Planeta Sustentável

terça-feira, 23 de março de 2010

Contrarreforma

A Contrarreforma compreende o conjunto das medidas adotadas pela Igreja através da autoridade do Papa Paulo III, em 1545, para defender-se, como as reformas internas, a fundação da Companhia de Jesus e o Concílio de Trento. Cria novas ordens eclesiásticas, como a dos teatinos, capuchinhos, barbabitas, ursulinas e oratorianos.
Concílio de Trento – De 1545 a 1563, convocado por Paulo III para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica. Regula as obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na eucaristia. São criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. São restaurados também os Tribunais da inquisição, que viriam a funcionar principalmente na Itália, França, Espanha e Portugal, sob o nome de Santo Ofício, julgando e condenando cristãos acusados de infidelidade, heresia, cisma, magia, poligamia, abuso dos sacramentos etc. É instituído o índice de livros proibidos (Index Librorum Prohibitorum) e reorganizada a Inquisição.
Companhia de Jesus – Criada em 1534 por Inácio de Loyola. Com organização militar e disciplina rígida, coloca-se incondicionalmente a serviço do papa. Desempenha papel fundamental na renovação da Igreja, na luta contra os hereges e na evangelização da Ásia e Américas.
GUERRA DOS TRINTA ANOS - É a primeira grande guerra européia. Começa em 1618 como conflito religioso envolvendo católicos e protestantes e adquire caráter político em torno das contradições entre Estados territoriais e príncipes. Envolve a Áustria, Hungria, Espanha, Holanda, Dinamarca, França e Suécia, entre outros. Termina em 1648 com a Paz de Westfalia, na qual são reconhecidas as liberdades dos calvinistas e demais protestantes. As devastações no território alemão, a redução da população, a disseminação da barbárie e a repressão sangrenta às mulheres acusadas de bruxaria facilitam a restauração do império pelos príncipes. Desaparece a hegemonia dos Habsburgo. Portugal, Áustria e Holanda conquistam a independência. França, Suécia, Baviera e Prússia ampliam suas áreas territoriais à custa da Alemanha.

Reforma Anglicana

Henrique VIII (1491-1547) nasce em Greenwich e torna-se herdeiro do trono da Inglaterra em 1502, após a morte do irmão mais velho. Em 1509 é coroado e casa-se com Catarina de Aragão, a viúva de seu irmão. Poliglota, esportista e estudioso de teologia, retoma a doutrina de Lutero, o que lhe vale o título de defensor da fé, concedido pelo papa Leão X.
Com o apoio do Parlamento e do povo, descontente com os privilégios e poderes eclesiásticos, Henrique VIII rompe com a Igreja Católica e cria o anglicanismo. É reconhecido como chefe supremo da Igreja da Inglaterra. O rei passa a ser o chefe supremo da Igreja Anglicana ou Episcopal e o seu líder espiritual é o arcebispo de Canterbury. A Reforma anglicana é promulgada em 1534 pelo rei Henrique VIII. Usa como pretexto a recusa do papa em aceitar seu divórcio da rainha espanhola Catarina de Aragão, tia de Carlos V da Espanha, para casar-se com Ana Bolena, uma dama de sua corte, que três anos depois é decapitada por adultério por casa-se mais quatro vezes.
Da Inglaterra, difunde-se para as colônias, especialmente na América do Norte. As igrejas Católica e Anglicana são semelhantes quanto à profissão de fé, a liturgia e os sacramentos, mas a igreja episcopal não reconhece a autoridade do papa e admite mulheres como sacerdotes. A primeira mulher a exercer o ministério episcopal é a reverenda Barbara Harris, da diocese de Massachusetts (EUA), consagrada em 1989.
Entre 1553 e 1558 ocorre a reação católica, com o reinado de Maria Tudor. Seu casamento com Felipe II da Espanha transforma a reforma religiosa numa questão nacional. Entre 1559, sob Elisabeth I, é renovada a soberania da Coroa sobre a igreja e ratificada a liturgia anglicana, tendo por base a confissão calvinista reformada.

Calvinismo

João Calvino (1509-1564) nasce em Noyon, França, filho de um secretário do bispado de Noyon. Em 1523 ingressa na Universidade de Paris, estuda latim, filosofia e dialética. Forma-se em direito e, em 1532, publica Dois livros sobre a clemência ao imperador Nero, obra que assinala sua adesão à Reforma. Em 1535, já é considerado chefe do protestantismo francês. Perseguido pelas autoridades católicas refugia-se em Genebra. Organiza uma nova igreja, com pastores eleitos pelo povo, e o Colégio Genebra, que se torna um dos centros universitários mais famosos da Europa. Pela dogmática do francês João Calvino, refugiado em Genebra, o homem está predestinado à salvação ou à condenação. Pode salvar-se quem santificar a vida cumprindo seus deveres. A Igreja e o Estado devem estar separados, com predomínio da primeira.

Ética protestante – Calvino considera o cristão livre de todas as proibições não explicitadas nas Escrituras, o que torna as práticas do capitalismo lícitas, em especial a usura, condenada pela Igreja Católica. De acordo com a teoria da predestinação, a idéia de que Deus concede a salvação a poucos eleitos, o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada. Surge a identificação da ética protestante com o capitalismo, que se torna atraente para a burguesia.
Reforma Protestante
Martinho Lutero
Martinho Lutero (1483-1546) nasce em Eisleben, Alemanha, numa família camponesa. Em 1501 ingressa na Universidade de Erfurt, onde estuda artes, lógica, retórica, física e filosofia e especializa-se em matemática, metafísica e ética. Entra para o mosteiro dos eremitas agostinianos de Erfurt em 1505, torna-se sacerdote e teólogo.
A assim chamada reforma é um conjunto de movimentos de caráter religioso, político e econômico que contestam os dogmas católicos, entre 1517 e 1564. Tem início na Alemanha e provoca a separação de uma parte da comunidade católica da Europa, originando o protestantismo.
Ocorre paralelamente ao renascimento cultural humanista, às insurreições da nobreza, às rebeliões camponesas, à expansão do mercantilismo e do sistema colonial e às guerras entre as monarquias europeias. Estes movimentos entre os católicos reivindica a reaproximação da Igreja do espírito do cristianismo primitivo.
A resistência da hierarquia da Igreja leva os reformadores a constituírem confissões independentes. Os Papas exerciam poder espiritual e também poder temporal, ou seja como o de qualquer outro governante de um país. O comportamento de parte do clero estava envolvido em interesses econômicos ou políticos, entrava em contradição com a doutrina da Igreja.
Muitos cristãos, opondo-se a essa situação, sentiam a necessidade de uma volta aos ensinamentos de Cristo e de seus apóstolos e pregavam uma reforma dos costumes. Os principais reformadores são Martinho Lutero e João Calvino, no século XVI. A Reforma difunde-se rapidamente na Alemanha, Suíça, França, Holanda, Escócia e Escandinávia. No século XVI surge a Igreja Anglicana e, a partir do século XVII, as igrejas Batista, Metodista e Adventista. As igrejas nascidas da Reforma reúnem cerca de 450 milhões de fiéis em todo o mundo.
No início do século XVI, a Igreja sofria de males profundos que necessitavam de remédio urgente. O papado perdera prestígio devido à sua preocupação excessiva pelas artes, pelas letras, pela cultura pagã do Renascimento e pelo seu envolvimento em disputas políticas.
A Igreja reconheceu estes abusos mas não teve coragem para empreender a necessária reforma geral. Surgiu, então, o movimento denominado Reforma Protestante, iniciado na Alemanha Martinho Lutero.

Em 1517, o Papa Leão X mandou alguns padres dominicanos à Alemanha com a finalidade de arrecadarem esmolas para o término da construção da Basílica de São Pedro. O monje agostiniano Martinho Lutero, professor da Universidade de Wittenberg, protestou, afirmando não ver nessa atitude da Igreja nenhum valor espiritual. Para justificar seu protesto contra o que chamou de venda de indulgencias e suas críticas a conduta das autoridades eclesiásticas, Lutero afixou na porta principal da Catedral de Winttenberg 95 teses, que condenavam a venda de indulgencias e outros abusos do clero, pregando a salvação pela fé somente, sem a necessidade de praticar boas obras( dar esmolas por exemplo). Lutero Denuncia as deformações da vida eclesiástica em 1517.
O Papa enviou a Alemanha um cardeal para tentar obter de Lutero uma retratação.
Lutero , no entanto, permaneceu firme em suas críticas e, em 1520, foi acusado de herege condenado é excomungado pelo papa Leão X e banido por Carlos V, imperador da Alemanha, em 1521,o que o levou a queimar em praça pública, diante de milhares de pessoas, a bula papal que o condenara.

