I- O envio ao Brasil, de uma frota que bombardeou o Rio de Janeiro em 1823, sendo rechaçada a seguir.
II- A resistência, na Bahia, das tropas do Brigadeiro Madeira de Melo, até 1823.
III- A busca de apoio Militar Britânico, por parte de Portugal.
IV- A dissolução da Constituinte de 1823 por D. Pedro, de origem portuguesa, e hostilizado pelos deputados.
V- Resistência militar portuguesa no Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina.

a) I, III e IV.
b) II, III e V.
c) apenas I e III.
d) apenas II e V.
e) apenas III e IV.

77. (Pucpr 2001) O estudo da Carta Outorgada de 1824, Ato Adicional de 1834 e Constituição Republicana de 1891 mostra, no Brasil, notável evolução política.
Assinale a alternativa correta:
a) O Ato Adicional de 1834 atribui às províncias a mesma autonomia estabelecida pela Constituição de 1891.
b) Enquanto a Carta Outorgada de 1824 inspirou-se nos Estados Unidos, a Constituição de 1891 baseou-se em modelo europeu.
c) A Carta Outorgada de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador.
d) A Religião Católica Apostólica Romana, oficial no Império, assim continuou na República, com base em artigo específico na Constituição de 1891.
e) O Ato Adicional de 1834 transformou a forma de Estado do Brasil de unitária em federativa.

78. (Mackenzie 2001) A Carta Constitucional de 1824 representava uma vitória do Executivo sobre o Legislativo, do Imperador sobre as oligarquias. A oposição ao Imperador foi mais forte nas províncias do norte, as mais afetadas pelo forte centralismo que caracterizava a Carta.
            Carlos Guilherme Mota. 1822 - Dimensões

A oposição de que fala o texto resultou em sério movimento revolucionário que teve, entre seus líderes, Frei Caneca. Identifique-o.
a) Revolução Farroupilha
b) Cabanagem
c) Confederação do Equador
d) Balaiada
e) Sabinada

79. (Ufes 2000) O banco que financiou a independência

O Rothschild é o mais antigo banco de investimentos do mundo [...]. Foram os Rothschild que deram o primeiro financiamento ao Brasil independente, em 1825.
            "O Globo" - 21/9/98.

O texto refere-se à dívida externa do Brasil no Primeiro Reinado, contraída com banqueiros ingleses, quase sempre com a casa Rothschild.
O Brasil começava sua história como país independente, acumulando dívidas com banqueiros internacionais, situação ligada, entre outras, à/ao
a) legislação que visava à contenção das importações de supérfluos, o que causava prejuízos aos comerciantes.
b) redução do tráfico de escravos no Brasil, especialmente para o Nordeste, em troca do direito de os comerciantes brasileiros abasteceram com exclusividade algumas colônias inglesas, fato que endividava o país.
c) acordo sobre compensações, que previa o pagamento a Portugal de uma indenização em libras esterlinas em troca do reconhecimento da independência do Brasil.
d) rompimento de relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, que não concordaram com as taxas alfandegárias, medida que resultou na diminuição da receita tributária do país.
e) aumento do déficit público causado pelas despesas com a defesa das fronteiras brasileiras, devido às rivalidades políticas com a França.

80. (Uel 2000)


Na visão do cartunista, a Independência do Brasil, ocorrida em 1822,
a) foi resultado das manifestações populares ocorridas nas ruas das principais cidades do país.
b) resultou dos interesses dos intelectuais que participaram das conjurações e revoltas.
c) decorreu da visão humanitária dos ingleses em relação à exploração da colônia.
d) representou um negócio comercial favorável aos interesses dos ingleses.
e) não passou de uma encenação, já que os portugueses continuaram explorando o país.

81. (Fgv 2000) "A propagação das idéias republicanas, antiportuguesas e federativas (...) ganhou ímpeto com a presença no Recife de Cipriano Barata, vindo da Europa, onde representava a Bahia nas Cortes. É importante ressaltar (...) o papel da imprensa na veiculação de críticas e propostas políticas (...). Os Andradas, que tinham passado para a oposição depois das medidas autoritárias de D. Pedro, lançaram  seus ataques através de 'O Tamoio'; Cipriano Barata e Frei Caneca combateram a monarquia centralizada, respectivamente na 'Sentinela da Liberdade' e no 'Íbis Pernambucano'."
            (Boris Fausto, "História do Brasil")

A conjuntura exposta no texto anterior refere-se à emergência da:
a) Rebelião Praieira;
b) Cabanagem;
c) Balaiada;
d) Sabinada;
e) Confederação do Equador.

82. (Ufrrj 2000)                                    SONETO
            (Feito quando fui solto em 1830)

"Para quando, oh! Brasil, bem reservas
Numa cega apatia alucinado,
Não vês teu solo aurífero ultrajado,
Por dragões infernais fúrias protervas?

(...)

Ainda não tens, Tamoio, povo bravo;
Setas ervadas contra o lusitano
Que pretende fazer-te seu escravo?

Eia! Dos lares teus, despe o engano
Quem nasceu no Brasil não sofre agravo,
E quem vê um Imperador, vê um tirano".

                                                           Cipriano Barata
            (ln: CASCUDO, Luiz da Câmara. "Dr. Barata". Bahia, Imprensa Oficial do Estado, 1938. p.49.)

Vocabulário:
AGRAVO. Sm. Ofensa, injúria, afronta.
SETAS ERVADAS. Setas envenenadas.
PROTERVO [Adj.]. Impudente, insolente, descarado.

Cipriano Barata teve ativa participação nos movimentos políticos brasileiros da primeira metade do século XIX, com um discurso libertário denunciando os arranjos políticos das elites sempre em prejuízo da população desfavorecida. Os versos deste revolucionário brasileiro identificam um dos momentos de crise política no Brasil Imperial, qual seja
a) o enfraquecimento político de D. Pedro I, sua aproximação do "partido português" e a repulsa dos brasileiros a este comportamento.
b) a negativa dos setores conservadores em aceitar a decretação da maioridade de D. Pedro II.
c) a contestação dos governos regenciais por movimentos armados nas províncias de norte a sul do Brasil.
d) a expulsão dos Tamoios de suas terras pelos cafeicultores interessados na expansão de sua atividade econômica.
e) o início do governo de D. Pedro I com a expulsão de contingentes militares portugueses e a afirmação de uma nacionalismo brasileiro.

83. (Ufv 2000) O mapa abaixo retrata o contorno do território brasileiro logo após a Declaração de Independência. Em 1828 esse contorno sofreu grandes modificações em virtude de uma revolução de caráter separatista fomentada pela Argentina. Esse episódio, além de mudar o contorno do território brasileiro, deu origem a um novo país, o Uruguai, que hoje se integra ao Brasil, Argentina e Paraguai na constituição do MERCOSUL.


O episódio ocorrido em 1828 e que deu origem ao Uruguai ficou conhecido como:
a) Revolução Farroupilha.
b) Revolta do Chaco.
c) Questão Cisplatina.
d) Guerra dos Farrapos.
e) Confederação do Equador.

84. (Mackenzie 2000) Está aí explicação para a originalidade do Brasil na América Latina: manter a unidade e ser durante o século XIX a única monarquia da América.
                                   (Caceres - "História do Brasil")

Assinale a alternativa que justifica a frase anterior.
a) A unidade e a monarquia interessavam à elite proprietária que temia o fim do trabalho escravo e as lutas regionais, daí a independência feita de cima para baixo.
b) A forma de governo monárquico fora imposição da Inglaterra para reconhecer nossa independência.
c) Os líderes da aristocracia rural eram abolicionistas e republicanos e relutavam em aceitar o governo monárquico.
d) O separatismo nunca esteve presente em nossa História, nem na fase colonial e tampouco no império.
e) O liberais no Brasil da época não temiam a haitização do país, já que defendiam o fim da escravidão e amplos direitos à população.

85. (Ufrs 2001) Levando-se em conta o processo histórico da Cisplatina, considere as seguintes afirmações.

I - A tentativa inicial de apropriação da Cisplatina pelos lusitanos ocorreu nos primeiros anos do governo joanino no Brasil, resultando no "êxodo do povo oriental", liderado por Artigas.
II - A conquista lusitana da Cisplatina se deu no contexto da instabilidade política da Banda Oriental, onde bandos milicianos artiguistas lutavam contra fazendeiros sul-rio-grandenses.
III - A Guerra da Cisplatina, iniciada pelo movimento dos "33 orientales" liderados por Lavalleja, resultou na manutenção da província pelo Império brasileiro.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

86. (Ufrs 2001) Durante a primeira metade do século XIX, Pernambuco foi palco de diversos movimentos sociais contra o poder do Império luso ou brasileiro. A respeito das motivações destas revoltas, analise as seguintes afirmativas.

I - A Revolução de 1817, ocorrida durante o período joanino, foi uma reação contra a opressão econômica da Corte portuguesa "transferida" ao Brasil sobre as províncias nordestinas.
II - A Confederação do Equador foi decorrente dos desmandos autoritários de Pedro I, que dissolveu a Assembléia Constituinte no Rio de Janeiro, outorgando a Constituição de 1824, e interveio nas províncias nordestinas.
III - A Revolução Praieira representou o ápice do liberalismo radical em Pernambuco, combatendo as elites agrárias, os comerciante estrangeiros e os representantes da monarquia.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

87. (Ufsm 2002)

(TEIXEIRA, Francisco M. P. "Brasil História e Sociedade". São Paulo: Ática, 2000. p.162.)

O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, concluído em 1888, é uma representação do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil rompeu com Portugal. Essa representação enaltece o fato e enfatiza a bravura do herói D. Pedro, ocultando que
a) o fim do pacto colonial, decretado na Conjuração Baiana, conduziu à ruptura entre o Brasil e Portugal.
b) o processo de emancipação política iniciara com a instalação da Corte portuguesa no Brasil e que as medidas de D. João puseram fim ao monopólio metropolitano.
c) o Brasil continuara a ser uma extensão política e administrativa de Portugal, mesmo depois do 7 de setembro.
d) a Abertura dos Portos e a Revolução Pernambucana se constituíram nos únicos momentos decisivos da separação Brasil-Portugal.
e) a separação estava consumada, o processo estava completo, visto que havia, em todo o Brasil, uma forte adesão militar, popular e escravista à emancipação.

88. (Cesgranrio 2002) "As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta, as palavras 'Superfino de Londres' saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birminghan, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China."
            (GRAHAM, Mary. "Diário de Uma Viagem ao Brasil", in Campos, Raymundo. História do Brasil. São Paulo: Atual, 1991, 2 ed. p 98. )

Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro, feita por uma inglesa que estava no Brasil em 1821, justifica-se historicamente pelo(a):
a) Tratado de Maastricht.
b) Tratado de Fontainebleau.
c) Tratado de Comércio e Navegação.
d) Bloqueio Continental.
e) criação do NAFTA e da ALCA.

89. (Pucrs 2003) A Carta Constitucional de 1824 fixou um núcleo de poder político cujo exercício seria marcante no parlamentarismo monárquico brasileiro e que incluía as seguintes atribuições: empregar a força armada; escolher os senadores a partir de lista tríplice; sancionar e vetar atos do legislativo; dissolver a Câmara; nomear juízes.
Segundo a referida Constituição, esse conjunto de atribuições era exercido
a) pelo Primeiro Ministro.
b) pelo Supremo Tribunal de Justiça.
c) pelo Monarca.
d) pela Câmara dos Deputados.
e) pelo Conselho de Estado.

90. (Ufsc 2003) O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil:

"... Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções em honra de D. Pedro ...".
            DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: "Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX." Florianópolis: UFSC, 1984.

Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil.

(01) A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo.

(02) Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela.

(04) De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas.

(08) Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro.

(16) Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco.

(32) Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey Lesson.

Soma (     )

91. (Ufsc 2003) "Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto, depois da dissolução do congresso; Se finalmente querem ser teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o teu império ...".
            Fragmentos retirados do "Manifesto da Confederação do Equador".

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) relacionadas com o conteúdo do documento e com episódios da Confederação do Equador.

(01) O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da Independência.

(02) O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à Constituição antidemocrática de 1824, outorgada por D. Pedro I.

(04) O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil.

(08) Pode-se considerar o Manifesto uma declaração  favorável  dos  líderes  da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado herdeiro legítimo da Casa de Bragança.

(16) A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do Manifesto.

(32) Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca.

Soma (     )

92. (Ufc 2003) A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que:
a) implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico.
b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina.
c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.
d) implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político.
e) decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como conseqüência imediata a abertura dos portos.

93. (Ufpe 2003) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador. Assinale a alternativa que melhor define este Poder.
a) Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo Lima.
b) O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador.
c) A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidas públicas.
d) O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e suspender os magistrados, entre outras prerrogativas.
e) O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo golpe da maioridade em 1840.

94. (Ufrn 2003) Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta:

A independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes. Esses beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de uma nova sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas marginalizadas. O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia em acabar com os últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do imperador, mas mantendo a forma monárquica de governo.
CÁCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1995. p. 153.

Essas idéias dominaram a Assembléia Constituinte. O projeto constitucional de 1823, por ela elaborado, expressou fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que
a) instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria que comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola.
b) estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do imperador, que poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou Judiciário.
c) adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e de escravos e os grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em dinheiro.
d) determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e cristãos, mas impedia que mulheres, escravos e não-católicos se expressassem nas eleições.


95. (Fgv 2003) A Constituição Brasileira de 1824:
a) Foi elaborada e aprovada pela Assembléia Geral Constituinte e estabeleceu a organização do Estado a partir da divisão em três poderes: Legislativo, Judiciário e Moderador.
b) Ficou conhecida como a Constituição da Mandioca, em razão da adoção de um sistema censitário que definia pelo critério de renda e bens aqueles que poderiam votar e ser votados nas eleições gerais.
c) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e, além dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, estabelecia o Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro.
d) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e garantia forte autonomia às Províncias, apesar da implementação do Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro.
e) Foi elaborada pela Assembléia Geral Constituinte e caracterizou-se pela adoção dos princípios liberais, pela garantia da defesa dos direitos fundamentais do homem e pela adoção dos princípios federativos.

96. (Pucrs 2003) Desde o princípio da década de 1840, o café torna-se o principal produto da economia brasileira. A partir da Floresta da Tijuca, a cultura cafeeira expande-se por toda a província do Rio de Janeiro: Mangaratiba, Angra dos Reis, Parati, Maricá, Itaboraí e Magé, encontrando na região do Vale do rio Paraíba do Sul condições ideais de cultivo. Entre 1830 e 1870, o Vale torna-se o centro econômico do Império. Considerando o referido período, é correto afirmar que a lavoura cafeeira dessa região
a) enfrentou dificuldades estruturais no setor de transporte, devido à inexistência de investimentos estrangeiros e nacionais na construção de ferrovias entre a zona de cultivo e o porto de Santos.
b) entrou em declínio a partir de 1870, principalmente devido à queda de consumo no mercado interno, associada à ascensão do algodão como principal produto de exportação.
c) foi pioneira na utilização, em larga escala, da mão-de-obra imigrante assalariada, e foco da crise do escravismo na economia brasileira.
d) criou uma classe de pequenos e médios produtores rurais, que viria a constituir a principal base social do republicanismo.
e) gerou a necessidade do estabelecimento de pequenas unidades agrícolas produtoras de gêneros alimentícios para consumo interno nas fazendas.

97. (Mackenzie 2004) A respeito dos princípios presentes na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, é correto afirmar que:
a) garantiam ampla liberdade individual e resguardavam a liberdade econômica, assegurando a participação política desvinculada da necessidade de uma renda mínima por parte do cidadão.
b) garantiam as liberdades individuais inspiradas na Declaração dos Direitos do Homem, elaborada pelos revolucionários franceses em 1789.
c) estabeleciam a igualdade de todos perante a lei, estatuto que foi observado com rigor por toda a sociedade brasileira.
d) estabeleciam o princípio da liberdade religiosa, segundo o qual o Estado permaneceria distante das questões religiosas.
e) determinavam disposições jurídicas que eram as mais adequadas à realidade nacional da época, não apresentando, portanto, contradições.

98. (Pucmg 2004) Sobre a independência do Brasil, é INCORRETO afirmar que:
a) resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários de terras.
b) girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a unidade do país.
c) proporcionou mudanças radicais na estrutura de produção para beneficiar as elites.
d) continuou a produção a atender às exigências do mercado internacional.


99. (Ufc 2004) Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o navio Veloz. "Os diários de bordo e mais papéis do Capitão foram examinados... estavam em ordem. O número de pessoas transportadas obedecia ao que estipulava a lei..."
GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, demografia e política no destino dos escravos, em: Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e cidadania. Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23

Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de escravos, durante o Império.
a) A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o contrabando de produtos que pudessem concorrer com as manufaturas inglesas.
b) Os traficantes de escravos obedeceram aos tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive os compromissos assumidos por Portugal, a partir da transferência da Corte.
c) Portugal tinha se comprometido a limitar a prática do tráfico ao sul do equador e, desde então, a Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo cumprimento dos acordos firmados.
d) Tratados firmados entre o Brasil e a Angola proibiam o tráfico ao sul do equador.
e) Os tratados assinados, em 1810 e 1831, permitiam aos piratas de Sua Majestade seqüestrar carregamentos de escravos e levá-los para as plantações do Caribe.

100. (Unesp 2004) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)

A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.

101. (Unifesp 2004) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil
a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muitosemelhante ao argentino, apesar da forma exterior monárquica.

102. (Ufsm 2004) Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Cap. Rodrigo Cambará entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, (...) montava um alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. Tinha um violão a tiracolo; sua espada, apresilhada aos arreios, rebrilhava ao sol daquela tarde de outubro de 1828 e o lenço encarnado que trazia ao pescoço esvoaçava no ar como uma bandeira.
            Veríssimo, E. "O Continente 1 - O tempo e o vento". São Paulo: Globo, 2000. p. 171.

