O 9o Ano , no dia 19 , foi ao Museu da República.
1º andar
A entrada do Palácio se faz por
um portão de ferro, fundido em Jlsenburg am Harz, em 1864. O Hall chama a
atenção pela imponência da sequência de seis colunas de mármore que
levam à escada principal. Construída em módulos pré-fabricados de ferro
fundido, foi uma das primeiras a serem utilizadas no Brasil. Para seu
assentamento foi contratado o serviço do arquiteto alemão Otto Henkel,
em outubro de 1864.
Hall de entrada.
Na reforma para a chegada da
Presidência, o hall recebeu esculturas, luminárias e estuques no teto
com as Armas da República, que podem ser observados até hoje.
No andar térreo, o requinte das
pinturas e ornatos e a distribuição e localização dos cômodos sugerem
ter sido esse espaço, inicialmente, destinado às salas de visita e de
estar, conforme o costume da época.
Durante a república, a área foi
redefinida, passando a abrigar setores burocráticos como secretaria,
biblioteca, gabinetes, salas de despachos e de audiências.
Há ainda, nesse piso, o Salão
Ministerial, utilizado, na época do Barão, para pequenas recepções.
Com a instalação da Presidência, foi chamado de Salão de Despacho e
Conferências e, posteriormente, Salão Ministerial, pois passou a
servir para as reuniões do presidente com seus ministros. Seu teto,
apesar de vários retoques, apresenta ainda a decoração original, em que
se destaca a composição Baco e Ariadne.
Salão Ministerial.
1858~1896
Atualmente, à direita, uma exposição de longa duração apresenta a constituição do Palácio e a família do barão de nova Friburgo.
À esquerda, sala destinada a
exposições de curta duração, privilegiando temas voltados à história e
às temáticas contemporâneas.
Logo que se inicia a subida do
primeiro para o segundo andar, os visitantes vêem o Hall da Escada,
decorado com motivos que homenageiam as artes: a pintura, o desenho, a
arquitetura e a escultura. Cenas mitológicas que copiam os afrescos
pintados pelo renascentista italiano Rafael (1483-1520) na Villa
Farnesiana completam a decoração que tem ainda visão central de uma
cópia em metal da escultura Afrodite de Cápua, que está no Museu
Nacional de Nápoles.
Curadoria geral Regina Capela
Coordenação de exposição Luiz Alberto Zúniga
Coordenação executiva Cíntia Kury
Coordenação de programação visual Filipe Chagas
Reaberta no dia 30 de março de 2007
Coordenação de exposição Luiz Alberto Zúniga
Coordenação executiva Cíntia Kury
Coordenação de programação visual Filipe Chagas
Reaberta no dia 30 de março de 2007
2º andar
Nesse andar, no chamado "piso
nobre", destinado a recepções e cerimônias (tanto na época do Barão
quanto da Presidência da Republica), nota-se o luxo e a diversidade
temática dos salões, cada um deles retratando, ainda, seu uso
específico no período imperial. A riqueza e os esquemas decorativos dos
salões mostram como a rica burguesia da época procurava demonstrar um
poder social que se consolidava.
Uma galeria, com vitrais
executados na Alemanha e representando musas e outras figuras
mitológicas, no período imperial fazia a ligação entre a escada íntima
e a de serviços, além de servir de antecâmara da Capela. Como sede da
República, esse espaço recebeu sofás e cadeiras de balanço.
Vitrais
A Capela era o
local de recolhimento e oração dos moradores do Palácio. Ela apresenta
o teto decorado por painéis reproduzindo a figura de apóstolos e duas
telas, cópias das obras A Transfiguração, do italiano renascentista
Raphael Sanzio, e Imaculada Conceição, do espanhol barroco Bartolomé
Murillo. Para a instalação da Presidência da República, a decoração
foi conservada, mas a sala teve sua utilização modificada. No período
republicano, só foi usada como capela no casamento da filha do
presidente Rodrigues Alves e no velório do presidente Afonso Pena.
O Salão Francês, também chamado de Salão Azul,
localizado entre a Capela e o Salão Nobre, servia de refúgio e apoio
às recepções oferecidas no Palácio. Ele tem estilo Luiz XVI, como se
vê nos ornatos do teto, nas molduras dos espelhos e nas sanefas. Mais
tarde, as paredes receberam nova pintura com toques art-nouveau,
adaptada à coloração pastel da sala.
Salão Francês (azul).
O Salão Nobre ou
Salão de Baile relembra a vida social e o luxo da corte. Nele eram
realizadas as principais recepções do Palácio. As pinturas verticais
representam cenas mitológicas associadas à música e às artes, e, na
parte superior das paredes, pinturas em semicírculo referem-se à vida de
Apolo, deus da música e da poesia. A presença da música é notada,
ainda, na lira que aparece no parquet do piso.
Salão Nobre.
