1.
Introdução:
Os primeiros anos após a Independência das
Treze Colônias foram de grande expansão para os norteamericanos: comercialmente,
fazia negócios por todo continente americano e com a Ásia; territorialmente,
iniciou sua expansão para o interior do continente, o que significa dizer
aumentava suas fronteiras de maneira muito acentuada.
Com a derrota de Napoleão Bonaparte, as potências
monárquicas europeias se uniram no Congresso de Viena, a fim de restaurar a
Europa pré-napoleônica, devolvendo os reis a seus tronos e reprimindo movimentos
sociais através do seu braço armado, a Santa Aliança.
Dessa maneira, os EUA adotaram posição parecida
com a da Inglaterra: ambas eram contrárias aos trabalhos da Santa Aliança. Para
a Inglaterra, não era interessante limitar, por exemplo, os movimentos de
independência na América latina, já que, emancipados, os novos países seriam
seus parceiros comerciais, e, para os EUA, o Congresso de Viena ameaçava seu
desejo de hegemonia no continente americano e representava a possibilidade de
recolonização por parte das potências europeias daquele momento.
2. A Marcha
para o Oeste:
A modernização das ferrovias e os interesses em
mineração,agricultura e pecuária estimularam a expansão rumo aos territórios
além dos Montes Apalaches.
- 1803: Compra a Louisiana da França;
- 1809: Compra a Flórida da Espanha;
- 1846/1848: Guerra contra o México resulta na incorporação de vastos territórios até o Oceano Pacífico;
- 1867: Compra o Alasca da Rússia. Esse é conhecido como o pior negócio do mundo, já que o Império Russo passava por necessidades econômicas e vendeu o território por apenas 7 milhões de dólares, na época, valor este que é reavido pelos EUA 40 vezes por ano.
A Marcha para o Oeste, além da expansão do território dos EUA, teve como principal consequência o extermínio das populações indígenas que habitavam as regiões anexadas. A justificativa ideológica para a expansão era dada pela doutrina do Destino Manifesto, fundada no princípio de que o povo estadunidense era predestinado a dominar o continente. percebe-se que seu expansionismo não para quando o país atinge dimensões continentais, pelo contrário, antevê o avanço sobre o Caribe e o restante da América Latina.
3. A Guerra
de Secessão (1861/1865)
A expansão territorial levou ao crescimento
econômico que, por sua vez, aumentou as contradições existentes entre o Norte e
o Sul do país desde a época da independência.
Enquanto o Sul tinha a economia baseada no
latifúndio escravista e na produção de algodão voltado para o mercado externo, o
Norte defendia a abolição da escravidão e tinha sua economia baseada na
indústria. Assim, as disputas entre a aristocracia rural do Sul e a burguesia
industrial do Norte ficavam cada vez mais patentes.
Em 1860, foi
eleito o republicano Abraham Lincoln, cuja plataforma de governa privilegiava os
interesses do Norte. Então, os sulistas declaram a secessão, ou seja, a
separação política e formação de outro país: os Estados Confederados da América,
com capital em Richmond, Virgínia, e governado por Jefferson Davis, que deu
início à Guerra de Secessão.
Finda o conflito, a superioridade militar do
Norte predominou, e este conseguiu impor seus interesses no país. A escravidão
foi abolida, contudo os negros não contaram com qualquer tipo de programa
governamental que colaborasse para sua integração na sociedade e foram
marginalizados pela sociedade. A região foi tomada militarmente até 1877 e
perdeu sua influência política no país.
A guerra durou cinco anos e vitimou cerca de
600 mil pessoas, uma delas, o próprio presidente Abraham Lincoln, assassinado
por um sulista.
4. A
reconstrução radical e as sociedades secretas terroristas
A abolição da escravidão no solo estadunidense
ocorreu em meio de uma guerra civil e culminou no surgimento de dois tipos de
movimentos sociais.
Um deles era a reconstrução radical
(1865/77), formada por negros libertos, negros nascidos livres e homens brancos
contrários à segregação racial. Outro foram sociedades secretas
segregadoras, como a Ku Klux Klan (KKK) e os Cavaleiros da Camélia Branca,
que atemorizavam os negros recém-libertos, asiáticos, judeus e latinos.
A História dos EUA passou a viver um de seus
mais tristes episódios, que foi a limitação dos direitos civis dos negros. Eles
passaram a sofrer segregação e foram impedidos de frequentar os mesmos espaços
públicos que os brancos. Somente nas décadas de 60 e 70, com a luta pelos
direitos civis, a população negra passou a ter voz ativa na sociedade,
principalmente com líderes como Martin Luther King e Malcom X.
Fonte: tudo SIM é História!!!
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