No dia seguinte, Carlos V, rei da Espanha e imperador da Alemanha, para evitar aumentassem a controvérsia e a revolta entre os príncipes alemães do seu Império, convocou Lutero para se apresentar e defender suas ideias numa Diéta (assembleia), que se realizaria na cidade de Worms com a participação de todos estes príncipes.
Em Worms, onde deveria justificar suas atitudes, Lutero reafirmou suas posições e para não ser preso refugiou-se no Castelo de Wartburg, sob a proteção de um nobre que tentava libertar seus domínios do poder político da Igreja e do Imperador católico Carlos V.
Escondido no castelo de Wartburg e apoiado por setores da nobreza, traduz para o alemão o Novo Testamento dando base a Doutrina Luterana. Abandona o hábito de monge e casa-se com a ex-freira Catarina von Bora, em 1525.
Durante sua permanência em Wartburg, Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão.
Doutrinas dos reformadores – Os pontos centrais da doutrina de Lutero são a justificação de Deus só pela fé e o acesso ao sacerdócio para todos os fiéis. Lutero, nega o valor dos sacramentos(conservando o batismo e a eucaristia, esta com valor essencialmente simbólico), o culto dos santos e o valor da missa . Afasta por completo a autoridade e a hierarquia da Igreja e do Papa, afirmando que “todo fiel é padre”. Nega também que o homem seja livre para praticar o bem e o mal. Calvino acrescenta a doutrina da predestinação dos fiéis. As diferenças doutrinais entre os dois dão origem a duas grandes correntes: os luteranos e os calvinistas. A Reforma abole a hierarquia e institui os pastores como ministros das igrejas. As mulheres têm acesso ao ministério e os pastores podem se casar. A liturgia é simplificada e os sacramentos praticados são o batismo e a ceia.
Apoio a Lutero – Com a simpatia de diferentes setores da nobreza e camponeses o protestantismo de Lutero difunde-se rapidamente na Alemanha, provoca uma série de conflitos com os católicos e com Carlos V. Isto resulta na dissolução das ordens monásticas, na revogação do celibato clerical, na secularização dos bens da igreja pela nobreza e na substituição da autoridade eclesiástica pela autoridade do Estado. Na esteira dos protestos de Lutero surgem seitas e rebeliões que contestam a autoridade de Roma. Grupos místicos surgem em Waldshut, Nuremberg, Suábia, Silésia, Leiden e Münster.
Esta situação de instabilidade deu origem a uma série de revoltas, dentre as quais se destacaram:
· A dos Cavalheiros, promovida por pequenos nobres que, cobiçando territórios e bens pertencentes à Igreja, tentavam apossar-se deles;
· A dos Camponeses, que, baseando-se nos exemplos dados pelos senhores durante vários anos, disseminaram o terror por todo o sul do Império alemão, levando Lutero a optar por uma das classes a apoiar. Para não perder o apoio dos nobres(Cavalheiros), Lutero condenou com muito rigor os Camponeses, chegando-se ao extermínio por parte dos Cavalheiros de mais ou menos cem mil pessoas.

Principais obrigações dos servos ao Senhor Feudal

As principais obrigações dos servos na época do feudalismo

Na época do feudalismo, durante a Idade Média, os servos (camponeses) habitavam as terras dos senhores feudais. Em troca, eram obrigados a pagar taxas em forma de trabalho e mercadorias. Quase tudo que produziam acabava indo para as mãos dos senhores feudais. Para os servos, sobrava apenas o pouco para a sobrevivência da família.

Talha - Era uma obrigação pela qual o servo deveria passar, para o senhor feudal, metade de tudo que produzia nas terras que ocupava no feudo. Se colhesse 20 quilos de batata, 10 quilos deveriam ser separados para o pagamento da talha.

Corveia - Esta obrigação correspondia ao pagamento através de serviços prestados nas terras ou instalações do senhor feudal. De 3 a 4 dias por semana, o servo era obrigado a cumprir diversos trabalhos como, por exemplo, fazer a manutenção do castelo, construir um muro, limpar o fosso do castelo, limpar o moinho, etc. Podia também realizar trabalhos de plantio e colheita no manso senhorial (parte das terras do feudo de uso exclusivo do senhor feudal).

Banalidades - Esta obrigação correspondia ao pagamento pela utilização das instalações do castelo. Se o servo precisasse usar o moinho ou o forno, deveria pagar uma taxa em mercadoria para o senhor feudal.

Capitação - imposto pago por cada membro da família (por cabeça);

Tostão de Pedro ou dízimo - 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;

Censo - tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;

Taxa de justiça - os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;

Formariage - quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, era também válida para quando um parente do nobre iria casar.

Mão-Morta - Era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai da família.

Albermagem - Obrigação do servo em hospedar o senhor feudal.

HISTÓRIA DA PÁSCOA

Desde o mundo antigo, a páscoa consiste em uma das mais importantes datas do calendário de festividades do mundo cristão. Sua mais conhecida conotação religiosa se vincula aos três dias que marcam a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Entretanto, muitos estudiosos tentam dar outra interpretação a esse fato, trazendo uma consideração, uma visão menos denotativa à história da ressurreição.

Em uma perspectiva histórica da formação das crenças cristãs, alguns estudiosos apontam que o cristianismo, ao florescer em sociedades marcadas pelo politeísmo e por várias narrativas míticas, acabou incorporando a ideia de imortalidade presente em outras manifestações religiosas. De acordo com os pesquisadores M. Goguel, C. Guignebert, e A. Loisy, a morte trágica seguida do processo de ressurreição vinculada a Jesus em muito se assemelha às histórias de outros deuses como Osíris, Attis e Adônis.