Ao criar o Cap. Rodrigo Cambará, Érico Veríssimo deu vida a um herói fundador do Rio Grande do Sul. Esse herói foi moldado a partir da realidade histórica marcada por

I - conflitos militares de fronteiras.
II - consolidação da economia pastoril voltada para o consumo interno.
III - envolvimento com o gado chucro.
IV - expansão de latifúndios cercados e vigiados.

Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas I e IV.
e) apenas III e IV.

103. (Ufrrj 2005) Leia os textos a seguir, reflita e responda.

Após a Independência política do Brasil, em 1822, era necessário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reuniu-se em maio de 1823, uma Assembléia Constituinte composta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural.(...) Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio.
            VICENTINO, C; DORIGO, G. "História Geral do Brasil." São Paulo: Scipione, 2001.

A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a possibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outorgado por este imperador, em 25 de março de 1824.

Em relação à Constituição Imperial, de 1824, é correto afirmar que nela
a) foi consagrada a extinção do tráfico de escravos, devido à pressão da sociedade liberal do Rio de Janeiro.
b) foi introduzido o sufrágio universal, somente para os homens maiores de 18 anos e alfabetizados, mantendo a exigência do voto secreto.
c) foi abolido o padroado, assegurando ampla liberdade religiosa a todos os brasileiros natos, limitando os cultos religiosos aos seus templos.
d) o poder moderador era atribuição exclusiva do Imperador, conferindo a ele, proeminência sobre os demais poderes.
e) o poder executivo seria exercido pelos ministros de Estado, tendo estes total controle sobre o poder moderador.

104. (Ufsc 2005) "Título III: Dos Poderes e Representações Nacionais.

Artigo 10Ž - Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Império são quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o poder executivo e o poder judicial.

Artigo 98 - O poder moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como chefe supremo da Nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos (...)"

A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 afastava as camadas populares da vida política ao condicionar a participação política à renda; além disso, apresentava a novidade do "Poder Moderador".

Sobre essa constituição, é CORRETO afirmar que:

(01) o poder legislativo era formado por um Senado vitalício e por uma Câmara de Deputados com mandato de três anos. Os Senadores eram escolhidos pelo Imperador, a partir de uma lista tríplice, apresentada pelas províncias.

(02) o poder judiciário era exercido por Juízes de Direito e por um Supremo Tribunal de Justiça, cujos magistrados eram escolhidos pelo Imperador.

(04) embora fosse grande a concentração de poderes nas mãos do Imperador, não houve contestação a essa centralização porque o que predominava, na época, eram os ideais absolutistas.

(08) o poder moderador exercido, exclusivamente, pelo Imperador, era o mecanismo que lhe permitia intervir nos demais poderes impondo sua vontade e seus desejos absolutistas.

(16) o catolicismo, declarado religião oficial do Império, era regulado pelo regime do padroado régio, segundo o qual os padres eram pagos pelo Estado, o que os equiparava a funcionários públicos, colocando-os sob as determinações do Imperador.

(32) o poder executivo era exercido pelo Imperador e por um ministério por ele escolhido e presidido.

105. (Ufu 2005) Leia o texto a seguir.

"Dar-vos-ão um código de leis adequadas à natureza das vossas circunstâncias locais, da vossa povoação, interesses e relações, cuja execução será confiada a juízes íntegros, que vos administrem justiça gratuita, e façam desaparecer todas as trapaças do vosso povo, fundadas em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas e contraditórias".
            D. Pedro. Manifesto do Príncipe Regente aos Povos do Brasil - 1822. Apud. SOUZA, Iara Lis C. "A independência do Brasil". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p. 50.

Considerando o modelo de Monarquia Constitucional adotado pelo projeto de Independência do Brasil, podemos afirmar que

I - D. Pedro tinha a intenção de conquistar a adesão das Câmaras à sua figura, compromissando-se a estabelecer e respeitar uma Constituição liberal que levasse em consideração as particularidades de cada região (federalista).
II - D. Pedro propunha, conforme o trecho, estabelecer no Brasil uma monarquia constitucional em que todos os brasileiros, incluindo mulheres, escravos e homens livres pobres, teriam participação política.
III - D. Pedro aproximou-se de grupos políticos defensores do Estado monárquico constitucional e dos valores liberais, os quais são contrapostos, no trecho acima, às supostas irracionalidade e arbitrariedade da legislação colonial.
IV - O Príncipe Regente tinha a convicção de que a legitimidade do poder advém do povo e da Constituição, o que se refletiria, futuramente, no respeito do Imperador às decisões autônomas da Assembléia Constituinte de 1822 - 1823.

Assinale a alternativa correta.
a) I e III são corretas.
b) I e II são corretas.
c) III e IV são corretas.
d) II e IV são corretas.


106. (Fgv 2005) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que representavam grandes somas - como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte - com uma taxa de juros muito alta.

Essa situação foi gerada principalmente
a) por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII.
b) pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial.
c) por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume.
d) pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I, com o objetivo de defender o seu trono em Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI.
e) pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país.

107. (Fgv 2005)

A partir da tabela apresentada, com dados sobre escravos do Rio de Janeiro, é correto concluir que
a) era muito rara a alforria de um escravo ladino.
b) a maior parte das alforrias vinha do espaço rural.
c) o grupo mais beneficiado era o de escravas do meio urbano.
d) o maior número de alforrias está no grupo de homens do meio rural.
e) não havia possibilidade de alforrias de crianças no espaço urbano.

108. (Unesp 2005) No início dos trabalhos da primeira Assembléia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou "esperar da Assembléia uma constituição digna dele e do Brasil". Na sua resposta, a Assembléia declara "que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador."

Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia
a) a oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder político instalado no Rio de Janeiro.
b) a tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros.
c) o clima político de insegurança provocado pelo retorno da família real portuguesa à Lisboa.
d) uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais.
e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado.

109. (Puc-rio 2005) Assinale a alternativa que identifica corretamente os critérios de cidadania política definidos pela Constituição do Estado Imperial, no Brasil, em 1824:
a) A vigência de um Estado laico impedia que membros da Igreja Católica ocupassem cargos públicos.
b) Os princípios da liberdade e da propriedade regulavam o exercício do voto.
c) O poder moderador permitia ao Imperador suspender os direitos políticos dos cidadãos.
d) Escravos e homens livres e pobres podiam votar, mas não podiam ocupar cargos políticos.
e) O sufrágio era censitário, permitindo o voto a homens e mulheres que possuíssem a renda estipulada em lei.

110. (Pucpr 2005) Dentre as características da Carta Imperial de 1824, outorgada por D. Pedro I, NÃO está incluído ou incluída:
a) o voto universal e secreto.
b) o exercício do Poder Moderador pelo monarca.
c) a forma unitária do Estado.
d) o casamento apenas religioso, com efeitos civis.
e) a divisão do território nacional em Províncias.

111. (Ufpr 2006) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos a seguir:

I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.

Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
a) I, III e IV somente.
b) III e IV somente.
c) II, III e IV somente.
d) I, II e III somente.
e) I e II somente.

112. (Fgv 2006) Iniciados os trabalhos da Constituinte [em maio de 1823], José Bonifácio procurou articular em torno de si os propósitos dos setores conservadores, além de esvaziar radicais e absolutistas.
Na prática, José Bonifácio (...) procurou imprimir um projeto conciliador entre as pretensões centralizadoras e os anseios das elites rurais. O papel do imperador deveria ser destacado dentro da organização do novo Estado, já que em torno de sua figura se construiria a unidade territorial do novo país.
            (Rubim Santos Leão de Aquino et alli, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

No momento em que os trabalhos constituintes eram iniciados, a manutenção da unidade territorial do Brasil corria riscos em virtude
a) da ocupação exercida por forças militares portuguesas na Bahia, no Pará e na província Cisplatina.
b) das pressões inglesas para que as regiões próximas da bacia amazônica fossem separadas do Brasil.
c) da Revolta dos Farrapos, que lutava pela emancipação das províncias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
d) da adesão de Gonçalves Ledo ao partido brasileiro, que defendia uma ampla autonomia do nordeste brasileiro.
e) de o anteprojeto constitucional - a Constituição da Mandioca - apontar para uma ordem administrativa igual à dos EUA.

113. (Uel 2006) Analise a imagem a seguir.


O pintor francês João Batista Debret, que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, registrou, como cronista e ilustrador, a vida do Rio de Janeiro colonial. Na imagem em destaque, que retrata o passeio de uma família abastada, estão registrados alguns elementos da diferenciação social no país. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre escravismo no Brasil, considere as afirmativas a seguir.

I. A freqüente integração dos escravos negros às famílias de brancos abastados garantiu, após a abolição da escravidão, um melhor posicionamento dos libertos na economia urbana, como mão-de-obra qualificada.
II. Após a Independência, o escravismo continuou sendo a base do sistema produtivo, embora a estruturação do Estado Nacional tenha fortalecido a burocracia estatal e a camada de profissionais liberais urbanos.
III. Com a iminência do fim do escravismo, a implantação de pequenas e médias propriedades converteu-se na preocupação fundamental tanto dos homens públicos quanto dos fazendeiros.
IV. A interdição das terras somada à inserção de um número crescente de imigrantes estrangeiros na economia brasileira foram fundamentais no processo de marginalização dos escravos libertos.

Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III, e IV.

114. (Ufsm 2006) Os processos de descolonização e construção do Estado imperial brasileiro, na 1 metade do século XIX, apresentaram os seguintes aspectos, EXCETO
a) a presença da Corte portuguesa no Brasil definiu os rumos da independência, impondo limites às mudanças políticas e sociais.
b) a Constituição de 1824 buscou garantir a supremacia do poder central, pois instituiu, entre outras medidas, o poder moderador, o senado vitalício e a nomeação dos Presidentes de Província pelo Imperador.
c) foram liderados pelas elites, imbuídas de uma nítida identidade nacional e desejosas de ficar subordinadas aos interesses do livre comércio inglês.
d) caracterizaram-se pela continuidade de instituições e estruturas coloniais, como o poder monárquico, e por uma sociedade escravista com expressiva exclusão social.
e) significativa resistência de elites regionais ao projeto de centralização do Estado imperial, ilustrada por episódios como a Confederação do Equador e a Guerra Farroupilha.

115. (Pucmg 2006) O reconhecimento da nossa independência política enfrentou sérias dificuldades nas negociações entre Brasil e Portugal, as quais só conseguiram ser sanadas com apoio da Inglaterra, que exigiu em troca:
a) a revogação do decreto de D. João VI que permitira a instalação de fábricas e manufaturas no país desde 1808.
b) a manutenção de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos portugueses nos portos brasileiros.
c) a renovação dos tratados de 1810 e a promessa brasileira de extinguir o tráfico negreiro no prazo de três anos.
d) a abolição imediata da escravidão africana no Império sem a devida indenização à elite rural brasileira.

116. (Ufpe 2007) Uma análise das relações sociais de poder no Brasil Império mostra mudanças importantes com relação ao período colonial. Na época do Império, a sociedade brasileira:
a) tornou-se mais democrática, com o declínio acentuado da escravidão depois de 1840, e com a vinda de imigrantes europeus que traziam idéias modernizadoras.
b) manteve a escravidão como fonte de produção de riqueza, embora restrita à cultura do café, no oeste paulista e no interior do Rio de Janeiro.
c) conseguiu livrar-se das influências européias, afirmando uma matriz, respeitando as tradições seculares de sua história.
d) permaneceu marcada pelo escravismo, embora já houvesse mudanças de muitos hábitos, por influência da modernização de alguns setores.
e) conviveu com rebeliões políticas freqüentes, lideradas pelos liberais radicais e movidas por idéias abolicionistas e republicanas.

117. (G1 - cftpr 2006) Considerando a permanência da Família Real no Brasil entre 1808 e 1821, é correto afirmar, em relação ao processo de Independência do Brasil e à formação do Estado Nacional, que:

I) as elites econômicas e políticas pretendiam, mais que a emancipação política da metrópole portuguesa, a extinção do sistema escravista brasileiro.
II) foi o resultado de um arranjo político que perpetuou a monarquia, assim como os antigos privilégios dos latifundiários escravocratas.
III) as elites brasileiras, sobretudo do Nordeste, e próprio príncipe regente, buscaram o apoio das camadas médias urbanas e das camadas pobres rurais para legitimar a emancipação política de Portugal.

Analise as proposições anteriores e assinale:
a) se apenas a proposição I estiver correta.
b) se apenas a proposição II estiver correta.
c) se apenas a proposição III estiver correta.
d) se as proposições I e II estiverem corretas.
e) se as proposições II e III estiverem corretas.

118. (G1 - cftce 2005) Foi outorgada, definia a religião católica como oficial, estabeleceu o voto censitário, além da liberdade econômica e de iniciativa. O contexto histórico da Constituição Brasileira que tinha estas características está na opção:
a) o período da Inconfidência Mineira que adotou como constituição provisória a dos Estados Unidos
b) a fase da administração pombalina que elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, por conseguinte, elaborando a primeira Carta Magna do Brasil
c) o processo de organização do Estado Brasileiro, coincidindo com o Primeiro Reinado
d) momento que foi antecedido com a Proclamação da República e que culminou com a Constituição Republicana do Brasil
e) a implantação do Estado Novo com Getúlio Vargas que impunha para o povo brasileiro uma nova Constituição, a fim de regularizar e ratificar as suas ações e rumos que estava dando para o Brasil

119. (G1 - cftce 2006) "A Assembléia declara-se em sessão permanente e pede explicações sobre o movimento da tropa. Em tensa e exaustiva troca de mensagens, é informada que a oficialidade não tolera 'certos redatores de periódicos e seu incendiário partido', em especial 'O Tamoio', 'A Sentinela' e os 'Andradas'. A sessão ficou conhecida como 'Noite da Agonia'".
Este trecho se refere a um acontecimento do(a):
a) Administração Joanina no Brasil.
b) Primeiro Reinado.
c) Proclamação da República.
d) Implantação do Estado Novo.
e) Outorga da Constituição de 1967 no Regime Militar.

120. (Ufpe 2007) Apesar de sua participação na Independência do Brasil, D. Pedro I não conseguiu tornar-se um governante popular. Nesse sentido, podemos lembrar a Confederação do Equador, que foi um dos movimentos de reação ao autoritarismo do imperador. Por ocasião desse movimento, os rebeldes participantes:

(     ) criticaram a Constituição de 1824, considerando-a centralizadora.
(     ) buscaram, com sucesso, contar com o apoio das províncias vizinhas.
(     ) eram radicalmente contra a escravidão.
(     ) formaram brigadas populares para radicalizar a luta.
(     ) contaram com a ajuda de membros do clero local.

121. (Ufsc 2007)          "Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.
            - É casado, disse eu para Escobar. Maria onde está?
            - Está socando milho, sim, senhor.
            - Você ainda se lembra da roça, Tomás?
            - Alembra, sim, senhor.
            - Bem, vá-se embora.
            Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...
            - Todas as letras do alfabeto, interrompeu Escobar.
            Com efeito, eram diferentes letras, e só então reparei nisto; apontei ainda outros escravos, alguns com os mesmos nomes, distinguindo-se por um apelido, ou da pessoa, como João Fulo, Maria Gorda, ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique...
            - E estão todos aqui em casa? perguntou ele.
            - Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os da roça; a maior parte ficou lá.
            - O que me admira é que D. Glória se acostumasse logo a viver em casa da cidade, onde tudo é apertado; a de lá é naturalmente grande.
            - Não sei, mas parece. Mamãe tem outras casas maiores que esta; diz porém que há de morrer aqui. As outras estão alugadas. Algumas são bem grandes, como a da Rua da Quitanda..."
            ASSIS, Machado de."Dom Casmurro". São Paulo: FTD, 1991,  p. 145.

No diálogo anterior, Escobar e Bentinho conversam sobre os escravos da família deste.
Sobre o período da escravidão no Brasil, é CORRETO afirmar que:

(01) a presença dos escravos no Brasil Imperial podia ser percebida em diferentes atividades, desde os trabalhos nas lavouras até serviços domésticos nas casas de fazenda e centros urbanos.
(02) os escravos eram trazidos da África, provenientes de uma única região. Isto facilitou a socialização entre os grupos de escravos trazidos ao Brasil.
(04) a submissão ao senhor latifundiário era incontestada. Prova disso é a inexistência de fontes históricas que provem a resistência dos escravos às péssimas condições de vida às quais eram submetidos.
(08) a concentração da propriedade nas mãos de poucos foi uma característica do período de escravidão no Brasil. Um grande proprietário de terras também podia possuir imóveis urbanos que contribuíam em muito para o aumento de sua riqueza.
(16) a extinção da escravidão garantiu melhores condições de vida aos africanos e seus descendentes, uma vez que a eles eram garantidas as vagas nas indústrias emergentes no Brasil.
(32) durante o período de introdução da cultura cafeeira no Brasil, o trabalho escravo já não era mais utilizado.

122. (Unesp 2007) O trabalho é incessante. Aqui uma chusma [grupo] de pretos, seminus, cada qual levando à cabeça seu saco de café, e conduzidos à frente por um que dança e canta ao ritmo do chocalho ou batendo dois ferros um contra o outro, na cadência de monótonas estrofes a que todos fazem eco; dois mais carregam no ombro pesado tonel de vinho [...], entoando a cada passo melancólica cantilena; além, um segundo grupo transporta fardos de sal, sem mais roupa que uma tanga e, indiferentes ao peso como ao calor, apostam corrida gritando a pleno pulmão. Acorrentados uns aos outros, aparecem seis outros com balde d'água à cabeça. São criminosos empregados em trabalhos públicos, também vão cantando em cadência...
            (Ernest Ebel. "O Rio de Janeiro e seus arredores em 1824".)

