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domingo, 23 de setembro de 2012

Museu da República ( visita virtual)








O 9o Ano , no dia 19 , foi ao Museu da República.

1º andar
A entrada do Palácio se faz por um portão de ferro, fundido em Jlsenburg am Harz, em 1864. O Hall chama a atenção pela imponência da sequência de seis colunas de mármore que levam à escada principal. Construída em módulos pré-fabricados de ferro fundido, foi uma das primeiras a serem utilizadas no Brasil. Para seu assentamento foi contratado o serviço do arquiteto alemão Otto Henkel, em outubro de 1864.
hall
Hall de entrada.
Na reforma para a chegada da Presidência, o hall recebeu esculturas, luminárias e estuques no teto com as Armas da República, que podem ser observados até hoje.
No andar térreo, o requinte das pinturas e ornatos e a distribuição e localização dos cômodos sugerem ter sido esse espaço, inicialmente, destinado às salas de visita e de estar, conforme o costume da época.
Durante a república, a área foi redefinida, passando a abrigar setores burocráticos como secretaria, biblioteca, gabinetes, salas de despachos e de audiências.
Há ainda, nesse piso, o Salão Ministerial, utilizado, na época do Barão, para pequenas recepções. Com a instalação da Presidência, foi chamado de Salão de Despacho e Conferências e, posteriormente, Salão Ministerial, pois passou a servir para as reuniões do presidente com seus ministros. Seu teto, apesar de vários retoques, apresenta ainda a decoração original, em que se destaca a composição Baco e Ariadne.
salão ministerial
Salão Ministerial.
Brazão
1858~1896
Atualmente, à direita, uma exposição de longa duração apresenta a constituição do Palácio e a família do barão de nova Friburgo.
À esquerda, sala destinada a exposições de curta duração, privilegiando temas voltados à história e às temáticas contemporâneas.
Logo que se inicia a subida do primeiro para o segundo andar, os visitantes vêem o Hall da Escada, decorado com motivos que homenageiam as artes: a pintura, o desenho, a arquitetura e a escultura. Cenas mitológicas que copiam os afrescos pintados pelo renascentista italiano Rafael (1483-1520) na Villa Farnesiana completam a decoração que tem ainda visão central de uma cópia em metal da escultura Afrodite de Cápua, que está no Museu Nacional de Nápoles.
Curadoria geral Regina Capela
Coordenação de exposição Luiz Alberto Zúniga
Coordenação executiva Cíntia Kury
Coordenação de programação visual Filipe Chagas
Reaberta no dia 30 de março de 2007