Estudos mais recentes apontam que essa associação entre a páscoa cristã e outras narrativas mitológicas está equivocada. A própria concepção de mundo e as funções pelas quais o processo de morte e ressurreição assumem nas crenças orientais e greco-romanas não podem ser vistas da mesma maneira que na construção do ideário cristão. O estudioso A. D. Nock aponta para o fato de que no cristianismo a crença na veracidade da história bíblica é uma chave fundamental de seu pensamento ausente na maioria das religiões que coexistiram na Antiguidade.

Interpretações mais vinculadas à própria cultura judaica e à narrativa Bíblica apontam a Páscoa como uma nova resignificação da festividade de libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. Nessa visão, a libertação do cativeiro, enquanto um episódio de redenção do povo hebreu, se equipararia à renovação do Cristo que concedeu uma nova esperança aos cristãos. Apesar de a narrativa bíblica afirmar que o episódio da ressurreição foi próximo à festa judaica, a definição do dia da Páscoa causou uma contenda junto aos representantes da Igreja.

No ano de 325, durante o Concílio de Niceia houve a primeira tentativa de se estabelecer uma data que desse fim às contendas com respeito ao dia da Páscoa. Mesmo tentando resolver a questão, só no século XVI – com a adoção do calendário gregoriano – as dificuldades de se precisar a data da páscoa foram amenizadas. A data ficou estipulada no primeiro domingo, após a primeira Lua cheia do Equinócio da Primavera, entre os dias 21 de março e 25 de abril.

Mesmo sendo alvo de tantas explicações e contendas, a Páscoa marca um período de renovação entre os cristãos, onde a morte de Jesus deve ser lembrada com resignação e alegria. Ao mesmo tempo, traz aos cristãos a renovação de todo um conjunto de valores fundamentais à sua prática religiosa.

As 95 Teses de Martin Lutero*

As 95 Teses de Martin Lutero*

Estudo Introdutório:
Essas teses foram afixadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg a 1o de outubro de 1517. Era esse o modo usual de se anunciar uma “disputa”, prática regular da vida universitária. Ao fazer isso, não havia nada de excepcional na atitude de Lutero(1483-1546), pois apenas agia conforme costumes medievais ainda presentes nas universidades européias. Não se tratava de uma ação que deveria ter uma conotação individual, visto que as disputas eram debates que envolviam professores e estudantes, daí o fato de Lutero pedir para aqueles que não pudessem se fazer presentes às disputas que, ao menos, enviassem suas opiniões por escrito para serem lidas. Portanto, as “teses” deveriam ser vistas como “pontos a serem debatidos” em uma plenária. Nesse sentido, trata-se de um ato público envolvendo doutos e/ou seus estudantes, como demonstra o fato de as teses terem sido escritas originalmente em latim e não em alemão (língua familiar de Lutero). Observe-se também que o tom irônico e uma certa preocupação com métrica e rima fazem parte do ritual de “belo discurso”(arte da retórica), matéria obrigatória nas universidades da época. Portanto, ao lançar suas “95 Teses”, Lutero tornava públicas (mas não populares) as suas idéias, com a finalidade de expor questões que o incomodavam a respeito das “vendas de perdão/indulgências”, cujas contradições práticas e doutrinais, somadas à corrupção de determinados setores do clero, eram vistas por ele como uma ameaça à credibilidade em relação à fé cristã e à Igreja de Roma. Isso significa que, ao tornar públicas suas teses, Lutero esperava receber o apoio do papa e não a sua censura. No entanto, depois de novas disputas teológicas, desta vez com agentes enviados pelo Papa Leão X(1475-1521; pontificado: 1513-1521), foi redigida contra Lutero uma carta de excomunhão datada em 21 de janeiro de 1521, que ele receberia meses depois.
Entre 1517 e 1521, Lutero foi submetido a algumas disputas teológicas e quase metade de suas teses foi refutada pelos agentes teológicos do papa. Aos poucos, a situação fugiu dos muros da universidade, e muitas idéias de Lutero foram convenientemente distorcidas por membros da nobreza alemã, que utilizaram a “desculpa da fé” para tomar bens e terras de famílias inimigas e da própria Igreja. Toda esta situação foi consolidando uma situação de cisma religioso na Europa que estava longe das intenções de Lutero. Portanto, deve-se entender que a ação de Lutero misturou-se involuntariamente com interesses políticos e outras tendências do debate teológico que remontavam ao século XIII. Por isso, ele criticou tanto as revoltas camponesas (marcadamente anabatistas) quanto os nobres que misturavam o plano religioso com o secular. Inserido numa realidade mental de Antigo Regime, Lutero era muito cioso das hierarquias sociais e criticava a nobreza e parte do clero que não davam “bom exemplo” e, explorando os camponeses com tributações extraordinárias, alimentavam as suas revoltas. Assim, não surpreende que em 1520 tenha escrito “Apelo à Nobreza Germânica” e, em 1525, no contexto das guerras camponesas ocorridas na Alemanha, tenha escrito “Sobre a Autoridade Secular”, que tinham um teor claramente secularizante e favorável ao equilíbrio dos diretos e responsabilidades que justificavam, aos seus olhos, as hierarquias sociais. Portanto, frente a um mundo que se apresentava instável e inseguro, Lutero apelava para dispositivos tradicionais como meio de restaurar a segurança do mundo, mas com uma novidade que jamais foi praticada plenamente em parte nenhuma da Europa até o final do Antigo Regime: apenas quem julga a fé é Deus e, portanto, nenhuma autoridade política deve, em nome dela, causar perda de vida e bens de seus súditos.
Valeria fazer uma indagação final: Se a ação de Lutero de lançar suas teses em 1517 não tinha nada de excepcional, por que posteriormente isso foi lembrado em muitos livros didáticos de história com conotações de heroicidade ou excepcionalidade? Em primeiro lugar, porque os desdobramentos não necessariamente luteranos de uma fé reformada ganhou avultado corpo e agentes sociais. Sem isso, não há quem celebre ou crie memória social em torno de determinado evento. Em segundo lugar, várias idéias de outros escritos de Lutero foram utilizadas por políticos e intelectuais da segunda metade do século XIX para, muito antes de Max Weber, fazer a ponte entre “protestantismo” e “espírito capitalista” e, assim, explicar a emergência imperial da Grã-Bretanha e do Império Prussiano, em contraponto ao “atraso ibérico” e à “decadência napoleônica francesa”. No entanto, foi ao final do século XVII, contexto da expansão militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se começou a celebrar nos meios “protestantes” o dia de lançamento das teses de Lutero como um “marco de ruptura” com Roma.

Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, façam-no por escrito.
Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa[1], pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.[7]
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz![8]
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.

Resumo sobre Feudalismo para o 7o Ano


O sistema feudal foi o modo de organização da vida em sociedade que caracterizou a Europa durante grande parte da Idade Média. Ele não foi igual em todas as regiões européias, variando muito de acordo com a época e o local.
            A palavra feudo significa propriedade. Um feudo podia ser uma área de terra, um cargo, uma função eclesiástica ou o direito de receber alguma vantagem. Mas, quase sempre, o feudo era uma extensão de terra, concedida a alguém como "benefício", em troca de serviços. De qualquer modo, receber um feudo era adquirir poder sobre bens materiais e sobre as pessoas que dependiam desses bens.
            O surgimento do feudalismo está associado à “decadência do Império Romano, a conquista final de Roma e a formação dos reinos bárbaros”. Essas transformações deram origem aos traços do sistema feudal, cujas características foram:
Declínio das atividades comerciais, artesanais e urbanas;
a hierarquização social através dos estamentos;
a descentralização do poder político em torno dos senhores feudais;
a importância do trabalho dos servos, cujos ombros suportavam quase todos os serviços responsáveis pela subsistência material da sociedade.
            Entre as contribuições dos romanos para o sistema feudal, podemos citar o conceito de vila, que eram unidades do mundo rural; o colonato, sistema de trabalho servil que se desenvolveu com a decadência do império romano, substituindo a mão de obra escrava; e a fragmentação do poder político, fruto da instabilidade existente no final do período imperial romano.
Entre as contribuições dos bárbaros ou germânicos para o feudalismo foi a economia agropastoril, onde as atividades básicas da economia se baseia no plantio e criação de animais; no conceito de comitatus, relação de fidelidade unindo o chefe militar e seus guerreiros; e o beneficium, que é a recompensa que os chefes militares davam aos seus soldados após obter alguma conquista.
            Com o decorrer das invasões bárbaras que se iniciaram no século V, ocorreu uma “divisão do poder político entre os grandes proprietários de terras, isto é, os senhores feudais”. Os reis continuaram existindo, mas sem poderes plenos e efetivos. Os senhores feudais, reunindo funções administrativas, judiciárias e militares, governavam seus feudos de maneira autônoma, mandando e desmandando em suas regiões. 
            A união social era garantida pelos laços de vassalagem. Nessa relação, encontramos, de um lado, o suserano (proprietário que concedia feudos a seus protegidos) e, de outro lado, o vassalo (pessoa que recebia feudos do suserano, prometendo-lhe fidelidade).
            Entre suseranos e vassalos estabelecia-se um contrato de vassalagem, que tinha início com a transmissão do feudo e compreendia dois atos solenes:
Homenagem - Juramento solene de fidelidade do vassalo perante seu suserano.
Investidura - entrega do feudo feita pelo suserano ao vassalo.
              Uma série de direitos e de deveres competia a suseranos e vassalos.
Suserano - Dar proteção militar e prestar assistência judiciária aos seus vassalos; receber de volta o feudo, caso o vassalo morresse sem deixar herdeiros; proibir casamentos entre seus vassalos e pessoas que não lhe fossem fiéis.
Vassalo - Prestar serviço militar, durante certo tempo, a seu suserano; libertar o suserano, caso ele fosse aprisionado; comparecer ao tribunal presidido pelo suserano toda vez que fosse convocado.
            A sociedade feudal era dividida em estamentos. Os três principais grupos eram o Clero, os nobres e os servos. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.
A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corveia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxa paga pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).
            O feudalismo representou a base do sistema político e econômico da Europa durante toda a Idade Média, ou seja, entre os séculos V ao XIV. As suas estruturas acabaram por ir além da Idade Média, apresentando-se na Europa até o século XIX.
                                                                                Vânia- Professora de História