Como sede da Presidência, esse
salão continuou sendo o espaço mais nobre, tendo recebido sobre as
portas as Armas da República. A recente iluminação elétrica
refletia-se nos espelhos bizotadas, por ocasião das festas. Em 1938, o
painel do teto foi refeito pelo pintor acadêmico brasileiro Armando
Vianna.
A função do Salão Pompeano
era a de apoio aos Salões Nobre e Veneziano. Esse espaço é decorado
com cenas que se reportam às descobertas artísticas das escavações da
cidade de Pompéia. Nas obras de adaptação feitas no prédio, apenas o
teto sofreu alteração, com a colocação das Armas Nacionais e das datas
históricas: Descobrimento, Independência, Abolição e República.
Salão Pompeano.
O Salão Veneziano
(também chamado de Salão Amarelo) era usado como sala de visitas. Seu
nome decorre do estilo do mobiliário, com móveis pesados e ricamente
decorados. Nele há um lustre central em bronze e cristal, candelabros e
grandes espelhos.
Salão Veneziano (amarelo).
Na República, o salão foi usado
como sala de música e para a realização de saraus. Consta que, nele,
realizou-se o famoso e polêmico sarau com músicas da compositora e
maestrina Chiquinha Gonzaga, promovido por D. Nair de Teffé, segunda
esposa do presidente Hermes da Fonseca, no qual ela apresentou um novo
ritmo, o Corta-jaca, escandalizando a sociedade da época.
Um dos espelhos existentes na época
da corte foi substituído por painel executado pelos pintores Antonio
Parreiras e Décio Vilares.
O Salão Mourisco,
em mais um diferente estilo (tem esse nome por sua decoração inspirada
na arte islâmica), era um local masculino, usado como sala de jogos e
de fumar. Tem um lustre de bronze dourado e cristal rubi, mobiliário
em marfim e palhinha e é decorado por esculturas e um cinzeiro em
forma de crocodilo.
Salão Mourisco.
O Salão de Banquetes
tem sua função definida pela própria decoração. Foi também utilizado,
durante o período em que Getúlio Vargas ocupou o Catete, como um
espaço para reuniões ministeriais. No teto do salão vêem-se estuques
com frutos, pinturas de naturezas mortas nos arcos, e o painel central
é uma cópia adaptada da obra Diana, a caçadora, do italiano
Domenichino.
Salão de Banquetes.
3º andar
O último andar do Palácio era
destinado aos aposentos privados da família do barão de Nova Friburgo
e, mais tarde, das famílias dos presidentes. Com o passar do tempo, o
mobiliário e a decoração foram sendo alterados de acordo com as
necessidades de cada morador.
Com a instalação da Presidência,
novos móveis e objetos funcionais e de decoração foram encomendados.
Alguns exemplos deste mobiliário estão integrados ao circuito
histórico.
A galeria circunda todo o centro do
prédio e possibilita uma visão mais aproximada da clarabóia composta
por 266 peças e decorada por um vitral que confere um belo colorido à
iluminação natural que invade o Palácio.
Galeria da Clarabóia.
O quarto presidencial foi marcado pelo suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
Quarto de Getúlio.
Área externa
Além do jardim, o Museu possui
pátio interno e varanda, que podem ser usados tanto como área de lazer
como para eventos. Originária da construção do Palácio, a varanda tem
piso em mármore branco e guarda-corpo em ferro fundido. É sustentada por
seis colunas coríntias, com saia decorada com cartelas e palmetas. Foi
palco de várias reuniões e solenidades como atestam diversas fotos
pertencentes ao Arquivo do Museu.
Vista da fachada do parque.
Galeria do Lago
A Galeria do Lago
apresenta programas contínuos de exposições de arte contemporânea,
que visam a discutir aspectos da produção da arte atual, com obras que
de alguma maneira se relacionem com o Museu. A entrada é franca.
Horário de funcionamento:
terça a sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17h;
sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
terça a sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17h;
sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
O MUSEU DA REPÚBLICA ocupa o antigo Palácio Nova Friburgo (no Império), depois Palácio do Catete (na República), que durante 63 anos foi o coração do Poder Executivo no Brasil. Foi inaugurado em 15 de novembro de 1960, após a transferência da capital para Brasília.
Mas a República é hoje. Suas
histórias continuam sendo forjadas pelos governantes depois de 1960.
Assim, o Museu da República tem compromissos com a preservação, a
pesquisa e a comunicação da história republicana através dos diversos
testemunhos que abriga, aí incluído o próprio Palácio, mas também tem
compromissos de propor reflexões sobre o que acontece nos dias atuais.
O Museu da República tem como
missão contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural do país,
visando à valorização da dignidade humana, à universalidade do acesso e
o respeito à diversidade cultural. O Museu da República é espaço de
cidadania.
Visite o Museu da República agora.
Visita Virtual.
Visita Virtual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário