ACERTAMOS!!! É a primeira coisa que podemos dizer, considerando que muito do que foi dito na nossa análise do Enem se confirmou no Enem 2012. Nesta postagem, vamos fazer a análise completa da prova de história realizada em novembro, considerando todos os aspectos que já abordamos: número de questões, alternativas, habilidades e competências, temas e macrotemas de História Geral e História do Brasil, fontes mais utilizadas.
Número de questões
O que dissemos: na postagem a evolução da parte de história no Enem, haviámos dito que, a partir do novo Enem (2009-2012), o número de questões de História aumentou. Na última edição (2011), tivemos 19 questões de História.
O que ocorreu: nesta edição (2012), nenhuma surpresa, o número estabilizou em 20 questões. Isto significa que, aproximadamente 45% da prova de Ciências Humanas consistiu em questões de História. A surpresa foi a cobrança de muitas questões de Filosofia e Sociologia, como parte do novo currículo do Ensino Médio.
Alternativas
O que dissemos: na postagem saiba em qual alternativa chutar no Enem, havíamos dito que a maior parte das questões de História se concentravam na alternativa E como resposta correta. Inclusive, fizemos uma brincadeira dizendo que, se o candidato tivesse que chutar, que fosse na letra E.
O que ocorreu: nesta edição (2012), o gráfico mostra que a tendência se manteve, ou seja, 40% das questões tinha na letra E a alternativa correta. Acertamos! o/
Temas de História do Brasil
O que dissemos: na postagem temas de História do Brasil que caem no Enem, havíamos dito que, nas edições anteriores, os temas de História do Brasil prevalecia sobre os temas de História Geral, especialmente a partir de 2009. Dentre os macrotemas, prevalecia Brasil República. Por sua vez, os principais temas eram: República Velha, Era Vargas e Segundo Reinado.
O que ocorreu: nesta edição, o número de questões sobre o macrotema Brasil Colonial foi o mesmo de Brasil República, o que mostra uma preocupação maior com o passado mais distante de nossa história.
Dentre os temas, Era Vargas continuou soberano, com três questões abordando a Revolução Constitucionalista de 1932, Estado Novo e o surgimento de políticas públicas de proteção ao patrimônio histórico e cultural.
Sobre o nosso passado colonial, caíram questões sobre a escravidão (tema recorrente), práticas religiosas e política indigenista no período. Sobre o Segundo Reinado, caiu uma questões sobre migração, um aspecto que também costuma ser muito cobrado no Enem.
A grande surpresa (ou zebra) desta edição, foi a ausência de questões sobre a República Velha, considerando que o tema vinha sendo cobrado em quase todas as edições anteriores.
Temas de História Geral
O que dissemos: na postagem temas de História Geral que caem no Enem, havíamos dito que História Geral vinha perdendo espaço nas últimas edições do Enem. O tema Revolução Industrial liderava no ranking de questões, com duas por edição entre 2009 e 2011.
O que ocorreu: nesta edição, houve um equilíbrio entre questões de História do Brasil e História Geral, com 10 questões cada. O macrotema Idade Contemporânea continua sendo o mais cobrado, com seis questões no total, coerente com o conteúdo programático do Enem.
O tema Revolução Industrial foi cobrado uma vez, mantendo a tendência que haviámos discutido em postagens anteriores. Sobre o assunto, foi cobrado conhecimentos sobre trabalho e exploração. Sobre a Guerra Fria, foram cobrados conhecimentos de movimentos sociais e cultura na década de 1960.
Alguns temas apareceram somente nesta edição, como Revolução Inglesa e Independência Afro-Asiática.
Competências e Habilidades
O que dissemos: nas postagens as competências mais cobradas do Enem e as habilidades mais cobradas no Enem, haviámos dito que havia uma tendência em cobrar questões relacionadas com práticas e movimentos sociais, além de diversidade cultural e pluralidade. A Habilidade 11 e a Competência 3 apareciam com mais frequência nas questões do Enem.
O que ocorreu: ponto para o prof. Michel Goulart, que identificou corretamente a tendência nas questões do Enem. A Competência 3 foi novamente a mais cobrada, líder isolada aparecendo em 35% das questões de História. E, claro, a Habilidade 11 e a Habilidade 12 tiveram três questões cada, sendo que ambas pertencem à Competência 3.
Fontes Históricas
O que dissemos: na postagem as fontes históricas mais usadas no Enem, haviámos dito que o ênfase em documentos secundários mostrava, de certa forma, a perda da complexida do Enem nas últimas edições. Dentes as questões de História, poucos apresentavam imagens ou documentos primários. Leia o texto para compreender o que significa fonte histórica.
O que ocorreu: nesta última edição, houve uma grande inversão (ainda bem). Os documentos secundários, que dominavam as questões de História, apareceram em apenas 20% das questões. A maior parte das questões apresentaram documentos primários. Em relação às imagens, uma grande variedade delas, como mosaicos, cartazes, charges e até uma capa de revista em quadrinhos do Capitão América.
Conclusão
A nossa metodologia de análise do Enem se mostrou correta, valendo o esforço da empreitada. Para o ano que vem, o MEC promete duas edições da prova, uma no primeiro semestre (data incerta) e outra em novembro. Assim, se você vai encarar o Enem pela primeira vez, ou vai fazer uma nova tentativa, leia o que já escrevemos e acompanhe as nossas postagens.
Você não vai se arrepender!
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