O texto, escrito pelo viajante Ernest Ebel, exprime
a) a presença de um número significativo de negros na sociedade brasileira da época e as tarefas cotidianas que, como escravos, eram obrigados a realizar.
b) o estado de rebelião dos escravos brasileiros, coagidos a um trabalho extenuante sob os olhos dos senhores e permanentemente acorrentados.
c) uma visão positiva e otimista da sociedade dos trópicos, em que o trabalho é acompanhado pela música e pela dança.
d) o ritmo do trabalho urbano determinado pelas imposições do processo de industrialização que se iniciava na cidade do Rio de Janeiro.
e) a ineficácia da mão-de-obra escrava no trabalho urbano, quando comparada com a produtividade do trabalho assalariado.

123. (Uerj 2006)

A economia cafeeira começou a prosperar significativamente na região do Vale do Paraíba fluminense e paulista na década de 1840 e entrou em decadência a partir dos anos de 1870.
Um dos fatores que contribuíram para essa decadência está descrito em:
a) doação das terras devolutas aos colonos, em conseqüência da Lei de Terras
b) redução do número de escravos, devido à proibição imposta pela Lei Euzébio de Queiroz
c) baixa produtividade agrícola, em razão da falta de escravos gerada pela Lei do Ventre Livre
d) proibição do tráfico de escravos interprovincial, em função das imposições do Bill Aberdeen

124. (Ufpe 96) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o "partido português" e o "partido brasileiro", levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.

125. (Mackenzie 97) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:
a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios.
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência.
c) evitar a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma.
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas.
e) promover um governo descentralizado e liberal através da Constituição de 1824.

126. (Mackenzie 99) "A Independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da nação tomada em seu conjunto".
            (Caio Prado Jr)

Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de profundas mudanças sociais.
b) O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios.
c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa guerra de independência.
d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo político dos radicais liberais.
e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo, extinguindo a escravidão logo após a independência.

127. (Mackenzie 99) "Verifica-se portanto que o Brasil necessitava da potência mais poderosa do momento para sua afirmação no mundo colonial, também a Inglaterra possuía sólidas razões para o seu reconhecimento (...)"
            (Carlos Guilherme Mota)

O interesse inglês no reconhecimento de nossa independência era determinado:
a) pela garantia da manutenção do tráfico escravo, fato que favorecia a Inglaterra.
b) pela preservação dos interesses portugueses, representados pelo Reino Unido.
c) pelo controle de nosso mercado, configurado posteriormente nos Tratados de 1827.
d) pelo apoio brasileiro à política da Santa Aliança.
e) pelo interesse na assinatura de tratados de extraterritoriedade, com reciprocidade de direitos para ingleses e brasileiros.

128. (Pucpr) A Inglaterra pressionou Portugal para que este reconhecesse a independência do Brasil, o que proporcionaria o reconhecimento por outras potências européias.
Para fazê-lo, Portugal exigiu e o Brasil assinou um tratado em que:
a) estabelecia que somente os portugueses poderiam futuramente fixar-se no Brasil como imigrantes.
b) o Príncipe D. Miguel ficava reconhecido sucessor de D. Pedro I no trono do Brasil.
c) se comprometia a abandonar a Província Cisplatina ou Uruguai.
d) pagava 2 milhões de libras esterlinas como compensação pelos interesses lusos deixados em sua antiga colônia.
e) estabelecia um tribunal de exceção para julgar os portugueses que se envolvessem em delitos no Brasil.

129. (Unifesp 2003) Sendo o clero a classe que em todas as convulsões políticas sempre propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem trabalhado, e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a aprecia.
            (Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823)

O texto sugere que o clero brasileiro
a) defendeu a política autoritária de D. Pedro I.
b) aderiu com relutância à causa da recolonização.
c) preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa.
d) viu como um mal o processo de independência.
e) apoiou ativamente a causa da independência.

130. (Ufsc 2004) Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao processo de independência do Brasil.

(01) A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808.
(02) A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoia-do pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência.
(04) No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais.
(08) A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal.
(16) A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita incondicionalmente por todas as províncias.

131. (Faap 96) "A ocupação começa pelo interior, com a instalação de fazendas de gado vindo da Bahia, em busca de pastagens. Na independência, em 1822, os portugueses revoltam-se e passam a combater os brasileiros. Cerca de 4 mil homens participam da Batalha dos Jenipapos, vencida pelos portugueses. O movimento espalha-se pela região, mas os brasileiros terminam vitoriosos. Mais tarde, rebeliões como a Confederação do Equador e a Balaiada abalam a província."
a) Rondônia
b) Rio de Janeiro
c) Rio Grande do Sul
d) Pernambuco
e) Piauí

132. (Ufes 96) Em agosto de 1961, na "Conferência Econômica e Social de Punta Del Este", o presidente John Kennedy apresentou aos países latino-americanos o projeto da "Aliança para o Progresso", o qual previa, em linhas gerais, o aperfeiçoamento e fortalecimento das instituições democráticas, mediante a autodeterminação dos povos, a aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos, a erradicação do analfabetismo e a garantia aos trabalhadores de uma justa remuneração e adequadas condições de trabalho.  Situando a "Aliança para o Progresso" no contexto das relações internacionais vigentes no Pós-Guerra, constatamos que sua criação se deveu ao desejo do governo norte-americano de
a) bloquear a acentuada evasão de capitais latino-americanos, resultante da importação maciça de bens de consumo japoneses e das altas taxas de juros pagas aos países integrantes do "Pacto de Varsóvia" por conta dos empréstimos contraídos na década de 50.
b) conter o avanço dos movimentos revolucionários na América Latina, reafirmando assim a liderança exercida pelos EUA sobre o Continente, numa conjuntura de acirramento da Guerra Fria por conta da Revolução Cubana.
c) desviar, para a América Latina, parte dos investimentos previstos no "Plano Global de Descolonização Afro-Asiática", em virtude das revoluções socialistas de Angola e Moçambique, que tornaram a posição norte-americana na África insustentável.
d) impedir que a República Federal Alemã, país de orientação socialista, firmasse acordos com a finalidade de transplantar tecnologia nuclear para o Terceiro Mundo, a exemplo do que havia ocorrido no Brasil sob o governo JK.
e) reabilitar os acordos diplomáticos entre os EUA e os demais países latino-americanos, que haviam sido rompidos quando da invasão de Honduras e do Equador pelas tropas norte-americanas, fortalecendo assim a OEA.

133. (Fgv 2007) Comparando-se o processo de independência das colônias da América espanhola com o do Brasil, no início do século XIX, é correto afirmar que
a) em ambos, a ideologia predominante foi o liberalismo, que influenciou a organização dos novos Estados sob governos republicanos com três poderes.
b) no primeiro, os 'criollos' conduziram a emancipação política, mas no segundo, as camadas médias conseguiram controlar o aparelho de Estado.
c) em ambos, o domínio econômico das respectivas metrópoles foi encerrado e desenvolveu-se o caudilhismo, forma de dominação local das elites de origem nativa.
d) no primeiro, ocorreu a fragmentação do território em vários países, já o Brasil manteve-se politicamente unido e governado pelo herdeiro português.
e) em ambos, o contexto das guerras napoleônicas foi determinante, embora o primeiro tenha sido singularizado pela transferência da Corte para a América.



GABARITO

1. F V F V V

2. F F V F F

3. V F V F V

4. 01 + 02 = 03

5. 01 + 02 + 16 + 32 = 51

6. [C]

7. 07

8. [E]

9. [A]

10. [C]

11. [B]

12. [E]

13. [B]

14. [C]

15. [E]

16. [E]

17. [D]

18. [D]

19. [D]

20. [C]

21. [D]

22. [A]

23. [B]

24. [D]

25. [A]

26. [B]

27. [D]

28. [D]

29. [D]

30. [A]

31. [C]

32. [E]

33. [E]

34. [C]

35. [E]

36. [C]

37. [A]

38. [B]

39. [A]

40. [D]

41. [C]

42. [C]

43. [C]

44. [B]

45. [B]

46. [D]

47. [D]

48. [E]

49. [C]

50. [B]

51. [C]

52. [A]

53. [B]

54. [E]

55. [A]

56. [E]

57. [C]

58. 01 + 08 + 16 + 32 = 57

59. V V V F F

60. [E]

61. [C]

62. [E]

63. [D]

64. [A]

65. [D]

66. [D]

67. [C]

68. [E]

69. [A]

70. [A]

71. [C]

72. [C]

73. V F V F

74. V F V F

75. [C]

76. [D]

77. [C]

78. [C]

79. [C]

80. [D]

81. [E]

82. [A]

83. [C]

84. [A]

85. [B]

86. [E]

87. [B]

88. [C]

89. [C]

90. 08 + 16 = 24

91. 01 + 16 = 17

92. [D]

93. [D]

94. [A]

95. [C]

96. [E]

97. [B]

98. [C]

99. [C]

100. [A]

101. [B]

102. [B]

103. [D]

104. 01 + 02 + 08 + 16 + 32 = 59

105. [A]

106. [C]

107. [C]

108. [E]

109. [B]

110. [A]

111. [C]

112. [A]

113. [C]

114. [C]

115. [C]

116. [D]

117. [B]

118. [C]

119. [B]

120. V V F V V

121. 01 + 08 = 09

122. [A]

123. [B]

124. [A]

125. [A]

126. [B]

127. [C]

128. [D]

129. [E]

130. 04+08=12

131. [E]

132. [B]

133. [D]
 

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufpe 96) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.

1. Na manhã de 13 de fevereiro de 1825, na porta da Igreja do Pátio do Terço, em Recife, Frei Caneca foi despojado de suas ordens e executado. Considera(m)-se atividade(s) revolucionária(s) do Frei:
(     ) jornalista, redator de O DIÁRIO NOVO jornal praieiro, responsável pela agitação intelectual da Revolução de 1848 em Pernambuco;
(     ) Frei Caneca participou da revolução de 1817 cujo ideário republicano era semelhante ao da Revolução de 1824;
(     ) Frei Caneca dirigiu, durante o Primeiro Reinado, um período revolucionário intitulado "Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco";
(     ) Frei Caneca insurge-se contra a Constituição Outorgada, logo após a dissolução da Constituinte em 1823;
(     ) Dirigiu e foi redator principal do jornal O TÍFIS Pernambucano que combatia o absolutismo do Imperador Pedro I e incitava à rebelião.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
(Ufpe 98) Na(s) questão(ões) a seguir assinale os itens corretos e os itens errados.

2. O mapa a seguir apresenta o Brasil pré-independente, no século XIX. Algumas províncias estão coloridas e se destacam das restantes. Sobre as coloridas, analise as proposições a seguir:


(0) As províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina foram as primeiras a aderir ao movimento de independência.
(1) Todas as províncias destacadas no mapa foram visitadas pela esquadra de Cochrane, militar que combateu na guerra da Independência do lado brasileiro.
(2) Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão e Bahia a resistência contra a independência foi mais forte, ocasionando lutas que se prolongaram além do 7 de setembro de 1822.
(3) As províncias destacadas representam o "partido brasileiro", que reunia aristocracia rural, os comerciantes nativos e os burocratas, e não defendiam a separação de Portugal.
(4) A província Cisplatina conseguiu sua independência mais cedo que o próprio Brasil. Antes de 1822 a Cisplatina já se chamava Uruguai.

3. O processo de desenvolvimento da indústria brasileira não foi acompanhado de uma efetiva política protecionista aduaneira. Quais teriam sido as razões?

(0) O Brasil como nação independente optou pelo liberalismo econômico.
(1) A partir da presença da família Real no Brasil e durante todo o século XIX a doutrina econômica que comandou a industrialização foi o mercantilismo.
(2) Os interesses britânicos criaram obstáculos a realização de uma política protecionista alfandegária.
(3) A ideologia nacionalista encontrou grande ressonância no Império Brasileiro levando o Governo a praticar o liberalismo econômico.
(4) A política econômica do Brasil durante todo o século XIX foi preferencialmente agrícola. Basta dizer que a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional ocupava-se com o aperfeiçoamento técnico da agricultura.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 95) Na(s) questões adiante escreva, no espaço apropriado, a soma dos itens corretos.

4. "Finalmente, seguindo um plano já traçado de antemão, em 2 de julho de 1823, Madeira de Melo e seus homens deixavam Salvador, pressionados também pela esquadra inglesa comandada pelo Almirante Cochrane, que veio oficialmente em auxílio a Labatut."
            (MENDES JR., p. 159)

Em relação ao processo histórico cujo desfecho está descrito no texto anterior, pode-se dizer:

(01) No Nordeste brasileiro, particularmente na Bahia, a disposição do povo até pela luta armada foi decisiva para a consolidação da Independência.
(02) As guerras pela Independência configuram a luta dos brasileiros contra os representantes do colonialismo lusitano, ainda presentes em diversas províncias do Brasil.
(04) A luta travada pelo povo baiano buscou resgatar o ideal da Conjuração dos Alfaiates de fazer da Bahia uma república independente e democrática.
(08) A união de algumas províncias do Norte e Nordeste em torno da República do Equador foi decisiva para a vitória dos revolucionários.
(16) Os revolucionários de 1823 lutavam por uma constituição que garantisse a soberania do povo, que fosse republicana e que extinguisse a escravidão.
(32) O processo de independência do Brasil culminou com a implantação da forma de governo monárquico-parlamentarista, inspirada no modelo adotado na América Hispânica.

Soma (          )

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufba 94) Assinale as proposições corretas, some os números a elas associados e marque no espaço apropriado.

5. "Brasileiros!
Salta aos olhos a negra perfídia,
são patentes os reiterados
perjúrios do Imperador,
e está conhecida nossa ilusão
ou engano em adotarmos
um sistema de governo defeituoso
em sua origem,
e mais defeituoso em suas
partes componentes...
O sistema americano deve ser
idêntico;
desprezemos
instituições oligárquicas,
só cabidas na
encanecida Europa."

Manifesto de Proclamação da Confederação do Equador, em 12 de julho de 1824.
            (MENDES JR., v. 2, p. 169)

Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil, pode-se afirmar:

(01) A "negra perfídia" e os "perjúrios do Imperador" referidos no Manifesto demonstram o desagrado dos brasileiros para com as atitudes autoritárias tomadas por D. Pedro I, após a dissolução da Assembléia Constituinte.
(02) O movimento revolucionário pernambucano que criticou o centralismo político imposto pela primeira Constituição pretendia reunir as províncias do Nordeste num governo republicano e federativo.
(04) O "sistema de governo defeituoso em sua origem" decorreu da participação dos deputados brasileiros nas Cortes Constituintes de Lisboa e conseqüente aprovação de uma única constituição para o Reino Unido.
(08) O sistema de governo mencionado no texto foi considerado pelos manifestantes "mais defeituoso em suas partes componentes", porque estabelecia eleições baseadas no sufrágio universal e igualdade entre os três poderes.
(16) A reação conservadora e aristocrática vivida pela Europa, após a derrota de Napoleão Bonaparte, foi contestada peIa onda revolucionária liberal de 1830, que se refletiu no Brasil, através das críticas ao centralismo e autoritarismo de D. Pedro I.
(32) A onda revolucionária liberal européia de 1848 refletiu-se no Brasil, através da vigência dos princípios federalistas estabelecidos com a maioridade de D. Pedro II.

Soma (          )

6. (Ufpe 96) Qual das alternativas a seguir contém as atividades produtivas que mais utilizaram a mão-de-obra escrava nos períodos Colonial e Imperial, no Brasil?
a) Cultura de subsistência nas colônias de parceria, na região Sul, e criação de gado nas terras gaúchas.
b) Extração de pau-brasil, culturas do fumo e do algodão.
c) Produção de açúcar, cultura do café e mineração.
d) Pecuária e mineração.
e) Comércio, construção de estradas de ferro e produção de açúcar.

7. (Uepg 2001) A incerta linha de Tordesilhas foi suplantada pela expansão das bandeiras paulistas, pelos criadores de gado, pelas forças militares e pela mineração. A partir do século XVIII a configuração territorial do Brasil passou a se aproximar bastante da atual, com exceção das fronteiras do Sul. Sobre as questões territoriais no sul do Brasil, assinale o que for correto.

01) No século XVlll, Portugal e Espanha disputaram os territórios das Sete Missões, ocupados por índios e jesuítas, e a Colônia do Sacramento, fundada no Rio da Prata, hoje território uruguaio.
02) A Colônia do Sacramento, base estratégica para o contrabando da prata oriunda da Bolívia e do Peru, foi incorporada ao Brasil em 1821, com a denominação Província Cisplatina.
04) A Província Cisplatina jamais se integrou ao Brasil em virtude da origem espanhola de seus habitantes e os conflitos de interesses na região do Prata.
08) Em 1827, a Província Cisplatina tomou-se a República do Uruguai. Duas forças políticas disputavam o poder: o Partido Blanco, dos pecuaristas, que se apoiava na Argentina, e o Partido dos Colorados, dos comerciantes de Montevidéu, que era simpático ao Brasil.
16) A Inglaterra, favorável à formação de uma grande república no Rio da Prata, colocou-se sempre contra a intervenção do Brasil nessa região.

8. (Unesp 94) A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:
a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador.
b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular.
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra.
d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas e sociais do País.
e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.

9. (Fuvest 95) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo:
a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado.
b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão.
c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social.
d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico.
e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica.

10. (Fuvest 91) Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:
a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.
b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos.
c) como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.
d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.
e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.

11. (Cesgranrio 95) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte.
Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira:
a) A autonomia das antigas Capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias.
b) O Poder Moderador conferia ao Imperador a proeminência sobre os demais Poderes.
c) A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade religiosa.
d) A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao Imperador D. Pedro I.
e) A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país.