domingo, 21 de março de 2010

Revisão para os alunos do 7o Ano (História)

EXERCÍCIOS DE REVISÃO SOBRE FEUDALISMO

PARTE I
1) Defina Feudalismo.
Modo de vida europeu que existiu entre os séculos V e XV, baseado na agricultura, vida fechada nos feudos e sociedade estamental com domínio total da Igreja Católica.
2) Explique como o fim do Império Carolíngio contribuiu para a formação do Feudalismo.
Com a decadência as invasões de vikings e húngaros forçaram os nobres a protegeram suas propriedades construindo fortalezas e abrigando seus servos, assim surgiram os feudos.
3) Explique como as invasões do século IX contribuíram para a formação do Feudalismo.
Estas invasões tornaram a vida mais fechada nos feudos e o poder dos reis ainda mais fraco, facilitando o fortalecimento dos senhores feudais e tornando o poder descentralizado.
4) Por que dizemos que o feudo era autossuficiente?
Nos feudos eram produzidos alimentos, roupas, utensílios, tudo o que era necessário para a sobrevivência, poucos artigos eram comprados ou trocados.
5) Caracterize a economia feudal.
A economia feudal era amonetaria, fechada, agrícola, baseada nos trabalhos servis e no controle dos senhores feudais.
6) Por que dizemos que a economia feudal era fechada e amonetaria?
Era fechada, pois não havia praticamente trocas ou contatos econômicos entre os feudos e amonetaria, pois a moeda não era usada como elemento de troca.
7) Como era desenvolvido o trabalho nos feudos?
O trabalho era feito pelos servos sob forma de obrigações.
8) Por que os servos eram obrigados a trabalhar para o senhor feudal?
Ocupavam uma terra para morar e se alimentar que não lhes pertencia e por isso eram obrigados a trabalhar.
9) Defina:
a. Manso senhorial – parte do feudo destinada ao uso exclusivo do Senhor feudal.
b. Manso servil – parte do feudo destinada aos servos onde formavam suas aldeias e plantações de subsistência.
10) Explique o que era:
a. Talha – obrigação feudal que consistia na entrega de uma parte da produção do servo ao senhor feudal.
b. Corveia - obrigação feudal que consistia no trabalho obrigatório em alguns dias da semana nas terras do senhor feudal.
c. Banalidades - obrigação feudal que consistia no pagamento em forma de tributos pela utilização de ferramentas e instalações do feudo que eram propriedade do senhor feudal.

PARTE II
1) Como era feito o plantio nos feudos medievais?
O plantio era feito através de técnicas simples, arado de madeira e havia a repartição de terras para descanso.
2) Podemos dizer que a produção feudal era abundante? Explique.
Não. Além das técnicas precárias a produção era voltada para consumo, não pensavam em produção excedente.
3) Por que dizemos que a sociedade feudal era estamental?
Na sociedade medieval não existia mobilidade social. As ordens sociais eram definidas pelo nascimento, mesmo dentro do clero católico.
4) O que era a gleba do pároco?
Era a parte do feudo destinada ao uso do membro do clero ali instalado.
5) Caracterize a política feudal.
A política era descentralizada. O único poder que podemos chamar de total era o da Igreja Católica.
6) Por que dizemos que no feudalismo a política era particular?
Cada senhor feudal determinava as leis, costumes e obrigações em seu feudo e não seguia ordens de outro tipo de governante.
7) Existiam países na Europa feudal? Explique.
Não. Nesta época a Europa medieval era formada por vários feudos.
8) Caracterize a ordem social do Clero.
Eram membros da Igreja Católica. Sua função era zelar pela preservação da fé e obediência das pessoas perante a religião. Era dividido em alto e baixo clero.
9) Caracterize a ordem social dos nobres.
Os nobres constituíam a ordem dos proprietários de terras e guerreiros. Sua função era o governo de feudo particular e quando o nobre não possuía terra transformava-se em cavaleiro e seguia a obrigação de guerra e da defesa.
10) Caracterize a ordem social dos servos.
Os servos eram a mão de obra básica do sistema feudal. Cabia a eles a produção de tudo o que o feudo necessitava. Trabalhavam, pois deviam pagar as obrigações feudais.

terça-feira, 16 de março de 2010

Exercícios para o 8o Ano/ HISTÓRIA


1-A atual configuração do território brasileiro foi definida em suas linhas 
gerais, na época do marquês de Pombal, pelo Tratado de Madri.


2-As expedições comerciais que seguiam de canoa pelo leito dos rios 
para vender alimentos, roupas e instrumentos de trabalho nas regiões 
mineradoras eram chamadas de monções.

3- Revolta _________________foi iniciada em 1684, por senhores de
engenho maranhense contra a Companhia de Comércio do Maranhão.




4- O sertanismo (ou bandeirismo) de contrato, tinha por atividade
combater revoltas de índios e negros e destruir os quilombos.



5- Para onde eles iam, quando conseguiam escapar? Normalmente 
penetravam no interior e lá criavam quilombos, ou se refugiavam 
nos quilombos já existentes.

6- Das contribuições dos negros para a cultura brasileira, não podemos 
considerar:

a) as religiões umbanda e candomblé;
b) O samba e o frevo, entre outros ritmos;
c) o bumba-meu-boi e a congada;
d) palavras como Ubatuba, Jequitibá, Itaú, guaraná, tapioca, etc
e o hábito de dormir em rede.;
e) a feijoada, o vatapá, o acarajé.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Exercitando II -Escala 7oAno

1. Complete as unidades do sistema métrico:
km - hm - dam - m - dm - cm - mm
2. Uma sala mede 8,20 x 5,80m. Um desenho feito na escala 1:50 quais serão suas
medidas em cm?
(a) 12,2 x 7,3 cm
(b) 10,10 x 5,40 cm
(c) 3,10 x 1,9 cm
(d) 16,4 x 11,6 cm
3. Uma rua está desenhada com 14mm de largura e mede 28m. Qual a escala do
desenho?
(a) 1:200
(b) 1:2000
(c) 1:100
(d) 1:500
4. Num projeto desenhado na escala 1/50 a altura de um prédio mede 20cm. Qual a
verdadeira grandeza dessa altura?
(a) 11 m
(b) 7 m
(c) 10 m
(d) 8 m
5.Relacione as colunas:
a) 1:250.000 ( b )1cm = 250km
b) 1:25.000.000 ( a )1cm = 2,5km
c) 1:250.000.000 ( d )1cm = 25km
d) 1:2.500.000 ( c )1cm = 2500km

6. Qual das escalas abaixo é a maior?
a) 1/200
b) 1/100
c) 1/2000
d) 1/5000

7. Indique se uma escala é maior ( > ) ou
menor ( < )que a outra: a) 1:500 ( < ) 1: 100 b) 1:100 ( > ) 1: 1000
c) 1:1000 ( > ) 1: 5000
d) 1:5000 ( < ) 1: 500

8. Assinale a alternativa que apresenta informações
corretas sobre a escala.
a) 1:200.000 (1cm = 20km)
b) 1:50.000 (1cm = 50km)
c) 1:12.000 (1cm = 120km)
d) 1:550.000 ( 1cm = 5.500km)  
e) 1:700.000 (1cm = 7km)

9. Assinale com V a alternativa verdadeira e com F a falsa:
( v ) A escala é uma relação entre o tamanho real do objeto
ou espaço que se quer representar e sua representação.
( F ) A cartografia trabalha com escala de redução e de ampliação.
( V ) A escala numérica tem a forma de fração, onde o numerador
representa a unidadede medida no mapa, e o denominador a
indicação da medida real.
( V ) Se a distância entre dois pontos na planta com escala 1:250
é de 80cm, o seu valor no terreno é igual a 200 m.



10. Em um mapa topográfico, um dos lados da poligonal
representada no papel mede 65cm. Sabendo-se que a escala
do desenho é de 1:2.000, a medida real correspondente a
esse lado no terreno será:
a) 130 m.
b) 130 cm.
c) 1.300 m.
d) 1.300 cm.

