O
Paleolítico, primeiro período da chamada Pré-história, é também conhecido como
Idade da Lascada, porque a maioria das armas e instrumentos de trabalho feitos
pelos homens nessa época era de lascas de pedra, de osso e de madeira. Durante
o Paleolítico a vida dos humanos era bem difícil. Como não haviam desenvolvido
técnicas de plantio e criação de animais, viviam da caça, pesca e colheita de
alimentos. Sendo assim, a sobrevivência humana era muito frágil. Qualquer
mudança climática ou fenômeno natural poderia desestruturar os clãs. Nômades
(sem moradia fixa) dependiam do que a natureza oferecia para sobreviver. A
divisão do trabalho era bem simples, cabendo aos homens o papel de caçar,
pescar e cortar lenhas, enquanto as mulheres apanhavam frutos das árvores,
faziam comida e cuidavam das crianças. Estavam sempre à mercê dos ataques dos
animais maiores ou de outros clãs. O fogo apenas foi dominado pelo homem ao
final do Paleolítico.
Com o passar dos anos, o homem, a partir da sua
observação e capacidade de raciocínio, passa a dominar o espaço geográfico em
que vivia. No Neolítico, também conhecido como Idade da Pedra Polida, os homens
desenvolvem técnicas de plantio e domesticação de animais que os permitiam se
fixar em um determinado território. O domínio do fogo trouxe grande
desenvolvimento. O fogo passa a ser usado para preparar alimentos com mais
requinte (alimentos de grande variedade de paladar e mais atraentes), para
iluminar e espantar os animais selvagens. O homem do Neolítico construía suas
próprias moradias, que eram fixas, e se estabelecem em aldeias. A divisão do
trabalho passa a ser mais complexa. Cada indivíduo do grupo assume uma função
diferente: uns cortam madeiras, outros constroem ferramentas, constroem
moradias, há aqueles que tiram a pele de animais, outros costuram. Lentamente
vai surgindo uma civilização.
O grupo dos caçador-coletores eram nômades,
porque ainda não haviam desenvolvido técnicas de cultivo de alimentos e
domesticação de animais. Sendo assim precisavam migrar de uma região para outra
quando faltava alimento.
Já os produtores agrícolas e criadores de animais não
precisam se locomover para ter a sobrevivência garantida, pois desenvolveram
técnicas de cultivo e domesticação de animais em um mesmo espaço geográfico.
O
desenvolvimento da agricultura fez com o homem tivesse mais tempo excedente (de
sobra) para desenvolver outras técnicas e tecnologias. A partir da agricultura
o homem dominou os metais, organizou-se em civilização, desenvolveu a
propriedade privada e ampliou a divisão do trabalho.
O POVOAMENTO DA AMÉRICA
Atualmente
existem duas principais teorias que buscam explicações sobre a origem do homem
americano. Durante muitos anos, a teoria mais aceita foi a passagem do homem da
Ásia para a América quando houve o congelamento do Estreito de Bering. Porém, a
cientista brasileira Niède Guidon descobriu, no Piauí, vestígios da presença
humana no Brasil há mais de 40 mil anos. São restos de fogueiras (o que mostra
que já dominavam o fogo), pedaços de machado e facas de pedra. Acredita-se,
então, que o povoamento da América pode ter sido realizado por povos que vieram
de barco da Oceania e da Ásia.
Sambaqui, na língua
tupi-guarani significa “depósito de conchas”. Os primeiros habitantes do
litoral brasileiro viviam, sobretudo, do consumo de mariscos e moluscos. O
depósito de conchas e restos de mariscos formou gigantescos blocos sedimentares
de conchas na faixa litorânea que vai de Santa Catariana até o Espírito Santo.
Os povos dos Sambaquis viviam de maneira
sedentária. Não precisavam se deslocar em busca de alimentos, pois contavam com
uma grande quantidade de recursos naturais que extraiam do mar. Porém,
continuavam a caçar e coletar frutos silvestres e não praticavam a agricultura.
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