12. (Faap 96) Nas lutas conhecidas como Guerras da Independência e no reconhecimento externo da Independência, o Brasil foi auxiliado pelo(a):
a) França
b) Espanha
c) Itália
d) Estados Unidos
e) Inglaterra

13. (Faap 96) O fuzilamento de Frei Caneca está ligado ao seguinte fato da História do Brasil:
a) Inconfidência Mineira
b) Confederação do Equador
c) Revolta dos Canudos
d) A Praieira
e) Revolução Farroupilha

14. (Ufes 96) "Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário

Brasileiros do Norte!  Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil.  Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... )."
                        (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).

O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador.
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.
d) liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção de açúcar.
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.

15. (Uel 94) A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou como um movimento de
a) emancipação política de Portugal.
b) oposição à Abertura dos Portos.
c) garantia à política inglesa.
d) apoio aos atos do imperador.
e) reação à política imperial.

16. (Ufmg 95) A opção pelo regime monárquico no Brasil, após a Independência, pode ser explicada
a) pela atração que os títulos nobiliárquicos exerciam sobre os grandes proprietários rurais.
b) pela crescente popularidade do regime monárquico entre a elite colonial brasileira.
c) pela pressão das oligarquias aliadas aos interesses, da Inglaterra e pela defesa da entrada de produtos manufaturados.
d) pelo temor aos ideais abolicionistas defendidos pelos republicanos nas Américas.
e) pelas transformações ocorridas com a instauração da Corte Portuguesa no Brasil e pela elevação do país a Reino Unido.

17. (Udesc 96) Durante o processo de Independência do Brasil, na segunda década do século XIX, houve resistência e luta armada em diversas regiões.
Assinale a ÚNlCA alternativa que indica onde ocorreu derramamento de sangue nesse período, pela conquista da emancipação política:
a) São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro;
b) Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
c) Goiás, Mato Grosso e Tocantins;
d) Bahia, Maranhão e Pará;
e) Alagoas, Pernambuco e Ceará.

18. (Mackenzie 96) Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir.

I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I.
II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses.
III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I.
IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador.

Então:
a) todas estão corretas.
b) todas são falsas.
c) apenas I e II estão corretas.
d) apenas I , II e IV estão corretas.
e) apenas III está correta.

19. (Fuvest 85) O reconhecimento da independência brasileira por Portugal foi devido principalmente:
a) à mediação da França e dos Estados Unidos e à atribuição do título de Imperador Perpétuo do Brasil a D.João VI.
b) à mediação da Espanha e à renovação dos acordos comerciais de 1810 com a Inglaterra.
c) à mediação de Lord Strangford e ao fechamento das Cortes Portuguesas.
d) à mediação da Inglaterra e à transferência para o Brasil de dívida em libras contraída por Portugal no Reino Unido.
e) à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Inglaterra de indenização pelas invasões napoleônicas.

20. (Fuvest 87) Qual o papel conferido ao Imperador pela Constituição de 1824?
a) Subordinação ao poder legislativo.
b) Instrumento da descentralização político-administrativa.
c) Chave de toda a organização política.
d) Articulador da extinção do Padroado.
e) Liderança do Partido Liberal.

21. (Cesgranrio 93) "Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei de muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu mui amado e prezado filho o Sr.  D. Pedro de Alcântara.  Boa Vista - 7 de abril de 1831, décimo da Independência e do Império - D. Pedro I."

Nesses termos, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro no culminar de uma profunda crise, que NÃO se caracterizou por:
a) antagonismo entre o Imperador e parte da aristocracia rural brasileira.
b) empréstimos externos para cobrir o déficit público gerado, em grande parte, pelo aparelhamento das forças militares.
c) aumento do custo de vida, diminuição das exportações e aumento das importações.
d) pressão das elites coloniais que queriam o fim do Império e a implantação de uma República nos moldes dos Estados Unidos.
e) conflitos entre o Partido Brasileiro e o Partido Português e medo da recolonização.

22. (Mackenzie 96) São fatores que levaram os E.U.A. a reconhecerem a independência do Brasil em 1824:
a) Doutrina Monroe (América para os americanos) e os fortes interesses econômicos emergentes nos E.U.A. .
b) A aliança dos capitais ingleses e americanos interessados em explorar o mercado brasileiro e a crescente expansão do mercado da borracha.
c) A indenização de 2 milhões de libras pagos pelo Brasil ao governo americano e a Doutrina Truman.
d) A subordinação econômica à Inglaterra e o interesse de aliar-se ao governo constitucional de D. João VI.
e) A identificação com a forma de governo adotada no Brasil e interesses coloniais comuns.

23. (Mackenzie 96) A Confederação do Equador, movimento que eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, caracterizou-se por:
a) ser um movimento contrário às medidas da Corte Portuguesa, que visava favorecer o monopólio do comércio.
b) uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um movimento republicano.
c) garantir a integridade do território brasileiro e a centralização administrativa.
d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e demais associações absolutistas.
e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 1824.

24. (Mackenzie 96) O episódio conhecido como "A Noite das Garrafadas", briga entre portugueses e brasileiros, relaciona-se com:
a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembléia Constituinte.
b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.
c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as medidas saneadoras de Oswaldo Cruz.
d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à sociedade "Colunas do Trono" que apoiavam Dom Pedro I.
e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades residenciais para alojá-la no Brasil.

25. (Unesp 97) Em troca do reconhecimento de sua independência por parte da Inglaterra, o Brasil assinou um tratado em 1826, incluindo cláusulas para por termo:
a) ao tráfico negreiro.
b) ao tratado comercial de 1810.
c) à escravidão africana.
d) à autonomia municipal.
e) ao pacto colonial.

26. (Ufrs 97) Um projeto alternativo ao Estado Nacional Brasileiro estabelecido pela Carta Constitucional de 1824 e defendido na Guerra dos Farrapos apresentou a
a) concentração do poder no Imperador e no Conselho de Estado.
b) instalação de uma República.
c) instauração de uma Monarquia Constitucional.
d) criação de uma Assembléia Nacional Popular.
e) organização de Comitês Revolucionários para sustentar o governo.

27. (Cesgranrio 97) A Constituição imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial tais como o(a):
a) equilíbrio dos poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas.
b) ampla participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos.
c) laicização do Estado por influência das idéias liberais.
d) predominância do poder do imperador sobre todo o sistema através do Poder Moderador.
e) autonomia das Províncias e, principalmente, dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país.

28. (Mackenzie 97) "A nação independente continuaria subordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país."
            (Emília V. da Costa)
                       
A interpretação correta do texto anterior sobre a independência brasileira seria:
a) a nossa independência caracterizou-se pelo processo revolucionário que rompeu socialmente com o passado colonial.
b) a preservação da ordem estabelecida, isto é, escravidão, latifúndio e privilégios políticos da elite, seria garantida pelo novo governo republicano.
c) a rápida transformação da economia foi comandada pela elite política e econômica interessada na superação da ordem colonial.
d) o espírito liberal de nossas elites não impediu que estas mantivessem as estruturas arcaicas da escravidão e do latifúndio, sendo a monarquia a garantia de tais privilégios.
e) o rompimento com a dependência inglesa foi inevitável, já que após a independência o governo passou a incentivar o mercado interno e a industrialização.

29. (Ufrs 96) Sobre o processo de emancipação política do Brasil em 1822, considere as afirmativas a seguir.

I - Para a aristocracia brasileira era fundamental que o governo do Brasil emancipado mantivesse o escravismo e as relações com a Inglaterra.
II - Pedro I negou publicamente sua disposição de indenizar Portugal pela separação, mas assinou o compromisso que estabelecia o Tratado de Paz e Aliança.
III - O Tratado de Paz com Portugal manteve a Província Cisplatina sob controle português.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

30. (Fgv 97) Associe os fatos político-militares do Primeiro Reinado e da Regência brasileira a seguir, com suas localizações:

Coluna A
1 - Balaiada
2 - Cabanagem
3 - Ato Adicional
4 - Sabinada
5 - Confederação do Equador

Coluna B
I - Pará
II - Bahia
III - Maranhão
IV - Pernambuco
V - Rio de Janeiro

Escolha a alternativa que tem a associação correta:
a) 1 - III; 2 - I; 3 - V; 4 - II; 5 - IV;
b) 1 - II; 2 - V; 3 - II; 4 - I; 5 - V;
c) 1 - III; 2 - II; 3 - V; 4 - IV; 5 - I;
d) 1 - IV; 2 - I; 3 - V; 4 - III; 5 - II;
e) 1 - V; 2 - III; 3 - IV; 4 - II; 5 - I;

31. (Fgv 97) No Brasil, durante o Primeiro Império, a situação financeira era precária, pelo fato de que:
a) o comércio de importação entrou em colapso com a vinda da Família Real (1808);
b) os Estados Unidos faziam concorrência aos nossos produtos, especialmente o açúcar;
c) os principais produtos de exportação - açúcar e algodão - não eram suficientes para o equilíbrio da balança comercial do país;
d) o capitalismo inglês se recusava a fornecer empréstimos para a agricultura;
e) o sistema bancário era praticamente inexistente, só tendo sido fundado o Banco do Brasil em 1850.

32. (Cesgranrio 98) Assinale a opção que apresenta um fato que caracterizou o processo de reconhecimento da Independência do Brasil pelas principais potências mundiais:
a) Reconhecimento pioneiro dos Estados Unidos, impedindo a intervenção da força da Santa Aliança no Brasil.
b) Reconhecimento imediato da Inglaterra, interessada exclusivamente no promissor mercado brasileiro.
c) Desconfiança dos brasileiros, reforçada após o falecimento de D. João VI, de que o reconhecimento reunificaria os dois reinos.
d) Reação das potências européias às ligações privilegiadas com  a Áustria, terra natal da Imperatriz.
e) Expectativa das potências européias, que aguardavam o reconhecimento de Portugal, fiéis à política internacional traçada a partir do Congresso de Viena.

33. (Unirio 96) As relações do Brasil com a Inglaterra constituíram-se num dos principais problemas da política externa do Império, como se observa no(a):
a) apoio da Inglaterra a Portugal, seu tradicional aliado, nas Guerras de Independência.
b) conflito decorrente das restrições alfandegárias impostas por D. Pedro I aos ingleses.
c) participação dominante de capitais ingleses no financiamento da expansão cafeeira.
d) concordância inglesa em relação ao expansionismo imperial na Cisplatina.
e) oposição da Inglaterra, país pioneiro no desenvolvimento industrial, ao tráfico negreiro.

34. (Fuvest 98) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824,
a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos.
b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos.
c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento antilusitano.
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais bandeiras.
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior.

35. (Fuvest 98) No tocante à economia açucareira do Brasil, ao longo do século XIX, podemos afirmar que
a) praticamente desapareceu, pois o café se tornou o produto quase exclusivo das exportações.
b) regrediu consideravelmente devido à concorrência norte-americana e à introdução do açúcar de beterraba na Europa.
c) conheceu um relativo renascimento, graças ao fim da exploração em grande escala de metais preciosos que drenava todos os recursos.
d) ficou estagnada, acompanhando o baixo nível das atividades econômicas em declínio após o fim da exploração de metais preciosos em grande escala.
e) regrediu consideravelmente devido à concorrência antilhana e à introdução de açúcar de beterraba na Europa.

36. (Fuvest 98) Sobre a dívida pública externa do Brasil independente, é certo afirmar que começou a ser contraída
a) nos primeiros anos da República, por iniciativa do Ministro da Fazenda Ruy Barbosa, preocupado com a escassez monetária.
b) por ocasião da Guerra do Paraguai, para financiar os enormes gastos decorrentes do conflito.
c) logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia.
d) quando se implantaram os primeiros planos de valorização do café, a partir do convênio firmado em Taubaté, em 1906.
e) logo após a Revolução de 1930, a fim de se enfrentar o abalo financeiro resultante da crise de 1929.

37. (Pucpr 97) "Art. 26 - Se o Imperador não tiver parente algum que reúna as qualidades exigidas no art. 122 da Constituição, será o Império governado durante a sua menoridade por um regente eletivo e temporário, cujo cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos..."
"Art. 32 - Fica suprimido o Conselho de Estado de que trata o título 5, capítulo 79 da Constituição".

Os artigos citados compuseram:

a) A Constituição Imperial de 1824.
b) O Ato Adicional de 1834.
c) A Lei de Interpretação do Ato Adicional.
d) O anteprojeto de Antônio Carlos, "A Constituição da Mandioca", que não terminou de ser debatido em função da Dissolução da Assembléia Constituinte em 1823.
e) A Declaração ou Lei da Maioridade.

38. (Mackenzie 99)       "Morre um liberal mas não morre a liberdade".

A frase acima, atribuída a Líbero Badaró, foi pronunciada na seguinte circunstância histórica.
a) A dissolução da Constituinte pelo Imperador em 1823.
b) As críticas ao absolutismo de Pedro I, através do jornal "O Observador Constitucional".
c) A condenação à morte dos líderes da Confederação do Equador.
d) A derrota brasileira na Guerra Cisplatina.
e) A morte de patriotas brasileiros contra as forças portuguesas do General Madeira de Melo, na Bahia.

39. (Unesp 99) Assinale a alternativa que indica um movimento separatista ocorrido no período do Império brasileiro que incorporou o ideal republicano.
a) Confederação do Equador.
b) Revolta de Beckman.
c) Inconfidência Mineira.
d) Canudos.
e) Conjuração Baiana.

40. (Fatec 98) O Ato Adicional de 1834 foi de importância significativa para o Brasil porque
a) restaurou a paz no Império, tendo em vista o término das rebeliões no Nordeste do País.
b) possibilitou a tomada do poder pelos conservadores que formavam a aristocracia rural.
c) antecipou a maioridade de D. Pedro I, evitando, assim, um golpe de Estado dos conservadores.
d) ampliou a autonomia das províncias, neutralizando a tendência centralizadora do Primeiro Reinado.
e) limitou os poderes excessivos das Câmaras Municipais, que poderiam dividir a Nação.

41. (Ufrs 98) A partir da gravura a seguir, é possível afirmar que, logo após a emancipação política do Brasil.


I - os escravos estavam gratificados porque, desde aquele momento, não podiam ser recomprados pelos comerciantes de escravos e vendidos em outras partes da América.
II - a abdicação do primeiro Imperador determinou o fim da escravidão.
III - a situação dos escravos permaneceu essencialmente a mesma do período colonial.

Quais afirmativas completam corretamente a frase inicial?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e II
e) Apenas I e III

42. (Mackenzie 98) Apesar do Alvará de Liberdade Industrial de 1808, o desenvolvimento industrial brasileiro não ocorreu, dentre outros fatores, porque:
a) a elite agrária, defensora das atividades manufatureiras, não tinha, contudo, expressão política.
b) a falta de capital anulava as vantagens da excelente rede de transportes e comunicação da época.
c) o tratado de 1810, com a Inglaterra, anulava nosso esforço industrial, já que oferecia a este país o controle de nosso mercado.
d) embora com grande mercado e mão-de-obra qualificada, faltava-nos tecnologia.
e) a manutenção do rígido monopólio colonial impedia o sucesso de nossa industrialização.

43. (Mackenzie 98) Sobre o processo de reconhecimento externo de nossa independência, podemos afirmar que:
a) encontramos séria resistência ao reconhecimento por parte dos E.U.A., em decorrência da Doutrina Monroe.
b) a Áustria encabeçava a forte reação contra nossa independência.
c) o reconhecimento de Portugal e Inglaterra custou-nos sérios prejuízos, em virtude de indenizações e concessões econômicas.
d) as nações latino-americanas prontamente nos reconheceram, devido à forte identificação com o governo imperial e sua política externa.
e) a Inglaterra liderou a Santa Aliança na luta contra nossa emancipação.

44. (Mackenzie 98) A abdicação de Pedro I, a 7 de abril de 1831, resultou:
a) na vitória do partido português, em seu projeto de restabelecer o Reino Unido.
b) na consolidação de nossa independência e do poder dos grandes proprietários, à frente do Estado Brasileiro.
c) no declínio da elite rural, em virtude de amplas reformas sociais após a queda do imperador.
d) em maior estabilidade política, traço que caracterizou o Período Regencial.
e) na superação imediata da crise econômica que afligia o país.

45. (Uerj 97) Que tardamos? A época é esta: Portugal nos insulta; a América nos convida; a Europa nos contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! soltai o grito festivo... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o Senhor D. Pedro I.
                        (Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro. 21 de setembro de 1822.)

Este texto mostra o rompimento total e definitivo com a antiga metrópole como necessário para a construção do Império Brasileiro. Nele também está implícito um dos fatores que contribuíram para o processo de construção da independência do Brasil.
Esse fator foi:
a) a ajuda das potências européias em função de seus interesses econômicos
b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das liberdades brasileiras
c) o ideal republicano em consonância com o das antigas colônias espanholas
d) o movimento separatista das províncias do norte em processo de união com Portugal


46. (Unirio 98) A abdicação do Imperador Pedro I representou a culminância dos diferentes problemas que caracterizam o Primeiro Reinado, a exemplo do(a):
a) apoio inglês à política platina do Império.
b) apoio das províncias à política do Reino Unido implantando por D. Pedro I, após a morte de D. João VI.
c) conflito entre os interesses dos produtores tradicionais de açúcar e os novos produtores de ouro.
d) confronto entre os grupos políticos liberais e o governo centralizado e com tendências despóticas de D. Pedro I.
e) crescente participação popular nas manifestações  políticas, favorecidas pela abolição do tráfico.

47. (Unirio 99)


            (LAERTE, FOLHA DE SÃO PAULO 06/09/98 TV FOLHA p.4 domingo.)
A caricatura anterior nos faz refletir sobre os atos dos governantes e a correspondente falta de participação popular que tem marcado a História do Brasil. No contexto da independência do Brasil, podemos citar como exemplo de exclusão de participação política nos moldes liberais a:
a) adesão aos ideais da Confederação do Equador e o voto de cabresto.
b) criação de poder Moderador e o voto universal.
c) dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e o voto aberto.
d) manutenção da escravidão e o voto censitário.
e) manutenção do autoritarismo e o voto distrital.