11.Num mapa do Rio Grande do Sul, cuja escala é 1:750.000,
a distância entre duas cidades é de 5 cm. Qual é a distância real
entre as duas cidades?
a) 150,0 km
b) 375,0 km
c) 37,5 km
d) 15,5 km
e) 75,0 km

Exercícios para o 6o Ano ( JELE E LEMOS)



1)     Os séculos geralmente são representados por algarismos romanos. Complete com algarismos romanos as datas em que surgiram os seguintes inventos: 

·        Pólvora (Ano 1296)                   SéculoXIII

·        Termômetro (Ano 1596)           Século XVI

·        Torpedo (Ano 1777)                  Século XVIII

·        Dinamite (Ano 1867)                 Século XIX

·        Videocassete (Ano 1970)        Século XX


2) Dê o ano em que começaram e o ano em que terminaram os séculos indicados abaixo: 

a) Século XVII :  1601  a  1700

b) Século IX:     801  a  900

c) Século XI:     1001  a  1100

d) Século XXI:    2001  a  2100

3) Coloque em ordem crescente (do passado para o presente) os seguintes séculos:

 século XI , século IX  a.C. , século XX  , século IV, século XII  a.C., Século I a.C. 

século XII  a.C. - século IX  a.C. - Século I a.C - século IV -  século XI- século XX





domingo, 14 de março de 2010

Para o 7o Ano - Geografia

Endereços para treinar escala:

http://www.prof2000.pt/users/elisabethm/geo7/escalas.htm

http://www.prof2000.pt/users/maceira/saber_estudar/geografia/david/tema01/tema_1escalas.htm

Teste de Geografia para o 7o Ano dia 16/03/2010



Estudar


Elementos naturais e elementos culturais de uma paisagem (folha de revisão)
Paisagens naturais brasileiras (exercício da página 202 e da folha de revisão). 
Escala (exercícios da folha de revisão e do blog)

*Não esquecer no dia do teste : régua e calculadora.

Exercícios sobre escala para o 7o Ano do JELE

Questão 01
“A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as distâncias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares correspondentes, medidas sobre o terreno.”
Fonte – Joly, 1990.
Assinale a alternativa que apresenta informações corretas sobre escala cartográfica.
a. 1 : 200.000 (1 cm – 20 km).
b. 1 : 50.000 (1 cm – 50 km).
c. 1 : 12.000 (1 cm – 120 km).
d. 1 : 550.000 (1 cm – 5500 km).
e. 1 : 700.000 (1 cm – 7 km).

Alternativa E

Questão 2
Um estudante de um determinado colégio pernambucano foi encarregado de estudar aspectos urbanos de um trecho da Região Metropolitana do Recife. O professor de Geografia, sabendo da importância da Cartografia para esse tipo de estudo, forneceu-lhe cinco mapas para que utilizasse aquele que iria apresentar um maior nível de detalhe.
Se essa tarefa lhe fosse confiada, qual seria a escala do mapa que você escolheria?
a) 1: 5.000.000
b) 1: 1.000.000
c) 1: 250.000
d) 1: 500.000
e) 1: 10.000

Alternativa E

Questão 3

Em relação a escalas dos mapas:

a) Calcule a distância real entre duas cidades, cuja distância em linha reta é de
aproximadamente 9 cm, em um mapa construído na escala de 1/1.000.000.

Resposta : a) D = d/E, onde: D = distância real; d = distância no mapa; E = Escala (1/1.000.000).D = 9 cm/(1/1.000.000) onde, D = 9 cmx1.000.000 cm = 9.000.000 cm, portanto, D = 90 km. Resposta: 90 km

b) Considerando três mapas construídos no mesmo tamanho, que representam o Bairro Central de Fortaleza, o estado do Ceará e o Nordeste brasileiro, indique:
o mapa de menor escala
o mapa de maior escala

Resposta : b) O mapa de menor escala : mapa que representa o Nordeste brasileiro.O mapa de maior escala : mapa que representa o Bairro Central de Fortaleza.

Questão 4

Para indicar a localização de casas comerciais e edificações antigas em uma área de 250.000m2, de uma metrópole como São Paulo (SP), as plantas mais adequadas estão na escala:
a) 1: 500.000.
b) 1: 250.000.
c) 1: 5.000.
d) 1: 50.000.
e) 1: 100.000.

Alternativa C

Questão 5

Imaginemos que você seja responsável pela coordenação de um projeto de arborização na área central de uma grande cidade. Considerando esse nível de análise, a escala da planta urbana mais apropriada para o seu trabalho é:

a) 1:100.000
b) 1:50.000
c) 1:25.000
d) 1:10.000
e) 1:5.000

Alternativa E

Questão 6

Qual à distância em quilômetros entre duas capitais, sendo que a escala do mapa é 1:37.000.000? A medida linear entre as duas cidades no mapa é de 1cm.

A distância linear é de 370 km

quarta-feira, 10 de março de 2010

Globalização(Jele-Geografia 901)

O que é Globalização - Definição
Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.
O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.
Origens da Globalização e suas Características
Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. 
Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.
globalização - bolda de valores
Bolsa de valores:  tecnologia e
negociações em nível mundial.
Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras (bancos, casas de câmbio, financeiras) criaram um sistema rápido e eficiente para favorecer a transferência de capital e comercialização de ações em nível mundial.. 
Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser feitos em questões de segundos através da Internet ou de telefone celular.
Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.
Blocos Econômicos e Globalização
Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.
Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa
Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as idéias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

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