2º andar
Nesse andar, no chamado "piso nobre", destinado a recepções e cerimônias (tanto na época do Barão quanto da Presidência da Republica), nota-se o luxo e a diversidade temática dos salões, cada um deles retratando, ainda, seu uso específico no período imperial. A riqueza e os esquemas decorativos dos salões mostram como a rica burguesia da época procurava demonstrar um poder social que se consolidava.
Uma galeria, com vitrais executados na Alemanha e representando musas e outras figuras mitológicas, no período imperial fazia a ligação entre a escada íntima e a de serviços, além de servir de antecâmara da Capela. Como sede da República, esse espaço recebeu sofás e cadeiras de balanço.
vitrais
Vitrais
A Capela era o local de recolhimento e oração dos moradores do Palácio. Ela apresenta o teto decorado por painéis reproduzindo a figura de apóstolos e duas telas, cópias das obras A Transfiguração, do italiano renascentista Raphael Sanzio, e Imaculada Conceição, do espanhol barroco Bartolomé Murillo. Para a instalação da Presidência da República, a decoração foi conservada, mas a sala teve sua utilização modificada. No período republicano, só foi usada como capela no casamento da filha do presidente Rodrigues Alves e no velório do presidente Afonso Pena.
O Salão Francês, também chamado de Salão Azul, localizado entre a Capela e o Salão Nobre, servia de refúgio e apoio às recepções oferecidas no Palácio. Ele tem estilo Luiz XVI, como se vê nos ornatos do teto, nas molduras dos espelhos e nas sanefas. Mais tarde, as paredes receberam nova pintura com toques art-nouveau, adaptada à coloração pastel da sala.
salão azul
Salão Francês (azul).
O Salão Nobre ou Salão de Baile relembra a vida social e o luxo da corte. Nele eram realizadas as principais recepções do Palácio. As pinturas verticais representam cenas mitológicas associadas à música e às artes, e, na parte superior das paredes, pinturas em semicírculo referem-se à vida de Apolo, deus da música e da poesia. A presença da música é notada, ainda, na lira que aparece no parquet do piso.
salão nobre
Salão Nobre.
Como sede da Presidência, esse salão continuou sendo o espaço mais nobre, tendo recebido sobre as portas as Armas da República. A recente iluminação elétrica refletia-se nos espelhos bizotadas, por ocasião das festas. Em 1938, o painel do teto foi refeito pelo pintor acadêmico brasileiro Armando Vianna.
A função do Salão Pompeano era a de apoio aos Salões Nobre e Veneziano. Esse espaço é decorado com cenas que se reportam às descobertas artísticas das escavações da cidade de Pompéia. Nas obras de adaptação feitas no prédio, apenas o teto sofreu alteração, com a colocação das Armas Nacionais e das datas históricas: Descobrimento, Independência, Abolição e República.
salão pompeano
Salão Pompeano.
O Salão Veneziano (também chamado de Salão Amarelo) era usado como sala de visitas. Seu nome decorre do estilo do mobiliário, com móveis pesados e ricamente decorados. Nele há um lustre central em bronze e cristal, candelabros e grandes espelhos.
salão amarelo
Salão Veneziano (amarelo).
Na República, o salão foi usado como sala de música e para a realização de saraus. Consta que, nele, realizou-se o famoso e polêmico sarau com músicas da compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga, promovido por D. Nair de Teffé, segunda esposa do presidente Hermes da Fonseca, no qual ela apresentou um novo ritmo, o Corta-jaca, escandalizando a sociedade da época.
Um dos espelhos existentes na época da corte foi substituído por painel executado pelos pintores Antonio Parreiras e Décio Vilares.
O Salão Mourisco, em mais um diferente estilo (tem esse nome por sua decoração inspirada na arte islâmica), era um local masculino, usado como sala de jogos e de fumar. Tem um lustre de bronze dourado e cristal rubi, mobiliário em marfim e palhinha e é decorado por esculturas e um cinzeiro em forma de crocodilo.
salão mourisco
Salão Mourisco.
O Salão de Banquetes tem sua função definida pela própria decoração. Foi também utilizado, durante o período em que Getúlio Vargas ocupou o Catete, como um espaço para reuniões ministeriais. No teto do salão vêem-se estuques com frutos, pinturas de naturezas mortas nos arcos, e o painel central é uma cópia adaptada da obra Diana, a caçadora, do italiano Domenichino.
salão banquetes
Salão de Banquetes.

3º andar
O último andar do Palácio era destinado aos aposentos privados da família do barão de Nova Friburgo e, mais tarde, das famílias dos presidentes. Com o passar do tempo, o mobiliário e a decoração foram sendo alterados de acordo com as necessidades de cada morador.
Com a instalação da Presidência, novos móveis e objetos funcionais e de decoração foram encomendados. Alguns exemplos deste mobiliário estão integrados ao circuito histórico.
A galeria circunda todo o centro do prédio e possibilita uma visão mais aproximada da clarabóia composta por 266 peças e decorada por um vitral que confere um belo colorido à iluminação natural que invade o Palácio.
claraboia
Galeria da Clarabóia.
O quarto presidencial foi marcado pelo suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
quarto
Quarto de Getúlio.

Área externa
Além do jardim, o Museu possui pátio interno e varanda, que podem ser usados tanto como área de lazer como para eventos. Originária da construção do Palácio, a varanda tem piso em mármore branco e guarda-corpo em ferro fundido. É sustentada por seis colunas coríntias, com saia decorada com cartelas e palmetas. Foi palco de várias reuniões e solenidades como atestam diversas fotos pertencentes ao Arquivo do Museu.
área externa
Vista da fachada do parque.

Galeria do Lago
A Galeria do Lago apresenta programas contínuos de exposições de arte contemporânea,  que visam a discutir aspectos da produção da arte atual, com obras que de alguma maneira se relacionem com o Museu. A entrada é franca.
Horário de funcionamento:
terça a sexta, das 10h às 12h e das 13h às 17h;
sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.
galeria do lago




 O MUSEU DA REPÚBLICA ocupa o antigo Palácio Nova Friburgo (no Império), depois Palácio do Catete (na República), que durante 63 anos foi o coração do Poder Executivo no Brasil. Foi inaugurado em 15 de novembro de 1960, após a transferência da capital para Brasília.
Mas a República é hoje. Suas histórias continuam sendo forjadas pelos governantes depois de 1960. Assim, o Museu da República tem compromissos com a preservação, a pesquisa e a comunicação da história republicana através dos diversos testemunhos que abriga, aí incluído o próprio Palácio, mas também tem compromissos de propor reflexões sobre o que acontece nos dias atuais.
O Museu da República tem como missão contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural do país, visando à valorização da dignidade humana, à universalidade do acesso e o respeito à diversidade cultural. O Museu da República é espaço de cidadania.
Visite o Museu da República agora.
Visita Virtual.

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