48. (Pucmg 99) A primeira constituição brasileira de 1824 estabelece, EXCETO:
a) governo monárquico e hereditário.
b) unitarismo como forma de Estado.
c) voto censitário e a descoberto (não secreto).
d) liberalismo econômico mantendo a escravidão.
e) amplas restrições aos poderes do imperador.

49. (Pucmg 99) Dentre os vários fatores que podem ser apontados no sentido de se explicar o descontentamento da população com o governo de D. Pedro I (1822-1931), destacam-se, EXCETO:
a) o profundo desequilíbrio observado nas finanças públicas.
b) o estilo visivelmente centralista e absolutista do governo.
c) o imobilismo do Estado frente à questão da abolição da escravidão.
d) o desastroso resultado verificado ao término da guerra cisplatina.
e) o clientelismo e a corrupção reinantes nas diversas esferas do poder.

50. (Ufv 99) Dentre as diversas revoltas e insurreições que antecederam a abdicação de D. Pedro I em 1831, uma foi especialmente importante pelos ideais republicanos de seus líderes, entre os quais Frei Caneca. Outra característica desse movimento teria sido a proclamação da república em 1824, com a adoção da Constituição da Colômbia. O movimento foi duramente reprimido e Frei Caneca condenado à morte e fuzilado. O movimento em questão ficou conhecido como:
a) Inconfidência Mineira.
b) Confederação do Equador.
c) Questão Cisplatina.
d) Guerra dos Mascates.
e) Revolta dos Farrapos.

51. (Ufes 99) Se o voto deixasse de ser obrigatório, o senhor iria votar nas próximas eleições?


                                   (O GLOBO - 3/8/98)

Conforme a pesquisa do Ibope, atualmente, mais da metade dos eleitores não faz questão de votar. Entretanto, durante o período de Império, de acordo com a Constituição de 1824, no Brasil era o sistema eleitoral que restringia a participação política da maioria, pois
a) garantia a vitaliciedade do mandato dos deputados, tornando raras as eleições.
b) convocava eleições apenas para o cargo de Primeiro Ministro, conforme regulamentação do Parlamentarismo.
c) concedia o direito de votar somente a quem tivesse certa renda, sendo os votantes selecionados segundo critérios censitários.
d) promovia eleições em Portugal, com validade para o Brasil.
e) permitia apenas às camadas da elite portuguesa o direito de eleger seus representantes, limitando a influência da aristocracia rural brasileira.

52. (Uece 99) Sobre a consolidação da Independência brasileira, é correto afirmar:
a) depois de algumas lutas no Sul, na Bahia e no Piauí e do pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas, o governo português reconheceu a independência do Brasil, em 1825.
b) sob pressão da Inglaterra, que tinha interesses econômicos na independência, Portugal reconheceu imediatamente a autonomia do governo do Brasil.
c) apesar da demora do governo português em reconhecer a independência, não houve lutas nem sublevações armadas que confrontassem portugueses e brasileiros.
d) a independência brasileira obteve imediatamente o apoio de todas as grandes potências européias e dos EUA.


53. (Uece 99) Com relação à revolta de Pinto Madeira, no Ceará, em 1831-1832, pode-se dizer corretamente:
a) fez parte de um plano geral, articulado na capital do Império, para defender a volta de D. Pedro I ao trono, nada tendo a ver com conflitos ou desavenças locais ou regionais.
b) significou o aprofundamento das divergências entre os coronéis do sertão cearense, no contexto da abdicação de D. Pedro I.
c) constituiu-se em uma revolta tardia de portugueses e colonos descontentes com o processo de independência do Brasil.
d) representou o descontentamento de coronéis do Cariri cearense contra a política centralizadora do Presidente da Província, José Martiniano de Alencar.


54. (Ufsm 99) O tratado assinado entre o Brasil e a Inglaterra, em 1827, ratificava os tratados de 1810. Em decorrência, a crise econômico-financeira do Brasil se aprofundou, gerando conflitos políticos e econômicos que
a) promoveram a desanexação da Província de Cisplatina e o aumento da dívida externa brasileira com os Estados Unidos, pois este exportava algodão para o Brasil em grande quantidade.
b) propiciaram a outorga da primeira Constituição Brasileira e a criação do Banco do Brasil, com o fim de emitir papel-moeda para comprar charque da região do Prata.
c) originaram a Confederação do Equador e o necessário aumento da produção e exportação do açúcar para equilibrar as contas públicas brasileiras.
d) determinaram o retorno imediato de D. Pedro I para Portugal e o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o que prejudicou a produção do tabaco e o comércio desse produto com a Inglaterra.
e) resultaram na abdicação de D. Pedro I e no aumento do déficit público e dos empréstimos externos, ampliando as importações da Grã-Bretanha.

55. (Mackenzie 99) Como em 1822, a união contra o perigo comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece como o complemento necessário do 7 de setembro.
            (1822 Dimensões - Carlos Guilherme Mota)

O perigo comum a que se refere o texto e a complementação referida seriam:
a) a ameaça de recolonização liderada pelo partido português derrotado na Independência e na Abdicação a 7 de abril de 1831.
b) a oposição dos grandes proprietários, que na Independência e Abdicação pretendiam liquidar com a escravidão.
c) o apoio dos democratas do Partido Brasileiro em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro I.
d) a união da Maçonaria e Apostolado para implantar a República nestes dois momentos históricos.
e) a coincidência de projeto de nação entre as elites portuguesa e brasileira em ambas as oportunidades.

56. (Fuvest 2000) Houve um estremecimento nas relações entre os Estados inglês e brasileiro, na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826). Tais pressões decorreram
a) da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata.
b) da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos produtos portugueses importados pelo Brasil.
c) dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava este produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas.
d) do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização e à diminuição das importações de produtos ingleses.
e) da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de resistir, proibiu, em 1850.

57. (Fuvest 2000) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos", o outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de Estado. Estes Poderes eram respectivamente:
a) Executivo e Judiciário
b) Executivo e Moderador
c) Moderador e Executivo
d) Moderador e Judiciário
e) Executivo e Legislativo.

58. (Ufpr 2000) No Brasil imperial:

(01) A "Missão Francesa", que chegou ao Brasil em 1816, trazendo artistas plásticos como Debret e Taunay, contribuiu para a transformação da fisionomia cultural do país.
(02) Segundo a organização político-administrativa, as províncias eram administradas por governadores-gerais eleitos pelos membros dos Conselhos Municipais.
(04) Os primeiros anos do Império constituíram-se em um período de rápido crescimento econômico, especialmente em razão das receitas obtidas com as tarifas de importação e com o crescimento da exportação.
(08) O período regencial foi marcado por grandes disputas entre grupos políticos e por intensa agitação social em quase todas as províncias.
(16) Durante o Segundo Reinado, paralelamente à existência do Poder Moderador e do Conselho de Estado, predominou um regime de governo nos moldes parlamentaristas, no qual o Gabinete era liderado pelo primeiro ministro nomeado pelo Imperador.
(32) A entrada de imigrantes, a partir da segunda metade do século XIX, esteve relacionada à expansão da cultura cafeeira no oeste paulista e às medidas legais que conduziram à abolição do trabalho escravo.

Soma (       )

59. (Ufpe 2000) Esta questão diz respeito a fatos políticos ocorridos no Império brasileiro.

(0) O Período Regencial foi uma fase de grande turbulência política no Brasil, com movimentos sociais e revoltas.
(1) O Golpe da Maioridade que levou Pedro II ao poder foi uma trama política dos liberais.
(2) Manifestações liberais surgiram no Sudeste do Brasil como represália à política imperial e à dissolução da Câmara Liberal, escolhida pela chamada "eleição do cacete".
(3) Durante o processo de independência, dois "partidos políticos" tiveram importante atuação. Foram eles o Partido Liberal e o Partido Moderador Republicano.
(4) Após a independência brasileira surgiram revoltas em Minas e em Pernambuco a favor da volta do pacto colonial.

60. (Ufsm 2000) A independência política brasileira (7 de setembro de 1822) foi resultado de um  acordo entre as elites dominantes, caracterizando-se pela  manutenção da forma de governo (monarquia), da base produtiva (escravismo - monocultura - latifúndio) e pela vinculação do Brasil à esfera  de influência da Inglaterra, principal potência industrial da época.

Com relação à vinculação do Brasil à Inglaterra, analise as afirmações a seguir, indicando se são verdadeiras (V) ou falsas (F).

(     ) Os acordos  de independência do Brasil feitos com Portugal, em 1810, previam que o primeiro deveria assumir a dívida lusa com a Inglaterra.
(     ) A manutenção dos acordos firmados por Portugal e Inglaterra em 1810 e os investimentos de capitais ingleses no Brasil contribuíram para a dependência econômica brasileira em relação a Inglaterra.
(     ) A manutenção do Brasil sob a esfera de influência inglesa está diretamente relacionad_ à necessidade de assegurar o mercado brasileiro aos produtos ingleses.
(     ) Havia interesse tanto dos membros do Partido Brasileiro quanto de integrantes da burguesia inglesa no fim do pacto colonial e na manutenção das relações existentes entre o Brasil e a Inglaterra.
(     ) A manutenção do acordo de Methuen (1703) selou  a dependência brasileira em relação a Inglaterra.

A seqüência correta é
a) V - F - V - F - F.
b) V - V - F - F - F.
c) F - V - F - V - V.
d) V - V - F - V - F .
e) F - V - V - V - V.

61. (Unirio 2000)


(NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César. "História do Brasil para principiantes: de Cabral a Cardoso, quinhentos anos de novela". 2 edição, São Paulo, Ática, 1998)

A charge aponta para uma importante característica da Carta Outorgada de 1824, qual seja, a instituição do(a):
a) voto universal.
b) voto censitário.
c) poder moderador.
d) parlamentarismo às avessas.
e) monarquia dual.

62. (Unirio 2000) Ao compararmos os processos de formação dos Estados Nacionais no Brasil e na América Hispânica, no século XIX, podemos afirmar que:
a) a unidade brasileira foi garantida pela existência de uma monarquia de base popular, enquanto que o caudilhismo, na América Hispânica, impediu qualquer tipo de participação das camadas mais baixas da população.
b) a unidade brasileira relacionou-se, exclusivamente, ao forte carisma dos representantes da Casa de Bragança, enquanto, na América Hispânica, não surgiu nenhuma liderança que pudesse aglutinar os diversos interesses em disputa.
c) as diferenças regionais, no Brasil, não ofereceram nenhum obstáculo à obra centralizadora em torno da Coroa, ao passo que na América Hispânica as diferenças regionais contribuíram para a sua fragmentação.
d) os interesses ingleses, na América Hispânica, eram mais presentes e foram os únicos determinantes da sua fragmentação, ao passo que no Brasil aqueles interesses não existiram de maneira tão marcante, de forma a impedir a obra da centralização.
e) não existiu, na América Hispânica, uma facção oligárquica hegemônica que conseguisse levar adiante a obra da unidade, enquanto no Brasil os interesses escravistas aglutinaram as elites em torno de um projeto centralista.

63. (Fuvest 2001) A economia brasileira, durante o período monárquico, caracterizou-se fundamentalmente
a) pelo princípio da diversificação da produção agrária e pelo incentivo ao setor de serviços.
b) pelo estímulo à imigração italiana e espanhola e pelo fomento à incipiente indústria.
c) pela regionalização econômica e pela revolução no sistema bancário nacional.
d) pela produção destinada ao mercado externo e pela busca de investimentos internacionais.
e) pela convivência das mãos-de-obra escrava e imigrante e pelo controle do "déficit" público.

64. (Ufmg 2001) A organização do sistema político foi objeto de discussões e conflitos ao longo do período imperial no Brasil.
Com relação ao contexto histórico do Brasil Imperial e aos problemas a ele relacionados, é CORRETO afirmar que:
a) a centralização do poder foi objeto de sérias disputas ao longo de todo o século XIX e explica várias contendas internas às elites imperiais, como a Rebelião Praieira.
b) o Constitucionalismo ganhou força, fazendo com que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário se tornassem independentes e harmônicos, o que atendia às queixas dos rebeldes da Balaiada.
c) o Federalismo de inspiração francesa e jacobina foi uma das principais bandeiras do Partido Liberal, a partir da publicação do Manifesto Republicano, o que explica, entre outras, a Revolução Liberal de 1842.
d) os movimentos de contestação armada - como a Revolução Farroupilha, a Sabinada ou a Cabanagem - tinham em comum a crítica liberal às tendências absolutistas, persistentes no governo de D. Pedro II.


65. (Pucmg 2001) Em 1823, o capitão mulato Pedro Pedroso comandou tropas formadas por mestiços e negros que entoavam, pelas ruas de Recife, a seguinte quadra:

            "MARINHEIROS E CAIADOS
            TODOS DEVEM SE ACABAR
            PORQUE SÓ PARDOS E PRETOS
            O PAÍS DEVEM HABITAR"

Tal episódio, associado à Confederação do Equador, movimento revoltoso ocorrido durante o Primeiro Reinado, demonstra:
a) o caráter democrático presente no processo de constituição do Estado nacional brasileiro.
b) o peso das massas populares na condução da vida política do país logo após a independência.
c) a força do movimento abolicionista e sua capacidade de mobilização dos segmentos sociais.
d) a radicalização do movimento com a participação popular, gerando temor na elite agrária.


66. (Ufrn 2002) Em 1824, D. Pedro I assim se pronunciou:

Chegou o momento em que o véu da impostura, com que os demagogos, inimigos do Império e da nossa felicidade, vos têm até agora fascinado, vai cair por terra.
Para iludirem vossa boa-fé, inflamarem vossa imaginação a poderem arrastar-vos cegamente a sistemas políticos reprovados pelas lições da experiência, absolutamente incompatíveis com a vossa situação, e em que só eles ganhavam, separando-vos da união geral de todas as províncias, indispensável para a consolidação e segurança da nossa Independência, fizeram-vos crer que uma facção vendida a Portugal dirigia as operações políticas deste Império para submetê-lo ao antigo domínio dos Portugueses e ao despotismo do seu governo.
            Apud COSTA, F. A. Pereira da. "Anais pernambucanos". 2. ed. Recife: FUNDARPE, 1983. v.9. p.52-53.

No discurso acima, o imperador D. Pedro I pronunciou-se sobre a Confederação do Equador. É correto afirmar que essa Confederação
a) opunha-se à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que representaria a recolonização do Brasil.
b) desejava instalar uma monarquia parlamentarista, estabelecendo limites aos poderes absolutistas de D. Pedro I.
c) posicionava-se contra os privilégios portugueses, incluídos por D. Pedro I no projeto constitucional de 1823.
d) pretendia implantar uma República independente no Nordeste, contrariando o projeto de unidade nacional centrado em D. Pedro I.


67. (Fatec 2002) O fim do Primeiro Reinado, com a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, proporcionou condições para a consolidação da independência, pois
a) as disputas entre os partidos conservador e liberal representaram diferentes concepções sobre a maneira de organizar a vida econômica da nação.
b) a vitória dos exaltados sobre os moderados acabou com as lutas das várias facções políticas existentes.
c) o governo de D. Pedro I não passou de um período de transição em que a reação portuguesa, apoiada no absolutismo do imperador, se conservou no poder.
d) as rebeliões ocorridas antes da abdicação tinham caráter reivindicatório de classe.
e) na Assembléia Constituinte de 1823 as propostas do partido brasileiro tinham o apoio unânime dos deputados.

68. (Fuvest 2002) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial,
a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder.
b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a independência.
c) disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político.
d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial.
e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional.

69. (Fuvest 2002) Sobre a condição dos escravos no Brasil monárquico, é possível afirmar que eles
a) foram protagonistas de diversas rebeliões.
b) eram impedidos de constituir família.
c) sofreram a destruição completa de sua cultura.
d) concentravam-se no campo, não trabalhando nas cidades.
e) não tinham possibilidades legais de conseguir alforria.

70. (Ufscar 2002) Fui a terra fazer compras (...). Há muitas coisas inglesas, tais como seleiros e armazéns, não diferentes do que chamamos na Inglaterra um armazém italiano, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. Quanto aos alfaiates, penso que há mais ingleses do que franceses, mas poucos de uns e outros. Há padarias de ambas as nações e abundantes tavernas inglesas, cujas insígnias com a bandeira da União, leões vermelhos, marinheiros alegres e tabuletas inglesas, competem com as de Greenwich ou Deptford.

O cotidiano descrito no texto de Maria Graham, em sua visita ao Rio de Janeiro em 1822, era conseqüência
a) da Abertura dos Portos de 1808.
b) da Independência do Brasil em 1822.
c) do Tratado de Methuen de 1703.
d) da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal em 1815.
e) da conquista da Guiana Francesa em 1809.

71. (Ufes 2001) "Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem dissolver a mesma Assembléia..."
            LINHARES, M. Y. "História Geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus, 1996.

A passagem acima é parte integrante do Decreto de D.Pedro I, de 12 de novembro de 1823, que mandava cercar e evacuar o prédio no qual estava instalada a primeira Assembléia Constituinte do Brasil.
Essa Constituinte foi fechada porque
a) defendia a dupla cidadania - Brasil e Portugal - para brasileiros e portugueses residentes no Brasil.
b) previa, no projeto da Constituição em pauta, uma monarquia absolutista, na qual o monarca era uma figura inviolável.
c) ousou desafiar o projeto de soberania do Imperador, tirando-lhe o direito não só de vetar, mas também de sancionar os atos dos constituintes.
d) era dominada pelo Partido Português, que defendia uma Monarquia Parlamentar como Reino Unido a Portugal.
e) inseriu no projeto da Constituição o Quarto Poder, o Moderador, que deveria ser exercido pelo Imperador.

72. (Ufv 2001) Na questão abaixo estão descritos, seqüencialmente, o período histórico e a correspondente característica política predominante do mesmo. Assinale a alternativa que os associa CORRETAMENTE:
a) República Velha (1891) - (1930) - Caudilhismo paternalista
b) Era getulista (1930) - (1945) - Descentralização oligárquica
c) Quarta República (1946) - (1964) - Liberalismo populista
d) Estado empresarial militar (1964) - (1985) - Integralismo democrático
e) Nova República (1986) - (1990) - Tecnocracia estatal.

73. (Ufg 2001) O processo de formação do Estado brasileiro encontra várias possibilidades de leitura, dada a diversidade de projetos políticos existentes no Brasil, nas primeiras décadas do século XIX. Entre as conjunturas da independência (1822) e da abdicação (1831), o País conviveu com projetos diferentes de gestão política.
Sobre as conjunturas mencionadas anteriormente e seus desdobramentos, julgue os itens.

(     ) O acordo em torno do príncipe D. Pedro foi uma decorrência do receio de que a independência se transfigurasse em aberta luta política entre os diversos segmentos da sociedade brasileira. A Monarquia era a garantia da ordem escravista.
(     ) Ao proclamar a independência, o príncipe D. Pedro rompeu com a comunidade portuguesa, que insistia em ocupar cargos públicos. A direção política do País foi entregue aos homens aqui nascidos, condição essencial para ser considerado cidadão no novo lmpério.
(     ) Em 1831, as elites políticas brasileiras entraram em desacordo com o Imperador, que insistia em desconsiderar o legislativo, preocupando-se, excessivamente, em defender os interesses dinásticos de sua filha em Portugal, o que irritava as elites políticas locais.
(     ) Com a abdicação, iniciou-se um período marcado pelo crescimento econômico decorrente da produção de café, o que possibilitou a execução de uma reforma política, o Ato Adicional (1834), que deu estabilidade ao Império.

74. (Ufg 2001) (...) Sejamos francos: o tráfico, no Brasil, prendia-se a interesses, ou para melhor dizer, a presumidos interesses dos nossos agricultores; e num país em que a agricultura tem tamanha força, era natural que a opinião pública se manifestasse em favor do tráfico: a opinião pública que tamanha influência tem, não só nos governos representativos, como até nas monarquias absolutas. O que há para admirar em que nós todos, amigos ou inimigos do tráfico, nos curvássemos a essa necessidade?

O texto acima é parte de um discurso de Eusébio de Queiroz, calorosamente aplaudido na Câmara, que encaminhou a lei antitráfico, em 1850.
Acerca do debate sobre o fim do tráfico, pode-se afirmar que

(     ) o tráfico de escravos permaneceu como prática corrente, defendida pelos agricultores com a conivência do Estado brasileiro, apesar dos acordos firmados entre Brasil e Inglaterra para pôr fim a essa atividade econômica.
(     ) a luta contra o tráfico de escravos encontrou, no ambiente urbano, o clima propício para empolgar políticos e intelectuais que se mobilizaram, na primeira metade do século XIX, para a luta contra essa atividade.
(     ) os argumentos favoráveis à continuidade do tráfico de escravos estavam associados à defesa da soberania nacional ameaçada pelos ingleses, que aprisionavam os navios negreiros.
(     ) os ingleses adotaram o trabalho assalariado, como forma predominante, em seu vasto império colonial, pois estavam coerentes com os princípios democráticos que orientaram sua ação colonizadora; desse modo, era natural que liderassem a luta contra o tráfico de escravos e a escravidão, nos séculos XVIII e XIX.

75. (Puc-rio 2001) As alternativas abaixo apresentam exemplos de permanências ou continuidades na formação social brasileira, ao longo da primeira metade do século XIX, À EXCEÇÃO DE:
a) a família patriarcal extensa.
b) o trabalho escravo negro.
c) o exclusivo comercial.
d) a economia de base agrícola.
e) o regime de padroado.

76. (Pucpr 2001) Portugal resistiu à nossa Independência, procurando revertê-la, inclusive pela via das armas. Com respeito à oposição lusitana, quais das alternativas estão corretas?

I- O envio ao Brasil, de uma frota que bombardeou o Rio de Janeiro em 1823, sendo rechaçada a seguir.
II- A resistência, na Bahia, das tropas do Brigadeiro Madeira de Melo, até 1823.
III- A busca de apoio Militar Britânico, por parte de Portugal.
IV- A dissolução da Constituinte de 1823 por D. Pedro, de origem portuguesa, e hostilizado pelos deputados.
V- Resistência militar portuguesa no Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina.

a) I, III e IV.
b) II, III e V.
c) apenas I e III.
d) apenas II e V.
e) apenas III e IV.

77. (Pucpr 2001) O estudo da Carta Outorgada de 1824, Ato Adicional de 1834 e Constituição Republicana de 1891 mostra, no Brasil, notável evolução política.
Assinale a alternativa correta:
a) O Ato Adicional de 1834 atribui às províncias a mesma autonomia estabelecida pela Constituição de 1891.
b) Enquanto a Carta Outorgada de 1824 inspirou-se nos Estados Unidos, a Constituição de 1891 baseou-se em modelo europeu.
c) A Carta Outorgada de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador.
d) A Religião Católica Apostólica Romana, oficial no Império, assim continuou na República, com base em artigo específico na Constituição de 1891.
e) O Ato Adicional de 1834 transformou a forma de Estado do Brasil de unitária em federativa.

78. (Mackenzie 2001) A Carta Constitucional de 1824 representava uma vitória do Executivo sobre o Legislativo, do Imperador sobre as oligarquias. A oposição ao Imperador foi mais forte nas províncias do norte, as mais afetadas pelo forte centralismo que caracterizava a Carta.
            Carlos Guilherme Mota. 1822 - Dimensões

A oposição de que fala o texto resultou em sério movimento revolucionário que teve, entre seus líderes, Frei Caneca. Identifique-o.
a) Revolução Farroupilha
b) Cabanagem
c) Confederação do Equador
d) Balaiada
e) Sabinada

79. (Ufes 2000) O banco que financiou a independência

O Rothschild é o mais antigo banco de investimentos do mundo [...]. Foram os Rothschild que deram o primeiro financiamento ao Brasil independente, em 1825.
            "O Globo" - 21/9/98.

O texto refere-se à dívida externa do Brasil no Primeiro Reinado, contraída com banqueiros ingleses, quase sempre com a casa Rothschild.
O Brasil começava sua história como país independente, acumulando dívidas com banqueiros internacionais, situação ligada, entre outras, à/ao
a) legislação que visava à contenção das importações de supérfluos, o que causava prejuízos aos comerciantes.
b) redução do tráfico de escravos no Brasil, especialmente para o Nordeste, em troca do direito de os comerciantes brasileiros abasteceram com exclusividade algumas colônias inglesas, fato que endividava o país.
c) acordo sobre compensações, que previa o pagamento a Portugal de uma indenização em libras esterlinas em troca do reconhecimento da independência do Brasil.
d) rompimento de relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, que não concordaram com as taxas alfandegárias, medida que resultou na diminuição da receita tributária do país.
e) aumento do déficit público causado pelas despesas com a defesa das fronteiras brasileiras, devido às rivalidades políticas com a França.

80. (Uel 2000)


Na visão do cartunista, a Independência do Brasil, ocorrida em 1822,
a) foi resultado das manifestações populares ocorridas nas ruas das principais cidades do país.
b) resultou dos interesses dos intelectuais que participaram das conjurações e revoltas.
c) decorreu da visão humanitária dos ingleses em relação à exploração da colônia.
d) representou um negócio comercial favorável aos interesses dos ingleses.
e) não passou de uma encenação, já que os portugueses continuaram explorando o país.

81. (Fgv 2000) "A propagação das idéias republicanas, antiportuguesas e federativas (...) ganhou ímpeto com a presença no Recife de Cipriano Barata, vindo da Europa, onde representava a Bahia nas Cortes. É importante ressaltar (...) o papel da imprensa na veiculação de críticas e propostas políticas (...). Os Andradas, que tinham passado para a oposição depois das medidas autoritárias de D. Pedro, lançaram  seus ataques através de 'O Tamoio'; Cipriano Barata e Frei Caneca combateram a monarquia centralizada, respectivamente na 'Sentinela da Liberdade' e no 'Íbis Pernambucano'."
            (Boris Fausto, "História do Brasil")

A conjuntura exposta no texto anterior refere-se à emergência da:
a) Rebelião Praieira;
b) Cabanagem;
c) Balaiada;
d) Sabinada;
e) Confederação do Equador.

82. (Ufrrj 2000)                                    SONETO
            (Feito quando fui solto em 1830)

"Para quando, oh! Brasil, bem reservas
Numa cega apatia alucinado,
Não vês teu solo aurífero ultrajado,
Por dragões infernais fúrias protervas?

(...)

Ainda não tens, Tamoio, povo bravo;
Setas ervadas contra o lusitano
Que pretende fazer-te seu escravo?

Eia! Dos lares teus, despe o engano
Quem nasceu no Brasil não sofre agravo,
E quem vê um Imperador, vê um tirano".

                                                           Cipriano Barata
            (ln: CASCUDO, Luiz da Câmara. "Dr. Barata". Bahia, Imprensa Oficial do Estado, 1938. p.49.)

Vocabulário:
AGRAVO. Sm. Ofensa, injúria, afronta.
SETAS ERVADAS. Setas envenenadas.
PROTERVO [Adj.]. Impudente, insolente, descarado.

Cipriano Barata teve ativa participação nos movimentos políticos brasileiros da primeira metade do século XIX, com um discurso libertário denunciando os arranjos políticos das elites sempre em prejuízo da população desfavorecida. Os versos deste revolucionário brasileiro identificam um dos momentos de crise política no Brasil Imperial, qual seja
a) o enfraquecimento político de D. Pedro I, sua aproximação do "partido português" e a repulsa dos brasileiros a este comportamento.
b) a negativa dos setores conservadores em aceitar a decretação da maioridade de D. Pedro II.
c) a contestação dos governos regenciais por movimentos armados nas províncias de norte a sul do Brasil.
d) a expulsão dos Tamoios de suas terras pelos cafeicultores interessados na expansão de sua atividade econômica.
e) o início do governo de D. Pedro I com a expulsão de contingentes militares portugueses e a afirmação de uma nacionalismo brasileiro.

83. (Ufv 2000) O mapa abaixo retrata o contorno do território brasileiro logo após a Declaração de Independência. Em 1828 esse contorno sofreu grandes modificações em virtude de uma revolução de caráter separatista fomentada pela Argentina. Esse episódio, além de mudar o contorno do território brasileiro, deu origem a um novo país, o Uruguai, que hoje se integra ao Brasil, Argentina e Paraguai na constituição do MERCOSUL.


O episódio ocorrido em 1828 e que deu origem ao Uruguai ficou conhecido como:
a) Revolução Farroupilha.
b) Revolta do Chaco.
c) Questão Cisplatina.
d) Guerra dos Farrapos.
e) Confederação do Equador.

84. (Mackenzie 2000) Está aí explicação para a originalidade do Brasil na América Latina: manter a unidade e ser durante o século XIX a única monarquia da América.
                                   (Caceres - "História do Brasil")

Assinale a alternativa que justifica a frase anterior.
a) A unidade e a monarquia interessavam à elite proprietária que temia o fim do trabalho escravo e as lutas regionais, daí a independência feita de cima para baixo.
b) A forma de governo monárquico fora imposição da Inglaterra para reconhecer nossa independência.
c) Os líderes da aristocracia rural eram abolicionistas e republicanos e relutavam em aceitar o governo monárquico.
d) O separatismo nunca esteve presente em nossa História, nem na fase colonial e tampouco no império.
e) O liberais no Brasil da época não temiam a haitização do país, já que defendiam o fim da escravidão e amplos direitos à população.

85. (Ufrs 2001) Levando-se em conta o processo histórico da Cisplatina, considere as seguintes afirmações.

I - A tentativa inicial de apropriação da Cisplatina pelos lusitanos ocorreu nos primeiros anos do governo joanino no Brasil, resultando no "êxodo do povo oriental", liderado por Artigas.
II - A conquista lusitana da Cisplatina se deu no contexto da instabilidade política da Banda Oriental, onde bandos milicianos artiguistas lutavam contra fazendeiros sul-rio-grandenses.
III - A Guerra da Cisplatina, iniciada pelo movimento dos "33 orientales" liderados por Lavalleja, resultou na manutenção da província pelo Império brasileiro.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

86. (Ufrs 2001) Durante a primeira metade do século XIX, Pernambuco foi palco de diversos movimentos sociais contra o poder do Império luso ou brasileiro. A respeito das motivações destas revoltas, analise as seguintes afirmativas.

I - A Revolução de 1817, ocorrida durante o período joanino, foi uma reação contra a opressão econômica da Corte portuguesa "transferida" ao Brasil sobre as províncias nordestinas.
II - A Confederação do Equador foi decorrente dos desmandos autoritários de Pedro I, que dissolveu a Assembléia Constituinte no Rio de Janeiro, outorgando a Constituição de 1824, e interveio nas províncias nordestinas.
III - A Revolução Praieira representou o ápice do liberalismo radical em Pernambuco, combatendo as elites agrárias, os comerciante estrangeiros e os representantes da monarquia.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

87. (Ufsm 2002)

(TEIXEIRA, Francisco M. P. "Brasil História e Sociedade". São Paulo: Ática, 2000. p.162.)

O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, concluído em 1888, é uma representação do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil rompeu com Portugal. Essa representação enaltece o fato e enfatiza a bravura do herói D. Pedro, ocultando que
a) o fim do pacto colonial, decretado na Conjuração Baiana, conduziu à ruptura entre o Brasil e Portugal.
b) o processo de emancipação política iniciara com a instalação da Corte portuguesa no Brasil e que as medidas de D. João puseram fim ao monopólio metropolitano.
c) o Brasil continuara a ser uma extensão política e administrativa de Portugal, mesmo depois do 7 de setembro.
d) a Abertura dos Portos e a Revolução Pernambucana se constituíram nos únicos momentos decisivos da separação Brasil-Portugal.
e) a separação estava consumada, o processo estava completo, visto que havia, em todo o Brasil, uma forte adesão militar, popular e escravista à emancipação.

88. (Cesgranrio 2002) "As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta, as palavras 'Superfino de Londres' saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birminghan, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China."
            (GRAHAM, Mary. "Diário de Uma Viagem ao Brasil", in Campos, Raymundo. História do Brasil. São Paulo: Atual, 1991, 2 ed. p 98. )

Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro, feita por uma inglesa que estava no Brasil em 1821, justifica-se historicamente pelo(a):
a) Tratado de Maastricht.
b) Tratado de Fontainebleau.
c) Tratado de Comércio e Navegação.
d) Bloqueio Continental.
e) criação do NAFTA e da ALCA.

89. (Pucrs 2003) A Carta Constitucional de 1824 fixou um núcleo de poder político cujo exercício seria marcante no parlamentarismo monárquico brasileiro e que incluía as seguintes atribuições: empregar a força armada; escolher os senadores a partir de lista tríplice; sancionar e vetar atos do legislativo; dissolver a Câmara; nomear juízes.
Segundo a referida Constituição, esse conjunto de atribuições era exercido
a) pelo Primeiro Ministro.
b) pelo Supremo Tribunal de Justiça.
c) pelo Monarca.
d) pela Câmara dos Deputados.
e) pelo Conselho de Estado.

90. (Ufsc 2003) O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil:

"... Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (...) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as Vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções em honra de D. Pedro ...".
            DUPERREY, Louis Isidore. Voyage autour du monde. In: "Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX." Florianópolis: UFSC, 1984.

Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil.

(01) A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo.

(02) Segundo o visitante, houve nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela.

(04) De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas.

(08) Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro.

(16) Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas Vilas do Desterro, Laguna e São Francisco.

(32) Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey Lesson.

Soma (     )

91. (Ufsc 2003) "Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os Brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil! Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes, que tem algum direito à coroa, por descender da Casa de Bragança, de quem já somos independentes de fato e de direito? (...). Se os do sul, gelados pelo frio do trópico, não têm valor para te punir num cadafalso; Se aceitam da tua mão, o vil projeto de constituição, que deveriam considerar um novo insulto, depois da dissolução do congresso; Se finalmente querem ser teus escravos, engana-te, sultão, pois no sul ficará circunscrito o teu império ...".
            Fragmentos retirados do "Manifesto da Confederação do Equador".

Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) relacionadas com o conteúdo do documento e com episódios da Confederação do Equador.

(01) O Manifesto demonstrava o descontentamento dos líderes do movimento com a permanência de D. Pedro I no Brasil após a proclamação da Independência.

(02) O frio do sul foi o maior responsável pelo apoio da sua população à Constituição antidemocrática de 1824, outorgada por D. Pedro I.

(04) O Manifesto torna público que os súditos do sul não concordavam com a legitimidade da aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil.

(08) Pode-se considerar o Manifesto uma declaração  favorável  dos  líderes  da Confederação do Equador à aclamação de D. Pedro I, considerado herdeiro legítimo da Casa de Bragança.

(16) A dissolução da Constituinte, por D. Pedro I, e a outorga da Constituição de 1824 geraram uma crise política, como se percebe nas palavras do Manifesto.

(32) Os manifestantes consideravam justa a atitude de D. Pedro I ao ordenar a execução sumária dos revoltosos do norte, entre eles, Frei Caneca.

Soma (     )

92. (Ufc 2003) A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que:
a) implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico.
b) significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina.
c) trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano.
d) implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político.
e) decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como conseqüência imediata a abertura dos portos.

93. (Ufpe 2003) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de 1823: a criação do Poder Moderador. Assinale a alternativa que melhor define este Poder.
a) Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo Lima.
b) O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador.
c) A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidas públicas.
d) O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e suspender os magistrados, entre outras prerrogativas.
e) O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo golpe da maioridade em 1840.

94. (Ufrn 2003) Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta:

A independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes. Esses beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de uma nova sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas marginalizadas. O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia em acabar com os últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do imperador, mas mantendo a forma monárquica de governo.
CÁCERES, Florival. História do Brasil. São Paulo: Moderna, 1995. p. 153.

Essas idéias dominaram a Assembléia Constituinte. O projeto constitucional de 1823, por ela elaborado, expressou fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que
a) instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria que comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola.
b) estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do imperador, que poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou Judiciário.
c) adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e de escravos e os grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em dinheiro.
d) determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e cristãos, mas impedia que mulheres, escravos e não-católicos se expressassem nas eleições.


95. (Fgv 2003) A Constituição Brasileira de 1824:
a) Foi elaborada e aprovada pela Assembléia Geral Constituinte e estabeleceu a organização do Estado a partir da divisão em três poderes: Legislativo, Judiciário e Moderador.
b) Ficou conhecida como a Constituição da Mandioca, em razão da adoção de um sistema censitário que definia pelo critério de renda e bens aqueles que poderiam votar e ser votados nas eleições gerais.
c) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e, além dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, estabelecia o Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro.
d) Foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da Constituinte e garantia forte autonomia às Províncias, apesar da implementação do Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca brasileiro.
e) Foi elaborada pela Assembléia Geral Constituinte e caracterizou-se pela adoção dos princípios liberais, pela garantia da defesa dos direitos fundamentais do homem e pela adoção dos princípios federativos.

96. (Pucrs 2003) Desde o princípio da década de 1840, o café torna-se o principal produto da economia brasileira. A partir da Floresta da Tijuca, a cultura cafeeira expande-se por toda a província do Rio de Janeiro: Mangaratiba, Angra dos Reis, Parati, Maricá, Itaboraí e Magé, encontrando na região do Vale do rio Paraíba do Sul condições ideais de cultivo. Entre 1830 e 1870, o Vale torna-se o centro econômico do Império. Considerando o referido período, é correto afirmar que a lavoura cafeeira dessa região
a) enfrentou dificuldades estruturais no setor de transporte, devido à inexistência de investimentos estrangeiros e nacionais na construção de ferrovias entre a zona de cultivo e o porto de Santos.
b) entrou em declínio a partir de 1870, principalmente devido à queda de consumo no mercado interno, associada à ascensão do algodão como principal produto de exportação.
c) foi pioneira na utilização, em larga escala, da mão-de-obra imigrante assalariada, e foco da crise do escravismo na economia brasileira.
d) criou uma classe de pequenos e médios produtores rurais, que viria a constituir a principal base social do republicanismo.
e) gerou a necessidade do estabelecimento de pequenas unidades agrícolas produtoras de gêneros alimentícios para consumo interno nas fazendas.

97. (Mackenzie 2004) A respeito dos princípios presentes na Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, é correto afirmar que:
a) garantiam ampla liberdade individual e resguardavam a liberdade econômica, assegurando a participação política desvinculada da necessidade de uma renda mínima por parte do cidadão.
b) garantiam as liberdades individuais inspiradas na Declaração dos Direitos do Homem, elaborada pelos revolucionários franceses em 1789.
c) estabeleciam a igualdade de todos perante a lei, estatuto que foi observado com rigor por toda a sociedade brasileira.
d) estabeleciam o princípio da liberdade religiosa, segundo o qual o Estado permaneceria distante das questões religiosas.
e) determinavam disposições jurídicas que eram as mais adequadas à realidade nacional da época, não apresentando, portanto, contradições.

98. (Pucmg 2004) Sobre a independência do Brasil, é INCORRETO afirmar que:
a) resultou de um processo político comandado pelos grandes proprietários de terras.
b) girou em torno de D. Pedro I com o objetivo de garantir a unidade do país.
c) proporcionou mudanças radicais na estrutura de produção para beneficiar as elites.
d) continuou a produção a atender às exigências do mercado internacional.


99. (Ufc 2004) Em 29 de maio de 1829, oficiais ingleses abordaram o navio Veloz. "Os diários de bordo e mais papéis do Capitão foram examinados... estavam em ordem. O número de pessoas transportadas obedecia ao que estipulava a lei..."
GÓES José Roberto Pinto de, Cordeiros de Deus: tráfico, demografia e política no destino dos escravos, em: Marco. A. Pamplona (org.) Escravidão, exclusão e cidadania. Rio de Janeiro, Access, 2001, p. 23

Com base no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre o tráfico de escravos, durante o Império.
a) A Inglaterra vistoriava os navios para impedir o contrabando de produtos que pudessem concorrer com as manufaturas inglesas.
b) Os traficantes de escravos obedeceram aos tratados e leis firmados com a Inglaterra, inclusive os compromissos assumidos por Portugal, a partir da transferência da Corte.
c) Portugal tinha se comprometido a limitar a prática do tráfico ao sul do equador e, desde então, a Inglaterra tinha o direito de vigiar pelo cumprimento dos acordos firmados.
d) Tratados firmados entre o Brasil e a Angola proibiam o tráfico ao sul do equador.
e) Os tratados assinados, em 1810 e 1831, permitiam aos piratas de Sua Majestade seqüestrar carregamentos de escravos e levá-los para as plantações do Caribe.

100. (Unesp 2004) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)

A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.

101. (Unifesp 2004) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil
a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muitosemelhante ao argentino, apesar da forma exterior monárquica.

102. (Ufsm 2004) Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Cap. Rodrigo Cambará entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, (...) montava um alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal. Tinha um violão a tiracolo; sua espada, apresilhada aos arreios, rebrilhava ao sol daquela tarde de outubro de 1828 e o lenço encarnado que trazia ao pescoço esvoaçava no ar como uma bandeira.
            Veríssimo, E. "O Continente 1 - O tempo e o vento". São Paulo: Globo, 2000. p. 171.

Ao criar o Cap. Rodrigo Cambará, Érico Veríssimo deu vida a um herói fundador do Rio Grande do Sul. Esse herói foi moldado a partir da realidade histórica marcada por

I - conflitos militares de fronteiras.
II - consolidação da economia pastoril voltada para o consumo interno.
III - envolvimento com o gado chucro.
IV - expansão de latifúndios cercados e vigiados.

Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas I e IV.
e) apenas III e IV.

103. (Ufrrj 2005) Leia os textos a seguir, reflita e responda.

Após a Independência política do Brasil, em 1822, era necessário organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando a administração por meio de uma Constituição. Para tanto, reuniu-se em maio de 1823, uma Assembléia Constituinte composta por 90 deputados pertencentes à aristocracia rural.(...) Na abertura dos trabalhos, o Imperador D. Pedro I revelou sua posição autoritária, comprometendo-se a defender a futura Constituição desde que ela fosse digna do Brasil e dele próprio.
            VICENTINO, C; DORIGO, G. "História Geral do Brasil." São Paulo: Scipione, 2001.

A Independência política do Brasil, em 1822, foi cercada de divergências, entre elas, o desagrado do Imperador com a possibilidade, prevista no projeto constitucional, de o seu poder vir a ser limitado, o que resultou no fechamento da Constituinte em novembro de 1823. Uma comissão, então, foi nomeada por D. Pedro I para elaborar um novo projeto constitucional, outorgado por este imperador, em 25 de março de 1824.

Em relação à Constituição Imperial, de 1824, é correto afirmar que nela
a) foi consagrada a extinção do tráfico de escravos, devido à pressão da sociedade liberal do Rio de Janeiro.
b) foi introduzido o sufrágio universal, somente para os homens maiores de 18 anos e alfabetizados, mantendo a exigência do voto secreto.
c) foi abolido o padroado, assegurando ampla liberdade religiosa a todos os brasileiros natos, limitando os cultos religiosos aos seus templos.
d) o poder moderador era atribuição exclusiva do Imperador, conferindo a ele, proeminência sobre os demais poderes.
e) o poder executivo seria exercido pelos ministros de Estado, tendo estes total controle sobre o poder moderador.

104. (Ufsc 2005) "Título III: Dos Poderes e Representações Nacionais.

Artigo 10Ž - Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Império são quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o poder executivo e o poder judicial.

Artigo 98 - O poder moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como chefe supremo da Nação e seu primeiro representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais poderes políticos (...)"

A Constituição outorgada por D. Pedro I em 1824 afastava as camadas populares da vida política ao condicionar a participação política à renda; além disso, apresentava a novidade do "Poder Moderador".

Sobre essa constituição, é CORRETO afirmar que:

(01) o poder legislativo era formado por um Senado vitalício e por uma Câmara de Deputados com mandato de três anos. Os Senadores eram escolhidos pelo Imperador, a partir de uma lista tríplice, apresentada pelas províncias.

(02) o poder judiciário era exercido por Juízes de Direito e por um Supremo Tribunal de Justiça, cujos magistrados eram escolhidos pelo Imperador.

(04) embora fosse grande a concentração de poderes nas mãos do Imperador, não houve contestação a essa centralização porque o que predominava, na época, eram os ideais absolutistas.

(08) o poder moderador exercido, exclusivamente, pelo Imperador, era o mecanismo que lhe permitia intervir nos demais poderes impondo sua vontade e seus desejos absolutistas.

(16) o catolicismo, declarado religião oficial do Império, era regulado pelo regime do padroado régio, segundo o qual os padres eram pagos pelo Estado, o que os equiparava a funcionários públicos, colocando-os sob as determinações do Imperador.

(32) o poder executivo era exercido pelo Imperador e por um ministério por ele escolhido e presidido.

105. (Ufu 2005) Leia o texto a seguir.

"Dar-vos-ão um código de leis adequadas à natureza das vossas circunstâncias locais, da vossa povoação, interesses e relações, cuja execução será confiada a juízes íntegros, que vos administrem justiça gratuita, e façam desaparecer todas as trapaças do vosso povo, fundadas em antigas leis obscuras, ineptas, complicadas e contraditórias".
            D. Pedro. Manifesto do Príncipe Regente aos Povos do Brasil - 1822. Apud. SOUZA, Iara Lis C. "A independência do Brasil". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p. 50.

Considerando o modelo de Monarquia Constitucional adotado pelo projeto de Independência do Brasil, podemos afirmar que

I - D. Pedro tinha a intenção de conquistar a adesão das Câmaras à sua figura, compromissando-se a estabelecer e respeitar uma Constituição liberal que levasse em consideração as particularidades de cada região (federalista).
II - D. Pedro propunha, conforme o trecho, estabelecer no Brasil uma monarquia constitucional em que todos os brasileiros, incluindo mulheres, escravos e homens livres pobres, teriam participação política.
III - D. Pedro aproximou-se de grupos políticos defensores do Estado monárquico constitucional e dos valores liberais, os quais são contrapostos, no trecho acima, às supostas irracionalidade e arbitrariedade da legislação colonial.
IV - O Príncipe Regente tinha a convicção de que a legitimidade do poder advém do povo e da Constituição, o que se refletiria, futuramente, no respeito do Imperador às decisões autônomas da Assembléia Constituinte de 1822 - 1823.

Assinale a alternativa correta.
a) I e III são corretas.
b) I e II são corretas.
c) III e IV são corretas.
d) II e IV são corretas.


106. (Fgv 2005) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que representavam grandes somas - como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte - com uma taxa de juros muito alta.

Essa situação foi gerada principalmente
a) por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII.
b) pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial.
c) por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume.
d) pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I, com o objetivo de defender o seu trono em Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI.
e) pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país.

107. (Fgv 2005)

A partir da tabela apresentada, com dados sobre escravos do Rio de Janeiro, é correto concluir que
a) era muito rara a alforria de um escravo ladino.
b) a maior parte das alforrias vinha do espaço rural.
c) o grupo mais beneficiado era o de escravas do meio urbano.
d) o maior número de alforrias está no grupo de homens do meio rural.
e) não havia possibilidade de alforrias de crianças no espaço urbano.

108. (Unesp 2005) No início dos trabalhos da primeira Assembléia Constituinte da história do Brasil, o imperador afirmou "esperar da Assembléia uma constituição digna dele e do Brasil". Na sua resposta, a Assembléia declara "que fará uma constituição digna da nação brasileira, de si e do Imperador."

Essa troca de palavras entre D. Pedro I e os constituintes refletia
a) a oposição dos proprietários rurais do nordeste ao poder político instalado no Rio de Janeiro.
b) a tendência republicana dos grandes senhores territoriais brasileiros.
c) o clima político de insegurança provocado pelo retorno da família real portuguesa à Lisboa.
d) uma indisposição da Assembléia para com os princípios políticos liberais.
e) uma disputa sobre a distribuição dos poderes políticos no novo Estado.

109. (Puc-rio 2005) Assinale a alternativa que identifica corretamente os critérios de cidadania política definidos pela Constituição do Estado Imperial, no Brasil, em 1824:
a) A vigência de um Estado laico impedia que membros da Igreja Católica ocupassem cargos públicos.
b) Os princípios da liberdade e da propriedade regulavam o exercício do voto.
c) O poder moderador permitia ao Imperador suspender os direitos políticos dos cidadãos.
d) Escravos e homens livres e pobres podiam votar, mas não podiam ocupar cargos políticos.
e) O sufrágio era censitário, permitindo o voto a homens e mulheres que possuíssem a renda estipulada em lei.

110. (Pucpr 2005) Dentre as características da Carta Imperial de 1824, outorgada por D. Pedro I, NÃO está incluído ou incluída:
a) o voto universal e secreto.
b) o exercício do Poder Moderador pelo monarca.
c) a forma unitária do Estado.
d) o casamento apenas religioso, com efeitos civis.
e) a divisão do território nacional em Províncias.

111. (Ufpr 2006) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos a seguir:

I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.

Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
a) I, III e IV somente.
b) III e IV somente.
c) II, III e IV somente.
d) I, II e III somente.
e) I e II somente.

112. (Fgv 2006) Iniciados os trabalhos da Constituinte [em maio de 1823], José Bonifácio procurou articular em torno de si os propósitos dos setores conservadores, além de esvaziar radicais e absolutistas.
Na prática, José Bonifácio (...) procurou imprimir um projeto conciliador entre as pretensões centralizadoras e os anseios das elites rurais. O papel do imperador deveria ser destacado dentro da organização do novo Estado, já que em torno de sua figura se construiria a unidade territorial do novo país.
            (Rubim Santos Leão de Aquino et alli, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

No momento em que os trabalhos constituintes eram iniciados, a manutenção da unidade territorial do Brasil corria riscos em virtude
a) da ocupação exercida por forças militares portuguesas na Bahia, no Pará e na província Cisplatina.
b) das pressões inglesas para que as regiões próximas da bacia amazônica fossem separadas do Brasil.
c) da Revolta dos Farrapos, que lutava pela emancipação das províncias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
d) da adesão de Gonçalves Ledo ao partido brasileiro, que defendia uma ampla autonomia do nordeste brasileiro.
e) de o anteprojeto constitucional - a Constituição da Mandioca - apontar para uma ordem administrativa igual à dos EUA.

113. (Uel 2006) Analise a imagem a seguir.


O pintor francês João Batista Debret, que viveu no Brasil entre 1816 e 1831, registrou, como cronista e ilustrador, a vida do Rio de Janeiro colonial. Na imagem em destaque, que retrata o passeio de uma família abastada, estão registrados alguns elementos da diferenciação social no país. Com base na imagem e nos conhecimentos sobre escravismo no Brasil, considere as afirmativas a seguir.

I. A freqüente integração dos escravos negros às famílias de brancos abastados garantiu, após a abolição da escravidão, um melhor posicionamento dos libertos na economia urbana, como mão-de-obra qualificada.
II. Após a Independência, o escravismo continuou sendo a base do sistema produtivo, embora a estruturação do Estado Nacional tenha fortalecido a burocracia estatal e a camada de profissionais liberais urbanos.
III. Com a iminência do fim do escravismo, a implantação de pequenas e médias propriedades converteu-se na preocupação fundamental tanto dos homens públicos quanto dos fazendeiros.
IV. A interdição das terras somada à inserção de um número crescente de imigrantes estrangeiros na economia brasileira foram fundamentais no processo de marginalização dos escravos libertos.

Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I, III, e IV.

114. (Ufsm 2006) Os processos de descolonização e construção do Estado imperial brasileiro, na 1 metade do século XIX, apresentaram os seguintes aspectos, EXCETO
a) a presença da Corte portuguesa no Brasil definiu os rumos da independência, impondo limites às mudanças políticas e sociais.
b) a Constituição de 1824 buscou garantir a supremacia do poder central, pois instituiu, entre outras medidas, o poder moderador, o senado vitalício e a nomeação dos Presidentes de Província pelo Imperador.
c) foram liderados pelas elites, imbuídas de uma nítida identidade nacional e desejosas de ficar subordinadas aos interesses do livre comércio inglês.
d) caracterizaram-se pela continuidade de instituições e estruturas coloniais, como o poder monárquico, e por uma sociedade escravista com expressiva exclusão social.
e) significativa resistência de elites regionais ao projeto de centralização do Estado imperial, ilustrada por episódios como a Confederação do Equador e a Guerra Farroupilha.

115. (Pucmg 2006) O reconhecimento da nossa independência política enfrentou sérias dificuldades nas negociações entre Brasil e Portugal, as quais só conseguiram ser sanadas com apoio da Inglaterra, que exigiu em troca:
a) a revogação do decreto de D. João VI que permitira a instalação de fábricas e manufaturas no país desde 1808.
b) a manutenção de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos portugueses nos portos brasileiros.
c) a renovação dos tratados de 1810 e a promessa brasileira de extinguir o tráfico negreiro no prazo de três anos.
d) a abolição imediata da escravidão africana no Império sem a devida indenização à elite rural brasileira.

116. (Ufpe 2007) Uma análise das relações sociais de poder no Brasil Império mostra mudanças importantes com relação ao período colonial. Na época do Império, a sociedade brasileira:
a) tornou-se mais democrática, com o declínio acentuado da escravidão depois de 1840, e com a vinda de imigrantes europeus que traziam idéias modernizadoras.
b) manteve a escravidão como fonte de produção de riqueza, embora restrita à cultura do café, no oeste paulista e no interior do Rio de Janeiro.
c) conseguiu livrar-se das influências européias, afirmando uma matriz, respeitando as tradições seculares de sua história.
d) permaneceu marcada pelo escravismo, embora já houvesse mudanças de muitos hábitos, por influência da modernização de alguns setores.
e) conviveu com rebeliões políticas freqüentes, lideradas pelos liberais radicais e movidas por idéias abolicionistas e republicanas.

117. (G1 - cftpr 2006) Considerando a permanência da Família Real no Brasil entre 1808 e 1821, é correto afirmar, em relação ao processo de Independência do Brasil e à formação do Estado Nacional, que:

I) as elites econômicas e políticas pretendiam, mais que a emancipação política da metrópole portuguesa, a extinção do sistema escravista brasileiro.
II) foi o resultado de um arranjo político que perpetuou a monarquia, assim como os antigos privilégios dos latifundiários escravocratas.
III) as elites brasileiras, sobretudo do Nordeste, e próprio príncipe regente, buscaram o apoio das camadas médias urbanas e das camadas pobres rurais para legitimar a emancipação política de Portugal.

Analise as proposições anteriores e assinale:
a) se apenas a proposição I estiver correta.
b) se apenas a proposição II estiver correta.
c) se apenas a proposição III estiver correta.
d) se as proposições I e II estiverem corretas.
e) se as proposições II e III estiverem corretas.

118. (G1 - cftce 2005) Foi outorgada, definia a religião católica como oficial, estabeleceu o voto censitário, além da liberdade econômica e de iniciativa. O contexto histórico da Constituição Brasileira que tinha estas características está na opção:
a) o período da Inconfidência Mineira que adotou como constituição provisória a dos Estados Unidos
b) a fase da administração pombalina que elevou o Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves, por conseguinte, elaborando a primeira Carta Magna do Brasil
c) o processo de organização do Estado Brasileiro, coincidindo com o Primeiro Reinado
d) momento que foi antecedido com a Proclamação da República e que culminou com a Constituição Republicana do Brasil
e) a implantação do Estado Novo com Getúlio Vargas que impunha para o povo brasileiro uma nova Constituição, a fim de regularizar e ratificar as suas ações e rumos que estava dando para o Brasil

119. (G1 - cftce 2006) "A Assembléia declara-se em sessão permanente e pede explicações sobre o movimento da tropa. Em tensa e exaustiva troca de mensagens, é informada que a oficialidade não tolera 'certos redatores de periódicos e seu incendiário partido', em especial 'O Tamoio', 'A Sentinela' e os 'Andradas'. A sessão ficou conhecida como 'Noite da Agonia'".
Este trecho se refere a um acontecimento do(a):
a) Administração Joanina no Brasil.
b) Primeiro Reinado.
c) Proclamação da República.
d) Implantação do Estado Novo.
e) Outorga da Constituição de 1967 no Regime Militar.

120. (Ufpe 2007) Apesar de sua participação na Independência do Brasil, D. Pedro I não conseguiu tornar-se um governante popular. Nesse sentido, podemos lembrar a Confederação do Equador, que foi um dos movimentos de reação ao autoritarismo do imperador. Por ocasião desse movimento, os rebeldes participantes:

(     ) criticaram a Constituição de 1824, considerando-a centralizadora.
(     ) buscaram, com sucesso, contar com o apoio das províncias vizinhas.
(     ) eram radicalmente contra a escravidão.
(     ) formaram brigadas populares para radicalizar a luta.
(     ) contaram com a ajuda de membros do clero local.

121. (Ufsc 2007)          "Estávamos na horta da minha casa, e o preto andava em serviço; chegou-se a nós e esperou.
            - É casado, disse eu para Escobar. Maria onde está?
            - Está socando milho, sim, senhor.
            - Você ainda se lembra da roça, Tomás?
            - Alembra, sim, senhor.
            - Bem, vá-se embora.
            Mostrei outro, mais outro, e ainda outro, este Pedro, aquele José, aquele outro Damião...
            - Todas as letras do alfabeto, interrompeu Escobar.
            Com efeito, eram diferentes letras, e só então reparei nisto; apontei ainda outros escravos, alguns com os mesmos nomes, distinguindo-se por um apelido, ou da pessoa, como João Fulo, Maria Gorda, ou de nação como Pedro Benguela, Antônio Moçambique...
            - E estão todos aqui em casa? perguntou ele.
            - Não, alguns andam ganhando na rua, outros estão alugados. Não era possível ter todos em casa. Nem são todos os da roça; a maior parte ficou lá.
            - O que me admira é que D. Glória se acostumasse logo a viver em casa da cidade, onde tudo é apertado; a de lá é naturalmente grande.
            - Não sei, mas parece. Mamãe tem outras casas maiores que esta; diz porém que há de morrer aqui. As outras estão alugadas. Algumas são bem grandes, como a da Rua da Quitanda..."
            ASSIS, Machado de."Dom Casmurro". São Paulo: FTD, 1991,  p. 145.

No diálogo anterior, Escobar e Bentinho conversam sobre os escravos da família deste.
Sobre o período da escravidão no Brasil, é CORRETO afirmar que:

(01) a presença dos escravos no Brasil Imperial podia ser percebida em diferentes atividades, desde os trabalhos nas lavouras até serviços domésticos nas casas de fazenda e centros urbanos.
(02) os escravos eram trazidos da África, provenientes de uma única região. Isto facilitou a socialização entre os grupos de escravos trazidos ao Brasil.
(04) a submissão ao senhor latifundiário era incontestada. Prova disso é a inexistência de fontes históricas que provem a resistência dos escravos às péssimas condições de vida às quais eram submetidos.
(08) a concentração da propriedade nas mãos de poucos foi uma característica do período de escravidão no Brasil. Um grande proprietário de terras também podia possuir imóveis urbanos que contribuíam em muito para o aumento de sua riqueza.
(16) a extinção da escravidão garantiu melhores condições de vida aos africanos e seus descendentes, uma vez que a eles eram garantidas as vagas nas indústrias emergentes no Brasil.
(32) durante o período de introdução da cultura cafeeira no Brasil, o trabalho escravo já não era mais utilizado.

122. (Unesp 2007) O trabalho é incessante. Aqui uma chusma [grupo] de pretos, seminus, cada qual levando à cabeça seu saco de café, e conduzidos à frente por um que dança e canta ao ritmo do chocalho ou batendo dois ferros um contra o outro, na cadência de monótonas estrofes a que todos fazem eco; dois mais carregam no ombro pesado tonel de vinho [...], entoando a cada passo melancólica cantilena; além, um segundo grupo transporta fardos de sal, sem mais roupa que uma tanga e, indiferentes ao peso como ao calor, apostam corrida gritando a pleno pulmão. Acorrentados uns aos outros, aparecem seis outros com balde d'água à cabeça. São criminosos empregados em trabalhos públicos, também vão cantando em cadência...
            (Ernest Ebel. "O Rio de Janeiro e seus arredores em 1824".)

O texto, escrito pelo viajante Ernest Ebel, exprime
a) a presença de um número significativo de negros na sociedade brasileira da época e as tarefas cotidianas que, como escravos, eram obrigados a realizar.
b) o estado de rebelião dos escravos brasileiros, coagidos a um trabalho extenuante sob os olhos dos senhores e permanentemente acorrentados.
c) uma visão positiva e otimista da sociedade dos trópicos, em que o trabalho é acompanhado pela música e pela dança.
d) o ritmo do trabalho urbano determinado pelas imposições do processo de industrialização que se iniciava na cidade do Rio de Janeiro.
e) a ineficácia da mão-de-obra escrava no trabalho urbano, quando comparada com a produtividade do trabalho assalariado.

123. (Uerj 2006)

A economia cafeeira começou a prosperar significativamente na região do Vale do Paraíba fluminense e paulista na década de 1840 e entrou em decadência a partir dos anos de 1870.
Um dos fatores que contribuíram para essa decadência está descrito em:
a) doação das terras devolutas aos colonos, em conseqüência da Lei de Terras
b) redução do número de escravos, devido à proibição imposta pela Lei Euzébio de Queiroz
c) baixa produtividade agrícola, em razão da falta de escravos gerada pela Lei do Ventre Livre
d) proibição do tráfico de escravos interprovincial, em função das imposições do Bill Aberdeen

124. (Ufpe 96) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o "partido português" e o "partido brasileiro", levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.

125. (Mackenzie 97) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:
a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios.
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência.
c) evitar a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma.
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas.
e) promover um governo descentralizado e liberal através da Constituição de 1824.

126. (Mackenzie 99) "A Independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da nação tomada em seu conjunto".
            (Caio Prado Jr)

Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de profundas mudanças sociais.
b) O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios.
c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa guerra de independência.
d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo político dos radicais liberais.
e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo, extinguindo a escravidão logo após a independência.

127. (Mackenzie 99) "Verifica-se portanto que o Brasil necessitava da potência mais poderosa do momento para sua afirmação no mundo colonial, também a Inglaterra possuía sólidas razões para o seu reconhecimento (...)"
            (Carlos Guilherme Mota)

O interesse inglês no reconhecimento de nossa independência era determinado:
a) pela garantia da manutenção do tráfico escravo, fato que favorecia a Inglaterra.
b) pela preservação dos interesses portugueses, representados pelo Reino Unido.
c) pelo controle de nosso mercado, configurado posteriormente nos Tratados de 1827.
d) pelo apoio brasileiro à política da Santa Aliança.
e) pelo interesse na assinatura de tratados de extraterritoriedade, com reciprocidade de direitos para ingleses e brasileiros.

128. (Pucpr) A Inglaterra pressionou Portugal para que este reconhecesse a independência do Brasil, o que proporcionaria o reconhecimento por outras potências européias.
Para fazê-lo, Portugal exigiu e o Brasil assinou um tratado em que:
a) estabelecia que somente os portugueses poderiam futuramente fixar-se no Brasil como imigrantes.
b) o Príncipe D. Miguel ficava reconhecido sucessor de D. Pedro I no trono do Brasil.
c) se comprometia a abandonar a Província Cisplatina ou Uruguai.
d) pagava 2 milhões de libras esterlinas como compensação pelos interesses lusos deixados em sua antiga colônia.
e) estabelecia um tribunal de exceção para julgar os portugueses que se envolvessem em delitos no Brasil.

129. (Unifesp 2003) Sendo o clero a classe que em todas as convulsões políticas sempre propende para o mal, entre nós tem sido o avesso; é o clero quem mais tem trabalhado, e feito mais esforços em favor da causa, e dado provas de quanto a aprecia.
            (Montezuma, Visconde de Jequitinhonha, em 5 de novembro de 1823)

O texto sugere que o clero brasileiro
a) defendeu a política autoritária de D. Pedro I.
b) aderiu com relutância à causa da recolonização.
c) preferiu a neutralidade para não desobedecer ao Papa.
d) viu como um mal o processo de independência.
e) apoiou ativamente a causa da independência.

130. (Ufsc 2004) Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S) em relação ao processo de independência do Brasil.

(01) A independência do Brasil, a sete de setembro de 1822, atendeu aos interesses da elite social do Brasil Colônia e da burguesia portuguesa favorecida pelo decreto de Abertura dos Portos de 1808.
(02) A revolta em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, liderada pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, apressou os planos de D. Pedro, apoia-do pela aristocracia. Forçado pelas circunstâncias, teve de proclamar a independência.
(04) No período colonial ocorreram numerosos motins e sedições como: a Aclamação de Amador Bueno, em São Paulo; a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Vila Rica, em Minas Gerais.
(08) A Maçonaria no Brasil, no século XIX, defendia os princípios liberais. As Lojas Maçônicas, em especial as do Rio de Janeiro, tiveram papel importante no movimento pela separação do Brasil de Portugal.
(16) A independência, proclamada por D. Pedro, foi aceita incondicionalmente por todas as províncias.

131. (Faap 96) "A ocupação começa pelo interior, com a instalação de fazendas de gado vindo da Bahia, em busca de pastagens. Na independência, em 1822, os portugueses revoltam-se e passam a combater os brasileiros. Cerca de 4 mil homens participam da Batalha dos Jenipapos, vencida pelos portugueses. O movimento espalha-se pela região, mas os brasileiros terminam vitoriosos. Mais tarde, rebeliões como a Confederação do Equador e a Balaiada abalam a província."
a) Rondônia
b) Rio de Janeiro
c) Rio Grande do Sul
d) Pernambuco
e) Piauí

132. (Ufes 96) Em agosto de 1961, na "Conferência Econômica e Social de Punta Del Este", o presidente John Kennedy apresentou aos países latino-americanos o projeto da "Aliança para o Progresso", o qual previa, em linhas gerais, o aperfeiçoamento e fortalecimento das instituições democráticas, mediante a autodeterminação dos povos, a aceleração do desenvolvimento econômico e social dos países latino-americanos, a erradicação do analfabetismo e a garantia aos trabalhadores de uma justa remuneração e adequadas condições de trabalho.  Situando a "Aliança para o Progresso" no contexto das relações internacionais vigentes no Pós-Guerra, constatamos que sua criação se deveu ao desejo do governo norte-americano de
a) bloquear a acentuada evasão de capitais latino-americanos, resultante da importação maciça de bens de consumo japoneses e das altas taxas de juros pagas aos países integrantes do "Pacto de Varsóvia" por conta dos empréstimos contraídos na década de 50.
b) conter o avanço dos movimentos revolucionários na América Latina, reafirmando assim a liderança exercida pelos EUA sobre o Continente, numa conjuntura de acirramento da Guerra Fria por conta da Revolução Cubana.
c) desviar, para a América Latina, parte dos investimentos previstos no "Plano Global de Descolonização Afro-Asiática", em virtude das revoluções socialistas de Angola e Moçambique, que tornaram a posição norte-americana na África insustentável.
d) impedir que a República Federal Alemã, país de orientação socialista, firmasse acordos com a finalidade de transplantar tecnologia nuclear para o Terceiro Mundo, a exemplo do que havia ocorrido no Brasil sob o governo JK.
e) reabilitar os acordos diplomáticos entre os EUA e os demais países latino-americanos, que haviam sido rompidos quando da invasão de Honduras e do Equador pelas tropas norte-americanas, fortalecendo assim a OEA.

133. (Fgv 2007) Comparando-se o processo de independência das colônias da América espanhola com o do Brasil, no início do século XIX, é correto afirmar que
a) em ambos, a ideologia predominante foi o liberalismo, que influenciou a organização dos novos Estados sob governos republicanos com três poderes.
b) no primeiro, os 'criollos' conduziram a emancipação política, mas no segundo, as camadas médias conseguiram controlar o aparelho de Estado.
c) em ambos, o domínio econômico das respectivas metrópoles foi encerrado e desenvolveu-se o caudilhismo, forma de dominação local das elites de origem nativa.
d) no primeiro, ocorreu a fragmentação do território em vários países, já o Brasil manteve-se politicamente unido e governado pelo herdeiro português.
e) em ambos, o contexto das guerras napoleônicas foi determinante, embora o primeiro tenha sido singularizado pela transferência da Corte para a América.



GABARITO

1. F V F V V

2. F F V F F

3. V F V F V

4. 01 + 02 = 03

5. 01 + 02 + 16 + 32 = 51

6. [C]

7. 07

8. [E]

9. [A]

10. [C]

11. [B]

12. [E]

13. [B]

14. [C]

15. [E]

16. [E]

17. [D]

18. [D]

19. [D]

20. [C]

21. [D]

22. [A]

23. [B]

24. [D]

25. [A]

26. [B]

27. [D]

28. [D]

29. [D]

30. [A]

31. [C]

32. [E]

33. [E]

34. [C]

35. [E]

36. [C]

37. [A]

38. [B]

39. [A]

40. [D]

41. [C]

42. [C]

43. [C]

44. [B]

45. [B]

46. [D]

47. [D]

48. [E]

49. [C]

50. [B]

51. [C]

52. [A]

53. [B]

54. [E]

55. [A]

56. [E]

57. [C]

58. 01 + 08 + 16 + 32 = 57

59. V V V F F

60. [E]

61. [C]

62. [E]

63. [D]

64. [A]

65. [D]

66. [D]

67. [C]

68. [E]

69. [A]

70. [A]

71. [C]

72. [C]

73. V F V F

74. V F V F

75. [C]

76. [D]

77. [C]

78. [C]

79. [C]

80. [D]

81. [E]

82. [A]

83. [C]

84. [A]

85. [B]

86. [E]

87. [B]

88. [C]

89. [C]

90. 08 + 16 = 24

91. 01 + 16 = 17

92. [D]

93. [D]

94. [A]

95. [C]

96. [E]

97. [B]

98. [C]

99. [C]

100. [A]

101. [B]

102. [B]

103. [D]

104. 01 + 02 + 08 + 16 + 32 = 59

105. [A]

106. [C]

107. [C]

108. [E]

109. [B]

110. [A]

111. [C]

112. [A]

113. [C]

114. [C]

115. [C]

116. [D]

117. [B]

118. [C]

119. [B]

120. V V F V V

121. 01 + 08 = 09

122. [A]

123. [B]

124. [A]

125. [A]

126. [B]

127. [C]

128. [D]

129. [E]

130. 04+08=12

131. [E]

132. [B]

133. [D]

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